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Haiti soma mais de uma semana de protestos contra o governo de Moise O governo haitiano apresentou um pacote de medidas econômicas para enfrentar a crise política que sustenta uma onda de protestos violentos na capital haitiana desde 7 de fevereiro, deixando pelo menos nove mortos e dezenas de feridos O governo haitiano pediu aos cidadãos que retomassem suas atividades após 11 dias de protestos contínuos em Porto Príncipe. Na noite de sábado, o primeiro-ministro haitiano anunciou em discurso à nação uma série de medidas para tentar aliviar a crise econômica e combater a corrupção, numa tentativa de diminuir a tensão política dos últimos dias. Na imagem, os trabalhadores limpam para desbloquear uma rua depois dos protestos contra o governo de segunda-feira em Porto Príncipe IVAN ALVARADO (REUTERS) Por outro lado, setores da oposição defendem manter as mobilizações até conseguir que o presidente, Jovenel Moise, renuncie. Na imagem, um policial tenta apagar um incêndio causado durante os protestos de segunda-feira em Porto Príncipe. IVAN ALVARADO (REUTERS) Entre as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Jean-Henry Céant estão a redução dos preços dos alimentos, a discussão com o setor privado de um possível aumento do salário mínimo, bem como a redução de 30% do orçamento de seu gabinete, que ele espera que seja replicado por Presidência e Parlamento. Na foto, uma mulher vende seus produtos ao lado do mercado de Kokoyet, na comuna de Petion Ville, em Porto Príncipe, em 17 de fevereiro de 2019. HECTOR RETAMAL (AFP) Apesar do apelo do Governo, as escolas permanecem fechadas no Haiti depois de quase duas semanas de protestos e manifestações. Um rapaz cobre o rosto ao passar por uma barricada em chamas durante os protestos em Porto Príncipe, em 17 de fevereiro. IVAN ALVARADO (REUTERS) Durante o final da semana, foi proposta uma espécie de trégua, que permitia aos haitianos saírem para comprar água e comida. Bancos, postos de combustível e muitas empresas reabriram suas portas, depois de estarem fechadas nos últimos dias por saques, o que causou grandes prejuízos. Na foto, as pessoas esperam na fila para pegar combustível na comuna de Petion Ville, na capital haitiana, em 17 de fevereiro. HECTOR RETAMAL (AFP) O ministro das Relações Exteriores do Haiti, Bocchit Edmond, informou na segunda-feira a detenção de dez pessoas - cinco cidadãos americanos, dois de outras nacionalidades e três haitianos - por "conspiração", embora ele tenha esclarecido que, no momento, não apresentou acusações formais, conforme relatado pela rede de televisão norte-americana CNN. Na foto, um manifestante queima uma bandeira dos EUA durante um protesto em Porto Príncipe em 15 de fevereiro. HECTOR RETAMAL (AFP) Um homem empurra uma carroça com bebidas enquanto passa por uma barricada em chamas durante os protestos de 17 de fevereiro. IVAN ALVARADO (REUTERS) Um policial haitiano aponta para um manifestante armado, nas proximidades do aeroporto internacional, em Porto Príncipe, em 15 de fevereiro, durante o nono dia de protestos. HECTOR RETAMAL (AFP) Uma mulher passa uma barricada na comuna de Petion Ville, em 17 de fevereiro. HECTOR RETAMAL (AFP) Após oito dias de violentos protestos, o país está paralisado e os haitianos estão tomando as ruas em busca de água e comida. Na última quinta-feira, o presidente enviou uma mensagem à nação, pedindo diálogo e expressando solidariedade às vítimas dos protestos. Moïse, cuja renúncia reivindica uma parte da oposição, disse que não deixará o país "nas mãos de gangues armadas e traficantes de drogas", que querem usar a nação empobrecida para seus interesses pessoais. O Setor Democrático e Popular, que promove as manifestações, defendeu-se das acusações do presidente afirmando que a oposição não tem "braço armado" e que a presença de indivíduos armados nas manifestações massivas da última quarta-feira é resultado do colapso do Estado. Na foto, dezenas de pessoas recebem água, em 14 de fevereiro de 2019, em Porto Príncipe. Jean Marc Herve Abelard (EFE) Um homem segura um cartaz que diz "Sr. Putin, precisamos da sua ajuda, Haiti", durante um protesto na quarta-feira, 13 de fevereiro, em Porto Príncipe. Jean Marc Herve Abelard (EFE) Uma mulher passa por uma barricada durante o quarto dia de protestos em Porto Príncipe, em 10 de fevereiro de 2019. HECTOR RETAMAL (AFP) Uma policial ferida após os confrontos com os manifestantes em 13 de fevereiro em Porto Príncipe. Dieu Nalio Chery (AP) Segundo dados oficiais, as altercações da semana passada deixaram pelo menos 9 mortos. Na foto, o corpo de um manifestante fica em uma estrada em frente ao Palácio Nacional em Porto Príncipe, em 13 de fevereiro de 2019. Os manifestantes levaram o corpo à polícia momentos antes, como forma de protesto. HECTOR RETAMAL (AFP) A oposição aumenta o saldo para cerca de 50 mortos e centenas de feridos. Nos protestos de quarta-feira, um manifestante foi morto por uma bala, mas não foi esclarecido quem disparou contra ele. Manifestantes fugiram da polícia atirando durante protestos em 13 de fevereiro no centro de Porto Príncipe. HECTOR RETAMAL (AFP) Um manifestante gesticula durante um protesto em frente ao Palácio Nacional durante o sétimo dia de protestos, em 13 de fevereiro. HECTOR RETAMAL (AFP) Um carro foi virado em uma das ruas de Porto Príncipe durante o sexto dia de protestos, em 12 de fevereiro de 2019. Jean Marc Herve Abelard (EFE) Um jovem faz o gesto de comer uma pedra durante um protesto em Porto Príncipe, em 12 de fevereiro. Jean Marc Herve Abelard (EFE/) Agentes da Polícia haitiana lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, reunidos em frente ao Palácio Nacional, no centro de Porto Príncipe, em 12 de fevereiro de 2019. HECTOR RETAMAL (AFP) Os sucessivos protestos, que aumentaram a insegurança nesta nação caribenha e causaram um clima de caos e incerteza, ocorrem em meio a uma grave crise econômica, que foi agravada este ano por uma acentuada desvalorização do gourde, a moeda oficial, e a crise da eletricidade derivou da escassez de gasolina. Uma fila de pessoas esperando para reabastecer em um posto de gasolina em Porto Príncipe, em 13 de fevereiro de 2019. Jeanty Junior Augustin (REUTERS) Na capital do país, escolas e bancos ainda estão fechados, além de empresas e postos de combustíveis, muitos dos quais foram saqueados nos dias de hoje, uma situação que deixou milhões em perdas no Haiti, o país mais pobre das Américas. Um homem carrega uma cozinha após o saque de uma loja, em 12 de fevereiro de 2019. Dieu Nalio Chery (AP) Os manifestantes exigem que Moïse apresente sua renúncia pelo escândalo do desvio dos fundos de Petrocaribe. Na imagem, centenas de pessoas participam de um protesto em 11 de fevereiro em Porto Príncipe. Jean Marc Herve Abelard (EFE) Manifestantes presos por saquear um banco são transportados na traseira de uma van durante o quinto dia de protestos em Porto Príncipe, em 11 de fevereiro de 2019. HECTOR RETAMAL (AFP) A onda de protestos resultou em graves incidentes violentos, com incêndios e pilhagens de lojas e também ataques contra uma rede de televisão e contra a sede de um tribunal local. Na imagem, a polícia tenta impedir o saque de uma loja durante um protesto na segunda-feira, 11 de fevereiro, em Porto Príncipe (Haiti). Jean Marc Herve Abelard (EFE) A publicação do relatório chega em um momento particularmente delicado para os haitianos, que sofreram um aumento de 15% na inflação desde que Moïse assumiu a presidência, em um país marcado pela pobreza e pela falta de recursos econômicos. Na imagem, um jovem segura uma pedra durante o quarto dia consecutivo de protestos violentos contra o governo em Porto Príncipe, no domingo, 10 de fevereiro. Jean Marc Herve Abelard (EFE) No final de janeiro, o Tribunal de Contas publicou um relatório sobre o desvio de cerca de 2 bilhões de dólares de Petrocaribe, através do qual a Venezuela fornece petróleo a este país a um preço subsidiado, e isso envolve uma empresa liderada pelo atual presidente. Além disso, o relatório aponta para vários casos de apropriação indébita de fundos de Petrocaribe por altos funcionários do governo haitiano durante o período de Michel Martelly na Presidência. Martelly foi quem escolheu Moïse como candidato do seu partido para as eleições presidenciais de 2016, as eleições que o levaram ao poder. Na imagem, milhares de pessoas participam de uma marcha contra o governo, quando o presidente Jovenel Moïse celebrava dois anos de mandato, numa quinta-feira, 7 de fevereiro, em Porto Príncipe. Jean Marc Herve Abelard (EFE)