Assim o Rio e o Waze conseguiram organizar o trânsito na visita do Papa
Antes da visita do Papa Francisco em 2013, a cidade fez uma parceria com o aplicativo para monitorar as ruas e desviar o fluxo
Quando passou a fazer parte do império Google, o Waze só era conhecido entre um grupo de entusiastas. Desde então, o aplicativo criado em Israel melhorou sua interface, mais simples, e sua utilidade.
O passo seguinte foi se transformar em uma ponte de comunicação entre dez prefeituras e os moradores, com intenção de que tanto os governos locais como seus habitantes tenham informação atualizada baseada nas colaborações da comunidade.
Até agora o Waze recebia dados a partir dos celulares de seus usuários. E no caso do Rio de Janeiro, Barcelona, Jacarta, Tel Aviv, San José, Boston, o Estado da Flórida, o de Utah, o Condado de Los Angeles e Nova York, também terão acesso a sensores nas estradas e calendário de eventos, como corridas populares, problemas ou imprevistos meteorológicos.
Di-Ann Eisnor, responsável pelo crescimento do aplicativo, frisa a economia de custos como um dos pontos mais interessantes: “Somos uma plataforma que elimina as camadas supérfluas e de baixo custo. Colocamos para nós mesmos a obrigação de colocar as cidades em contato com seus habitantes”.
A diretora destaca como caso bem sucedido a relação com a cidade do Rio de Janeiro antes da visita do papa Francisco no ano passado. Duas semanas antes de sua chegada, o centro de controle da cidade deu acesso para o Waze ao seu sistema de câmeras distribuído por toda a cidade. Durante um encontro em Nova York, Pedro Junqueira, responsável pelo centro, explicou a experiência: “Colocar sensores e câmeras tem um custo proibitivo. A melhor maneira de controlar a cidade é tendo estas informações”.
Eisnor insiste que querem ampliar a quantidade de cidades e que contam com mais de 80 pedidos: “Não é necessário um grande conhecimento técnico, mas que entendam a importância de gerar uma comunidade. O tráfego é um problema universal”.
O Waze conta com mais de 50 milhões de usuários. Eisnor considera que ainda estão muito longe de seu limite, ainda que tenha preferido não fazer nenhum comentário sobre possíveis alianças com outras empresas dedicadas à gestão do tráfego. Não seria disparatado ao levar em consideração que um dos grandes acionistas do Uber é o próprio Google.
Seu próximo passo é se aprofundar nesse tipo de relação e melhorar o aplicativo: “Queremos medir melhor, saber quanto tempo ajudamos a economizar ou quanto tempo demora do momento em que recebemos uma mensagem até ela chegar para toda a rede”.
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