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Economia dos EUA cresce 3,5% anuais no terceiro trimestre

A maior economia mundial mantém ritmo sólido de expansão, recuperando seu potencial

Os Estados Unidos diminuíram o crescimento de seu produto interno bruto no terceiro trimestre, em um índice anual de 3,5%, diante dos 4,6% de crescimento do segundo trimestre. É um ritmo de expansão que é considerado sólido de qualquer maneira, e fica mais próximo do potencial da maior economia do mundo. Os números foram publicados cinco dias antes das eleições para renovar o Congresso.

O início de 2014 foi muito errático, com uma taxa média de crescimento nos primeiros seis meses do ano de 1,25% somente. Isso fez com que o forte crescimento do segundo trimestre fosse precedido por uma contração de 2,1%, atribuída ao impacto de um inverno mais rígido que o normal. No terceiro trimestre, as causas foram o gasto público e as exportações.

O indicador ainda está sujeito a duas revisões. Wall Street contava com essa diminuição. A projeção era de um crescimento de 3,1% entre julho e setembro, considerado saudável, e no ritmo mais alto desde o terceiro trimestre de 2013, logo antes da parada. O consumo, responsável por dois terços do crescimento, diminuiu para 1,8%, frente ao índice de 2,5% do segundo trimestre.

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Sobre os gastos dos negócios, o aumento foi somente de 5,5%, quando no trimestre anterior foi de 9,7%. Essa diminuição também é explicada pela queda do investimento no setor imobiliário, de 8,8% para 1,8%. Na balança comercial, as exportações cresceram 7,8%, enquanto as importações caíram 1,3%. O gasto público cresceu 10%, o maior aumento em cinco anos.

O índice do crescimento foi publicado um dia depois da Reserva Federal dar por desarticulado o massivo programa de compra de dívida ativado dois anos atrás. Agora, entra em uma fase de espera que pode durar meio ano, que será utilizada para preparar o mercado para o primeiro aumento dos juros nos EUA desde junho de 2006, quando ficaram em 5,25%.

Mesmo que deixe de imprimir dinheiro para dar liquidez para a economia, a Fed continuará fundamentando o preço do dinheiro em 0%. Paralelamente, tentará manter estável o volume de ativos em seu balanço, reinvestindo o principal da dívida que está amadurecendo. Mas ao abandonar o programa, a Fed volta a guiar a economia com a perspectiva das taxas.

O que precisa ser visto é se o sólido ritmo de crescimento do segundo e terceiro trimestre será mantido na reta final do ano. O banco central dos EUA, de fato, dá margem de manobra para adotar sua estratégia se os índices não forem na direção esperada. A recente valorização do dólar poderá afetar o rendimento de sua economia em um cenário de debilidade global.

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