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A Copa faz a inflação estourar o teto da meta estabelecida pelo governo

O aumento das diárias de hotéis e de passagens aéreas lidera a alta de preços em junho, e contribui para que o índice oficial passe do limite estabelecido pelo Banco Central em 12 meses

Mulher faz compras no Rio de Janeiro, nesta terça.
Mulher faz compras no Rio de Janeiro, nesta terça.Dado Galdieri (Bloomberg)

O medidor oficial da inflação no país superou o teto da meta estabelecida pelo Governo brasileiro em junho, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. No período de 12 meses encerrado no mês passado, o avanço acumulado dos preços chegou a 6,52%.

A equipe econômica do Governo brasileiro trabalha com uma meta de 4,5% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A última vez que o teto de 6,5% havia sido superado foi também em junho do ano passado.

Os dados confirmam a expectativa dos analistas que há meses previam que o IPCA pudesse estourar durante a Copa do Mundo, com um choque extra dos preços dos serviços ligados aos Mundial.

As diárias de hotéis, com 0,11 ponto percentual, e tarifas aéreas, com 0,09 ponto, lideraram o ranking dos principais impactos em junho, ainda de acordo com o IBGE, apropriando-se juntas de 0,20 ponto percentual e de metade do medidor oficial de inflação no mês.

As tarifas aéreas avançaram, em média, 21,95%, impactando o grupo de Transportes, e as diárias de hotéis, 25,33%, pesando sobre o de Despesas Pessoais.

Apesar do estouro da meta no acumulado em 12 meses, o IPCA perdeu intensidade na comparação de maio para junho, passando de 0,46% para 0,40% no período.

Calculado desde 1980, o IPCA registra a variação dos preços de uma cesta de produtos e abrange as famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, de dez regiões metropolitanas do país, mais os municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.

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