Professores decidem seguir queda de braço com Governo Alckmin
Categoria vai continuar greve que já dura mais de um mês. Manifestação fecha Paulista
Os professores das escolas estaduais de São Paulo decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira em frente ao MASP, seguir com a greve que já ultrapassa um mês de duração. Durante a tarde, as duas faixas da avenida Paulista permaneceram interditadas ao tráfego para a realização do ato. Após a assembleia, cerca de 3.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, e 60.000, segundo o sindicato da categoria, a Apeoesp, marcharam pela Avenida 23 de maio, sentido centro da cidade. O ato terminou por volta das 19h30, na praça da República.
Na semana que vem, haverá audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado onde os professores devem se reunir novamente para discutir as reivindicações da categoria com intermediação de deputados. Na quinta-feira pela manhã, lideranças vão se reunir com a secretária-adjunta de Educação, Cleide Bauab Eid Bochixio. E no dia seguinte, na sexta, uma nova assembleia decidirá os rumos da paralisação, que teve início no dia 13 de março.
As principais reivindicações da categoria são aumento de 75% no salário, melhores condições de trabalho, redução do número de alunos em sala de aula, redução da jornada de trabalho e a reabertura das salas de aula que foram fechadas. Os manifestantes também levaram faixas e cartazes contra o governador Geraldo Alckmin e contra a PL 4330, chamada de PL da terceirização, em análise na Câmara. Estudantes e torcidas de clubes como o Corinthians, Palmeiras e Portuguesa participaram e apoiaram o ato.
Em nota, a Secretaria da Educação lamentou "a insistência de uma única entidade em continuar uma greve política, desnecessária e que permanece com baixa adesão". A pasta contesta o sindicato e diz que a greve tem baixa adesão. "A atual política salarial já garantiu 45% de aumento a todos os professores do estado nos últimos quatro anos, sendo 21% de aumento real. Além disso, o governo decidiu pagar este ano R$ 1 bilhão em bônus por merecimento, o maior da história", diz o texto.
Não houve confronto com a PM, que divulgou as informações sobre o ato pelo Twitter. Na sexta passada, coisa que não fez na última semana, quando 50.000 pessoas participaram de marcha até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
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