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Wall Street fecha o melhor ano em quase duas décadas

O índice S&P, que inclui as maiores companhias da Bolsa de Nova York, registra o melhor retorno anual desde 1997

Bolsa de Nova York.
Bolsa de Nova York.EFE

Há um ano, Wall Street estava no patamar mínimo das últimas 52 semanas. Agora, começa 2014 com máximas históricas, depois de o índice Dow Jones encadear meia centena de recordes. Isso significa que, no conjunto, 2013 não retrocedeu. A grande questão, portanto, está em saber se será capaz de manter esse ritmo durante os próximos 12 meses, período em que o Federal Reserve (banco central norte-americano) retirará os estímulos monetários ao crescimento. O índice S&P 500, que inclui as maiores companhias da Bolsa de Nova York, registra o melhor retorno anual desde 1997. Subiu 31%, até atingir 1.845 pontos. No caso do Dow Jones, a retomada foi de 27%, até 16.500 pontos, a melhor desde 1995. Embora a melhor rentabilidade tenha sido da Nasdaq, com uma alta de 40%. Nesse caso, entretanto, teria de subir além dos atuais 4.155 pontos para alcançar o recorde atingido na bolha tecnológica de 2000.

Entre os papéis que mais subiram se encontram o da locadora virtual Netflix e o da rede de produtos eletrônicos Best Buy, que triplicaram sua cotação. Também apresentou recuperação espetacular a fabricante de carros elétricos Tesla, com 350%. Yahoo! e Facebook conseguiram duplicar seu valor nos últimos 12 meses, enquanto as ações do Google são cotadas a 1.100 dólares (o equivalente a 2.476 reais) cada, depois de uma alta de 58%. A Apple se recuperou 8%.

Entre os papéis que mais subiram estão o da locadora virtual Nexflix e o da rede de produtos eletrônicos Best Buy

Foi historicamente alto o nível de Wall Street, assim como foi historicamente alto o balanço do Fed, que acumula ativos avaliados em quatro bilhões de dólares (o equivalente a quase 9,37 bilhões de reais) e continuará crescendo nos próximos meses. O processo para a volta da normalidade monetária, entretanto, está oficialmente lançado e a retirada dos estímulos é uma das forças que podem afetar o equilíbrio de Wall Street ao longo de 2014.

O comportamento do mercado de ações contrasta com o de bônus, que em 2013 registrou seu primeiro ano em terreno negativo em mais de uma década. A taxa de juros a 10 anos está acima de 3%. O ouro também se despede do ano no vermelho: a onça cotada a 1.707 dólares (4.000 reais) no final de 2012 pode ser comprada agora por 500 dólares menos (1.171 reais). No caso do petróleo, o preço do barril oscilou entre os 85 e os 106 dólares (entre 199 e 248 reais) , fechando o ano cotado em 100 dólares (234 reais).

O avanço da economia será determinante para ver como o Fed fará para tirar o pé do acelerador antes de pisar no freio, coisa que não se espera para antes de meados de 2015. E também para antecipar o desempenho das empresas. De fato, o sólido rendimento do S&P 500 este ano não foi acompanhado com o mesmo vigor pelo incremento dos lucros das grandes corporações. Uma melhora da economia implica também taxas mais altas de juros nos bônus.

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