9 fotosDoi Ang Khan, das papoulas ao cháA vila, no norte da Tailândia, deixou de cultivar ópio para produzir chá Oolong, exportado hoje para Europa, Canadá e Ásia 24 jan. 2016 - 20:18BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaEm 1959 o Governo tailandês decreta a proibição do produto que continua a existir na clandestinidade até 1969, ano em que o rei Bhumibol, com apoio norte americano, lança o programa Royal Projects, que subsidia milhares de famílias da região a trocarem as plantações de papoulas por chá, café e jardinagem. Neblina e frio são características típicas desta região muito procurada pelos turistas que visitam o pais. Formada por exuberantes montanhas a 1.200 metros de altitude, Doi Ang Khan foi carinhosamente apelidada de Suíça Tailandesa pelos visitantes.VICTOR MORIYAMAO pequeno vilarejo de Doi Ang Khang é bastante agradável ao nascer do dia. Crianças correm para a escola e mulheres secam folhas de chá em enormes pedaços de lonas amarelas espalhados pelas ruas da pequena praça central. A comunicação em inglês é quase impossível e a mímica se torna divertida logo no princípio da conversa. A Plantation 2000 está especializada na produção do chá Oolong, conhecido por seus inúmeros benefícios à saúde.VICTOR MORIYAMAOs habitantes locais acreditam que ele é o responsável pelo bem estar da saúde e o consomem muitas vezes ao dia. Dono de uma ampla cadeia de variedades, o chá Oolong é rico em antioxidantes, vitaminas e cálcio e ajuda na prevenção do câncer e problemas de ordem cardiovasculares.VICTOR MORIYAMAA principal atração da cidade de Doi Ang Khan é o Royal Agricultural Station Garden, um complexo de agricultura voltado para a visitação turística que exibe um belo conjunto de jardins e plantações que podem ser visitados diariamente com entrada no valor de 50 thai baht (5 reais). As acomodações são poucas e um simples quarto de hotel privativo com banheiro sai por 500 thai baht (50 reais). Do pequeno centro do vilarejo é possível chegar de carro ou moto às plantações de chá em cerca de 15 minutos.VICTOR MORIYAMAAo longo do dia, homens e mulheres mascam a própria folha do chá Oolong, pois afirmam que ela fortalece seus dentes, que, com o passar dos anos, ganham um tom avermelhado.VICTOR MORIYAMAHomens e mulheres trabalham durante toda manhã na colheita das folhas do chá que é feita com auxílio de tesouras e pequenas facas. Logo que cortadas, as folhas iniciam seu processo de oxidação e por essa razão devem ser levadas o quanto antes para o interior da fábrica para serem processadas, secas e enfim embaladas. É comum ver famílias inteiras trabalhando nas diversas etapas da produção.VICTOR MORIYAMAPróximo ao vilarejo de Doi Ang Khan, outro ponto comum de turistas, está o vilarejo de Mae Salong, também integrante do extinto Triângulo Dourado. Na rua principal crianças com uniformes coloridos caminham na saída da escola e alguns poucos monges transitam pela pacata rua principal. Ao longo da estrada, algumas casas de chá tradicionais trabalham a todo vapor na secagem e processamento.VICTOR MORIYAMAProprietário da pequena fábrica Yeng Hong, localizada na rua central de Mae Salong, Sr. Hong trabalha na produção do chá Oolong desde criança. Atrás de sua pequena fábrica, que também funciona como loja, há um pequeno terreno onde trabalha com seus filhos e sua mulher na colheita do chá. Na sua loja, cada pacote com 250 gramas pode ser comprado por volta de 350 thai baht (35 reais). O produto também é exportado e consumido na Europa, Canadá e Ásia.VICTOR MORIYAMAA produção do chá Oolong é responsável por atrair turistas do mundo inteiro interessados em conhecer e aprender sobre o cultivo e produção do chá. Precários programas de inserção do turista nas plantações estão em fase de implementação. As calçadas são tomadas por extensas lonas amarelas nas quais os chás são secos ao calor do sol do meio dia.VICTOR MORIYAMA