Os secundaristas tomam a palavra. A saga, em vídeos

Estudantes de São Paulo ocupam a Assembleia Legislativa para que se investigue a máfia da merenda

Estudantes na Assembleia Legislativa de SP. Rovena Rosa (Agência Brasil)

Eles são jovens e decidiram que os mais velhos não estão cumprindo seu papel. Já ocuparam escolas para exigir que uma reorganização escolar, que diminuiria salas de aula e superlotaria as que ficassem, fosse suspensa. Conseguiram. Agora, querem que a Assembleia Legislativa de São Paulo investigue a chamada "máfia da merenda", que, segundo denúncias, desviou verba que serviria para a alimentação dos estudantes nas escolas estaduais. Um dos suspeitos de envolvimento é, justamente, o presidente da Assembleia, o deputado Fernando Capez (PSDB), aliado do governador Geraldo Alckmin. Por isso, o processo não foi para frente.

Nesta última quarta-feira, eles entraram no prédio da Assembleia. E dizem que não vão sair de lá enquanto não conseguirem as assinaturas necessárias para instalar a CPI da merenda.

Assumiram o microfone do plenário e fizeram sua própria votação para instaurar a investigação. Deixaram claro que não estão ali para votar por "Deus ou pela família", como os deputados que pediram a saída de Dilma Rousseff no mês passado.

E mostraram que não vão levar desaforo para casa, como essa estudante, que peitou o deputado Coronel Telhada, da bancada da bala.

Segundo eles, até agora já conseguiram reverter o voto de um deputado. Ainda faltam sete para que a CPI seja aberta.

Mas, se restou alguma dúvida sobre o que os estudantes querem, eles mandam o recado em ritmo de Funk, para ajudar.

 

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