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Apple retira a atualização do sistema operacional iOS 8

O sistema dificultava o uso normal do telefone. Não tinham recebido tantas queixas desde a imposição de seus mapas ou do problema com a cobertura da antena do iPhone 4

O diretor-executivo da Apple, Tim Cook, na apresentação do polêmico iOS 8.
O diretor-executivo da Apple, Tim Cook, na apresentação do polêmico iOS 8.Jeff Chiu (AP)

O iOS 8 se converteu no último escândalo recente da Apple. Não se registrava um nível de queixas como esse por parte de seus usuários desde a imposição de seus mapas ou do problema com a cobertura da antena do iPhone 4. A diferença é que os problemas do novo sistema operacional, apresentado dia 2 de junho aos desenvolvedores e acessível para os clientes de iPhone e iPad desde sexta-feira, têm diversos sintomas. De dificuldade para se conectar a redes wi-fi até o uso ineficiente da bateria.

Com a intenção de resolver o problema, a Apple liberou, como se denomina na gíria, uma descarga de emergência, uma atualização menor, um remendo, para resolver. O efeito foi o contrário: em alguns casos, desativa a conexão do celular e não permite a realização de ligações. Em outros casos, desativa o sensor de impressão digital. Inicialmente, a atualização estava dedicada a melhorar o HealthKit, o pacote de aplicativos com foco no bem-estar e na saúde, uma das estrelas do iOS 8.

O compêndio de erros e queixas pode ser consultado através do Twitter sob o hashtag #iOS8bugs. Alguns levaram a coisa com humor e dedicaram uma canção à atualização fracassada.

A Apple se limitou a colocar umas declarações na boca de um porta-voz anônimo para responder à Recode, uma página especializada em tecnologia: “Retiramos a atualização iOS 8.0.1.” O blog para desenvolvedores da empresa indica que 46% dos celulares e tablets da Apple já passaram para o iOS 8, e 49% ficaram com o iOS 7. Já os 5% restantes continuam com versões anteriores.

Desde a última sexta-feira, data de saída da última geração de iPhone, a Apple vendeu mais de 10 milhões de unidades, entre o modelo 6 e o Plus, nos Estados Unidos, onde ainda há filas para comprá-lo, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Japão, Porto Rico, Singapura e Reino Unido. Nesta sexta-feira, ele chegará à Espanha. A previsão da empresa da maçã é estar presente em 115 países antes do final do ano. Apesar do sucesso de vendas, o novo modelo enfrenta um problema adicional: começam a aparecer imagens de consumidores surpresos ao perceber que sua pouca resistência faz com que ele se dobre.

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