AO VIVO | Eleições 2018: a reta final das campanhas de Bolsonaro e Haddad
Nesta segunda-feira, a ex-ministra Marina Silva declarou "voto crítico" no petista
Eleições 2018 | No próximo domingo, 28, os brasileiros voltam às urnas para o segundo turno das eleições. Serão definidos os governadores de 13 estados e do Distrito Federal e a disputa presidencial entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), este último em significativa vantagem nas pesquisas de intenção de voto. No último fim de semana, eleitores foram às ruas manifestar seu apoio aos dois candidatos, em um reflexo da divisão ideológica que tomou conta do país desde o início da campanha.
Acompanhe abaixo a cobertura em tempo real:
TSE nega pedido de retirada de notícias que declaram o apoio dos "narcotraficantes das FARC" ao PT
O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido da coligação de Fernando Haddad (PT) para a retirada de conteúdos que associam o candidato petista à antiga guerrilha marxista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), agora vertido no partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum. As notícias questionadas pela sigla não dizem que as Farc viraram um partido e elegeram parlamentares na Colômbia em julho último e destacam o passado bastante recente da guerrilha, que lançava mão do narcotráfico e dos sequestros para se financiar. Para ministro Horbach, o caso “não caracteriza fato sabidamente inverídico apto a justificar a concessão de direito de resposta ou a remoção de conteúdos”. No site do Partido dos Trabalhadores há de fato uma nota de apoio do partido Força Alternativa Revolucionária do Comum, agora o nome das Farc, publicada no dia 4 de Abril em que o grupo colombiano declara apoio ao ex-presidente Lula, preso pela Operação Lava Jato.
"O triste tempo do 'pelo menos'": Marina Silva declara voto crítico em Fernando Haddad no segundo turno
Nesta segunda-feira (22), seis dias antes do domingo que decidirá o futuro presidente da República, a ex-candidata Marina Silva (Rede), oitava colocada no primeiro turno das eleições, declarou "voto crítico" em Fernando Haddad (PT). Marina já havia recomendado a seus filiados e simpatizantes que não votassem em Jair Bolsonaro (PSL), adversário de Haddad no segundo turno, mas só agora se manifestou a favor do petista.
Bem cotada no início das pesquisas presidenciais, Marina Silva teve 1.069.577 votos no último dia 7 de outubro, que representa apenas 1% da votação válida. "Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica. Mas é meu dever ético e político fazê-la", afirma a acreana em nota.
Segundo Marina Silva, três motivos relacionados aos riscos oferecidos pela eleição de Bolsonaro a fizeram declarar voto no candidato do PT. Primeiro, o desmonte da estrutura de proteção ambiental - "Chega ao absurdo de anunciar a incorporação do Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura. Ademais, desconsidera os direitos das comunidades indígenas e quilombolas" -; depois, a incitação ao ódio em detrimento da diversidade existente na sociedade; e, por fim, o "pouco apreço" do projeto do candidato do PSL à democracia brasileira. Marina faz questão de ressaltar que será oposição ao governo em 2019, seja qualquer um dos vencedores, e não isenta Haddad e o PT de críticas. Ela acusa o patido de não entender a gravidade do momento para fazer uma "autocrítica corajosa" e o "eixo de uma alternativa democrática verdadeira".
Após ter adotado um discurso se oferecendo como opção aos extremos durante a campanha eleitoral, a ex-Ministra também lamentou o reducionismo que transformou o pleito em um confronto entre direita x esquerda, que "inaugurou o triste tempo do 'pelo menos'. Diante do pior risco iminente, (...) darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, 'pelo menos' e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad", conclui Marina Silva.
Através de seu perfil no Twitter, Fernando Haddad agradeceu o apoio da ambientalista.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rosa Weber responde a filho de Bolsonaro: os juízes no Brasil "não se deixam abalar"
O repórter Ricardo Della Coletta acompanha a entrevista coletiva de autoridades do TSE em Brasília. Rosa Weber, ministra do STF e presidente da mais alta corte eleitoral, comentou a ameaça feita por Eduardo Bolsonaro ao STF.
Eu tive conhecimento do vídeo [do Eduardo Bolsonaro] e também me foi trazido que o vídeo já foi desautorizado pelo candidato [Jair Bolsonaro]. De qualquer sorte, embora não seja a presidente do STF, e sim do TSE, [quero dizer que] no Brasil as instituições estão funcionando normalmente.
Ela disse ainda que os juízes no Brasil "não se deixam abalar por qualquer manifestação que eventualmente possa ser compreendida como inadequada"
Filho de Jair Bolsonaro ameaça STF e diz que para fechar corte basta “um cabo”
Declarações, feitas em julho em um cursinho, provocam repúdio. FHC diz que há "cheiro de fascismo"
Entenda:
Demonstrar força nas ruas após investigação de propaganda ilegal no WhatsApp
Mesmo à frente nas pesquisas, a campanha de Bolsonaro lança mão de todas as estratégias para manter sua base mobilizada. A linha agora é se defender da reportagem da Folha de S. Paulo que apontou esquema de empresas para bancar ilegalmente campanha para o militar no WhatsApp. Recolhido no Rio, Bolsonaro usa o Twitter para animar os seguidores
Ato em Brasília é puxado pela 'Federal do Bolsonaro'
O ato pró-Bolsonaro em Brasília está sendo puxado por Bia Kicis, deputada eleita pelo Distrito Federal que fez campanha como a "Federal do Bolsonaro". Do nanico PRP, ela fez campanha associando sua imagem à de Bolsonaro e terminou como a traseira mais votada no DF. Do alto de um carro de som, Kicis chamou Fernando Haddad de "poste" e o ex-presidente Lula de "presidiário".
Forte chuva prejudica ato pró-Haddad em Brasília
Algumas centenas de manifestantes subiram neste sábado o Eixo Monumental, em Brasília, em um ato em defesa do presidenciável do PT, Fernando Haddad. As pessoas que participam do ato ocupam parte das faixas do Eixo Monumental e seguem em direção à Torre de TV. A manifestação, no entanto, é prejudicada por uma forte chuva que cai neste momento na capital federal.
Flavio Bolsonaro foi banido do WhatsApp, mas restrição não está ligada à denúncia da 'Folha'
O filho mais velho de Jair Bolsonaro, Flavio, afirmou nesta sexta-feira em seu Twitter que foi banido do WhatsApp. Na postagem, ele acusou a empresa de "perseguição sem limites", um dia depois de o jornal Folha de S.Paulo publicar reportagem que afirma que empresas que apoiam Jair Bolsonaro pagaram disparos ilegais contra o PT no aplicativo. No entanto, apesar de ter sido de fato bloqueado por alguns dias, isso aconteceu antes da publicação da reportagem.
O tuíte do senador eleito pelo Rio de Janeiro foi feito às 12h24, acompanhado de um print de sua tela do celular, em que o WhatsApp o notificava. Ele pedia uma resposta oficial do aplicativo por ter sido banido, dando a entender que o fato era recente. "A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido do nada sem nenhuma explicação!", afirmou ele. Os internautas, entretanto, perceberam que a imagem compartilhada por ele havia sido recebida às 15h10. Ou seja, quase três horas depois do horário da postagem do Twitter.
Procurado pela reportagem, o WhatsApp confirmou que o filho do candidato foi, de fato, banido da rede por divulgar conteúdos que pareciam spam, mas isso não ocorreu agora. O EL PAÍS apurou queo fato ocorreu, na verdade, em 11 de Outubro. E após verificação da plataforma voltou a funcionar em 17 de Outubro.
Ainda nesta sexta-feira o WhatsApp entregou notificação extrajudicial para as agências de disparo em massa, denunciadas pela reportagem da Folha S.Paulo, e baniu contas do aplicativo associadas a essas agências.
Questionado pelos internautas, Flávio Bolsonaro explicou em um post posterior que seu número de celular não tem ligação com empresas e que a notificação da plataforma de menssagens havia sido entregue dias atrás.
Bolsonaro na PF e no Bope: legislação veta propaganda eleitoral em prédios públicos
Com circulação reduzida e se dizendo impedido por orientação médica a participar de debates, o candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) visitou dois órgãos públicos do Estado do Rio de Janeiro nesta semana. Na segunda-feira (15), Bolsonaro esteve na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), enquanto nesta quarta (17) o presidenciável foi até à sede da Polícia Federal no Rio, onde, entre outras declarações, pediu para que os policiais votem nele no domingo de eleição. Segundo a lei eleitoral, é proibida a veiculação de propaganda eleitoral em bens ou imóveis públicos, como são os casos das sedes de BOPE e PF, bem como a cessão de prédios públicos para benefício de apenas um candidato.
“Dia 28 é 17”, disse Bolsonaro para os presentes no saguão de entrada do prédio da Polícia Federal. Na avaliação do advogado José Sad Junior, no entanto, pedir voto é diferente de fazer campanha eleitoral – e apenas o segundo caso é vetado dentro de repartições públicas. “Em princípio, isso [a atitude do candidato do PSL] não caracteriza veiculação de propaganda eleitoral. Se colocasse cartaz ou distribuísse santinhos, por exemplo, seria infração. Mas pedido de voto é diferente”, opina o advogado.
Adversário de segundo turno, o candidato Fernando Haddad (PT) pediu ao Ministério Público Eleitoral para que seja investigada a visita de Jair Bolsonaro à sede do BOPE na segunda-feira, sob o argumento da proibição de campanha dentro de prédios públicos. No batalhão, o presidenciável discursou afirmando que os policiais da tropa terão um representante em Brasília caso ele seja eleito. Segundo um especialista da área que não quis se identificar, o Tribunal Superior Eleitoral pode atentar para uma possível infração se ficar evidente que o benefício da visita foi oferecido a apenas um candidato específico por parte de BOPE ou PF. Em caso de uma autorização especial dada pelas entidades a Bolsonaro que não contemple o adversário, pode-se caracterizar conduta vedada de agente público. Em eleições presidenciais, avalia essa fonte, o fato não tem gravidade suficiente para cassar a candidatura, mas geraria uma multa.
José Sad Junior finaliza: “Temos que saber as circunstâncias concretas. Se não houve prova de cessão do prédio público em favor de Bolsonaro ou veiculação de propaganda eleitoral, não houve crime”. O Ministério Público ainda não decidiu se dará seguimento às investigações pedidas pelos advogados de Haddad. Polícia Federal e Polícia Militar do Rio de Janeiro não se manifestaram sobre o caso até a publicação desta nota.
Foto: AFP.
Bolsonaro edita trecho de entrevista ao EL PAÍS para sugerir que Haddad o elogia
O Twitter do candidato Jair Bolsonaro usou um trecho da entrevista dada por Fernando Haddad ao EL PAÍS, publicada no último domingo, para afirmar que o depoimento do petista ao jornal o beneficia. Na parte usada, Haddad afirma que "Bolsonaro tem a vantagem de que ao longo dos 28 anos como deputado não mentiu. Ele está mentindo agora."
O candidato do PSL, entretanto, corta um do trecho selecionado para as redes a parte da entrevista em que Haddad explica a afirmação: "[ Em 28 anos como deputado] Ele falou que fecharia o Congresso, se fosse presidente, que não precisaria impedir o filho de casar com uma afro-descentende, porque educou bem e o filho não ia se misturar". Veja a íntegra do vídeo:
TSE dá 48h para Facebook e YouTube tirarem do ar vídeos que associam Haddad a 'kit gay'
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o Facebook e o YouTube deverão retirar do ar seis vídeos em que se afirma que o livro “Aparelho Sexual e Cia”, da escritora francesa Hélène Bruller, foi adotado pelo Governo Federal enquanto o candidato Fernando Haddad (PT) ocupou o cargo de ministro da Educação.
O livro nunca foi indicado nas listas oficiais de material didático do Governo Federal, no entanto, partidários do candidato Jair Bolsonaro acusam Haddad nas redes sociais de ser o 'pai do kit gay'.
"A notícia é sabidamente inverídica, uma vez que o livro jamais chegou a ser adotado pelo Ministério da Educação (MEC)", afirmou o ministro do TSE, Carlos Horbach, na decisão. O ministro destacou que é fato notório que o projeto Escola sem Homofobia não foi colocado em prática pelo MEC, do que se conclui que não houve a distribuição do material didático a ele relacionado.
A representação foi feita pela Coligação O Povo Feliz de Novo, de Fernando Haddad, contra a Coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos, de Jair Messias Bolsonaro.
TSE nega pedido para tirar do ar publicações com a informação falsa de que Haddad defende o incesto
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou a liminar requerida pela Coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS) contra o filósofo Olavo de Carvalho, pedindo remoção de publicações no Facebook e no Twitter que teriam conteúdo "ofensivo, difamatório e inverídico" sobre o candidato do PT, Fernando Haddad. Também foi negado o pedido de resposta.
A coligação alega que Olavo de Carvalho publicou que Haddad estaria defendendo o incesto em seu livro ‘Desorganizando o Consenso', de 1998, que traça estratégias para driblar o conservadorismo. "Estou lendo um livrinho do Haddad, onde ele defende a tese encantadora de que para implantar o socialismo é preciso derrubar primeiro o ‘tabu do Incesto’. Kit gay é fichinha. Haddad quer que os meninos comam suas mães", afirmou Carvalho nas redes sociais.
A publicação se tornou viral e foi compartilhada por Carlos Bolsonaro, filho do candidato do PSL, mas foi retirada do ar pelo filósofo, com uma correção: "A nota que retirei de circulação dava a impressão de que isso constava do próprio livro dele, mas na verdade é uma idéia do Max Horkheimer à qual ele aderiu um tanto disfarçadamente".
Em sua decisão, o ministro Luis Felipe Salomão afirmou que, embora a publicação veiculada apresente teor ofensivo ou negativo, "exterioriza o pensamento crítico (...) acerca de uma obra de autoria do candidato, de modo que a liberdade de expressão no campo político-eleitoral abrange não só manifestações, opiniões e ideias majoritárias, socialmente aceitas, elogiosas, concordantes ou neutras, mas também aquelas minoritárias, contrárias às crenças estabelecidas, discordantes, críticas e incômodas".
O TSE também negou o pedido de remoção de mensagem que mostrem um vídeo, publicado por Djeison Moreira, em que são comparados os planos de governo de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
Segundo a coligação, o material distorce os reais termos e intenções de seu plano de governo, expondo projetos e intenções de forma completamente deturpada, como forma de induzir o público a erro, circunstância que ensejaria também direito de resposta.
O ministro Sergio Banhos afirmou que, da análise do conteúdo (prints anexados na petição inicial, vídeo e planos de governo da coligação), é possível verificar, em juízo preliminar, que não há violação da lei. “Verifica-se que a publicação impugnada restringe-se à crítica ao plano de governo da representante em comparação com o da sua adversária", afirmou.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.