11 fotosTragédia no ‘Mediterrâneo da Ásia’Quase 2.000 imigrantes foram resgatados nos últimos dias nas águas da Tailândia, Indonésia e Malásia. Um dos barcos foi rejeitado por vários países e está abandonado a sua própria sorte 17 mai. 2015 - 17:10BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaAs autoridades tailandesas ofereceram alimentos e água aos 400 imigrantes naufragados, segundo fontes oficiais. O barco entrou nas águas da província de Satun, de acordo com uma das fotos publicadas pela imprensa local. Uma dezena de imigrantes morreu durante a viagem por causa das condições extremas de sobrevivência dentro da embarcação, segundo relataram outros afetados pela tragédia, que jogaram seus corpos ao mar.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)As autoridades tailandesas prometeram enviar mecânicos para reparar o motor do barco, para que a embarcação possa continuar o seu caminho, segundo o site Phuketwan. Na imagem, vários imigrantes Rohingya mergulham na água para recolher pacotes de alimentos lançados de um helicóptero pelo exército tailandês.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)O volume de imigrantes ilegais na região disparou desde que a Tailândia começou, nos primeiros dias de maio, uma campanha contra as máfias de tráfico de pessoas em seu território, depois de descobrir um acampamento clandestino com sepulturas na selva do sul do país. Na imagem, três homens passam a comida recolhida a outras pessoas que ficaram no barco.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)Os birmânios Rohingyas, muçulmanos, são considerados pelas Nações Unidas uma das minorias mais perseguidas do mundo. São mais de um milhão de pessoas, segundo uma contagem oficial. Uma grande parte deles está diretamente afetada por uma lei de Birmânia que lhes nega cidadania, depois de graves conflitos religiosos em 2012 no oeste do país.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)Os resgates no mar de Andamán aumentaram desde o último final de semana, ilustrando a grave crise migratória no ‘Mediterrâneo da Ásia’. A Indonésia resgatou 582 pessoas de Bangladesh e de etnia Rohingya no domingo passado e devolveu a alto mar um barco com outros 400, depois de lhes oferecer alimentos, água e combustível. A Malásia salvou pouco mais de mil, com a mesma origem, entre domingo e segunda-feira no arquipélago de Langkawi, e devolveu os barcos às águas internacionais. Na imagem, dois imigrantes dividem comida proporcionada pelo exército tailandês.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)As autoridades tailandesas ofereceram alimentos e água aos 400 imigrantes naufragados no mar de Andamán.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)Crianças aparentemente com fome viajavam no barco que entrou nas águas da província de Satun. Uma dezena de imigrantes morreu durante a viagem por causa das condições extremas de sobrevivência dentro da embarcação, segundo relataram outros afetados pela tragédia, que jogaram seus corpos ao mar.CHRISTOPHE ARCHAMBAULT (AFP)O sub-diretor para a Ásia do Humas Right Watch, Phil Robertson, condenou a decisão tailandesa de deixar o barco partir e afirmou que “Malásia e Tailândia estão "jogando uma partida de ping pong" com as vidas desses imigrantes”.Christophe ARCHAMBAULT (AFP)A Tailândia, que durante muitos anos foi acusada pela comunidade internacional de favorecer o tráfico de pessoas em seu território, reagiu convocando para o próximo dia 29 de maio uma reunião de emergência, que contará com a presença de 15 países, entre eles Malásia, Indonésia, Birmânia, Bangladesh, Estados Unidos e Austrália, para dar uma resposta à dramática situação humanitária que está sendo vivida no mar de Andamán.Christophe ARCHAMBAULT (AFP)Mais de 50 policiais tailandeses foram punidos recentemente por terem colaborado com os traficantes. Esses castigos não parecem ter superado, no entanto, o nível de uma transferência administrativa. “Pela primeira vez, o governo tailandês se encarregou da luta contra o tráfico de seres humanos”, disse o responsável pela Tailândia no Human Rights Watch, Sunai Phasuk.Christophe ARCHAMBAULT (AFP)