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Inspirações para um 2019 de muitas viagens Relax na praia tailandesa de Haad Rin, uma excursão em barca à Catedral de Mármore, em Chile, ou uma caminata por Laugavegur, a rota senderista que atravessa as montanhas do sul da Islândia Na ausência de uma praia, qualquer remédio é bom para combater uma onda de calor. E as fontes são um a mais. Em uma praça em Shenyang, capital da província de Liaoning (China), a solução para se refrescar quando os termômetros estão se aproximando de 40 graus no verão passa por encharcar-se sob os jorros de uma fonte musical, que também muda de cor. As crianças brincam de contornar a água e os vendedores ambulantes que oferecem capas de chuva de cores chamativas se tornam os protagonistas do lugar. Esta não é a única maneira de lidar com as altas temperaturas nesta cidade de mais de oito milhões de habitantes, a mais populosa do noroeste do país. À margem do rio Hunhe, que atravessa o sul de Shenyang, fica o Parque Wulihe, onde as pessoas podem se abrigar do sol à sombra das bétulas e esticar a toalha em uma praia artificial. Também se respira ar fresco no lago Shenyang Oeste, de 667 hectares, situado a 40 quilômetros do centro, com uma quinta parte coberta de nenúfares. getty images Uma exposição interativa e temporária, uma sucessão de instalações artísticas inspiradas na cor e um convite para continuar procurando a paleta de cores na cidade, depois que a visita termina. A Color Factory abriu suas portas no bairro nova-iorquino do Soho (251 Spring Street). Mais de 1.800 metros quadrados que ainda não têm data de validade, no qual intervieram 20 criadores (como a artista francesa Emmanuelle Moureaux) e cuja finalidade é despertar a curiosidade e os sentidos. As entradas (38 dólares, cerca de 140 reais) são compradas online e com dia e hora marcados. Uma vez lá, os visitantes recebem uma identificação com código QR que lhes permite tirar fotos (e recebê-las em seu e-mail) com câmeras instaladas em diferentes espaços, como na grande piscina de bolas azul celeste da foto. Não é uma imagem comum, nem mesmo aqui, na montanha chinesa de Laojun, na província de Yunnan, no sul da China. Durante uma noite no final de julho, os participantes de um festival de caminhadas dormiram sobre um trecho da passarela —de mais de dois quilômetros de comprimento na sua totalidade— que acompanha os paredões rochosos. Acima, o céu. Mil metros abaixo, o fundo de um vale arborizado. Uma centena de barracas pintaram com suas cores vivas o cinza do corte vertical e deram origem a espetaculares fotos aéreas. O momento chave da experiência foi o amanhecer, quando os primeiros raios do sol dissolvem o mar de nuvens que circundam a montanha. Além de ser um lugar sagrado para os taoístas, o parque Laojun é conhecido por sua rica biodiversidade, incluindo um décimo dos rododendros do planeta. VCG (Getty Images) A chuva chegou a Sharjah, uma pequena cidade nos Emirados Árabes Unidos. E é possível andar sob as goteiras sem se molhar. Um aguaceiro intenso e contínuo cai na Sala da Chuva da Fundação de Arte Sharjah e, enquanto o visitante a percorre, não se molha, graças a um sistema de sensores que interrompem a queda da água justo no espaço ocupado durante seu passeio. Uma experiência única que funde tecnologia e natureza, porque na sala há um jogo de luz e som, e o cheiro da chuva é marcante. Para a instalação, do coletivo de arte Random International, de Londres, foi construído um prédio de 16.000 metros quadrados no distrito de Al Majarrah, a 30 quilômetros de Dubai. O solo recolhe os 2.500 litros de água usados, que são filtrados e reutilizados. Passear 15 minutos sob a chuva da Fundação de Arte Sharjah, a primeira Sala de Chuva permanente, custa o equivalente a 25 reais. A obra estreou em 2012 no Barbican Centre, em Londres, e depois foi exposta no MOMA, em Nova York, no Museu Yuz, em Xangai, e no Los Angeles County Museum of Art. Shanavas Jamaluddin/Sharjah Art Foundation Um dos leões da Trafalgar Square, em Londres, pintado de cor laranja fluorescente. Nas docas do South Bank, uma cabeça de madeira de nove metros de altura transforma a margem do rio e na praça da Finsbury Avenue pode-se sentar no alfabeto em forma de 26 cadeiras coloridas. O projeto tomou a capital britânica na 16ª edição do London Design Festival, entre os dias 15 e 23 de setembro. O festival criou novas paisagens na cidade e incluiu cerca de 400 eventos entre instalações, atividades, palestras ou feiras, como a London Design Fair, onde 500 marcas foram reunidas em um prédio no leste de Londres. Pelo décimo ano, o Victoria & Albert foi o epicentro do evento, e muitos trabalhos podiam ser vistos gratuitamente nas salas do museu. Além disso, no pátio foi construída a 'Multiply', da Waugh Thistleton Architects (foto), uma instalação feita com 60 metros cúbicos de madeira reciclada que se percorre entre escadas e pontes. O evento coincidiu com a London Design Bienal, realizada em Somerset House (pelo equivalente a 95 reais). Matt Alexander (ap) Ao anoitecer, um dos vulcões mais ativos da América Latina proporciona uma paisagem maravilhosa. A lava do interior de Villarrica, no Chile, ilumina o céu da região de La Araucanía, cerca de 700 quilômetros ao sul de Santiago. O vulcão, com neve perpétua e forma cônica quase perfeita, domina dia e noite o horizonte da pequena cidade de Pucón, um destino turístico, já que no Parque Nacional de Villarrica são praticados esportes de aventura. Outra atração da área consiste em subir a pé (por conta própria ou com guias) até a cratera, a cerca de 2.800 metros de altura, e no inverno muitos esquiam nas pistas de suas encostas. Sua última erupção foi em março de 2015, e mais de 3.600 pessoas tiveram que ser removidas do entorno. Em 23 de setembro houve um pequeno terremoto a 4.7 quilômetros da cratera e, embora o Observatório Vulcanológico dos Andes do Sul mantenha o nível de alerta técnico em verde, o Sistema de Defesa Civil recomendou preventivamente aplicar restrições de acesso a um raio de 500 metros. Em troca, o fenômeno oferece estas fantásticas imagens luminosas. Fotografía de c. saavedra (reuters) Uma extensa estrutura tubular laranja conecta balanços para três pessoas em uma das salas do novo museu Copenhagen Contemporary, na capital dinamarquesa. Se os balanços são geralmente projetados para uma pessoa, a instalação One Two Three Swing! nos convida a experimentar o poder de fazer as coisas coletivamente. Em outra sala, os três artistas dinamarqueses do Superflex autores da instalação estimulam os visitantes a se deitarem em um carpete multicolorido enquanto um grande pêndulo se move pelo espaço. Seu objetivo: que as pessoas se divirtam enquanto refletem sobre ideias como comunidade ou democracia. As duas obras, que já tinham sido expostas na Tate Modern, em Londres, em 2017, foram exibidas em Copenhague até 30 de dezembro (entrada equivalente a 57 reais). O Copenhagen Contemporary optou pelo Superflex para inaugurar sua sede permanente. Aberto em junho na Refshaleoen, uma antiga área industrial, possui 7.000 metros quadrados dedicados à arte contemporânea, que abrigarão instalações interativas, performances e videoarte. A. Sune Berg Grandes rochas que parecem esculpidas surgem no lago General Carrera, na região de Aysén (sul do Chile). Somente navegando entre a pedra perfurada da Catedral de Mármore você pode descobrir suas formas curiosas e os tons branco, cinza, azul e rosa do mármore. Localizado ao longo de 300 metros em uma das margens deste lago de águas azuis, o santuário da natureza Capela de Mármore é um conjunto de formações minerais de carbonato de cálcio conhecidas por suas grutas, fruto da erosão causada pela água durante milhares de anos. Quando o lago está em um nível baixo de água (especialmente no outono), empresas como a Mármol Expediciones e a Explorasur Excursiones organizam viagens em pequenos barcos que zarpam de Puerto Río Tranquilo para navegar entre as cavernas. Os mais aventureiros também podem percorrê-las de caiaque. As duas principais ilhotas, e as mais turísticas, são a Capela de Mármore e a Catedral de Mármore. Basta ver as angulações das rochas, como pilares, para entender seu nome. k. Kozlowski (awl-images) Boudhanath, o epicentro da comunidade budista tibetana no Nepal, tem uma das maiores e mais antigas estupas (600 d. C) do vale de Kathmandu. Sua espetacular cúpula branca, encimada por uma torre dourada, foi reconstruída após o terremoto de 2015. Sob os grandes olhos de Buda, monges e peregrinos realizam o ritual do kora, girando ao redor da estupa enquanto recitam mantras. p. harris (awl images) O deserto do Namibe é famoso por suas imensas dunas vermelhas (quando as partículas de ferro enferrujam, dão à areia um tom avermelhado) e por ser um dos mais antigos do mundo: com mais de 65 milhões de anos. A área mais visitada é o Parque Nacional Namib-Naukluft (foto) e sua duna 45, de 300 metros de altura. Fica na estrada que liga as cidades de Sesriem e Sossusvlei, na Namíbia. D. Bebber (SIME) A Barreira de Corais de Belize é a segunda maior do mundo, um paraíso subaquático com lugares como a Reserva de Hol Chan, onde se pode praticar snorkel entre os tubarões-enfermeiro, arraias e peixes multicoloridos, ou o Great Blue Hole (grande buraco azul), um cenote submarino de 300 metros de diâmetro e mais de 120 metros de profundidade. S. Frink (getty images) Lançar-se sobre uma prancha de surf por dunas a 40 metros de altura na praia australiana de Stockton (foto) é uma das diversões que podem em Port Stephens, cerca de 180 quilômetros ao norte de Sydney. Semienterrada nas areias está Tin City, o assentamento pós-apocalíptico que aparecia no filme 'Mad Max' (1979), de George Miller. Tsz Ho Chow (Getty images) Laugavegur é o nome de um roteiro de trilhas de 54 quilômetros que atravessam as montanhas do sul da Islândia, entre o vale geotérmico de Landmannalaugar e Thórsmörk. Uma excursão entre riachos de águas termais, vulcões antigos, lagos glaciais e cavernas de gelo. Na imagem, Kirkjuffel, uma montanha de origem vulcânica localizada em Grundarfjördur, na península de Snaefellsnes, no oeste do país. C. Herwig (Gallery Stock) A Tailândia se orgulha de ter algumas das mais belas areias do mundo. Todos os verões viajam para a ilha de Koh Phangan, localizada no sul do país asiático, milhares de turistas em busca da natureza em estado mais puro e da tranquilidade de suas imensas praias de areia fina e águas translúcidas. As da área de Haad Rin (foto) são as mais populares, especialmente quando a calma desaparece e se transformam no cenário paradisíaco da Festa da Lua Cheia, realizada na praia de Hat Rin Nok (Nascer do Sol), também chamada de Sunrise Beach. Uma data mágica em que se dança até o amanhecer sob a lua cheia, e que se repete até o mês de dezembro. Getty images Um presente gigantesco em frente à Prefeitura de Paris. É um pavilhão projetado pelo arquiteto japonês Tsuyoshi Tane seguindo a artefuroshiki, uma milenar tradição japonesa que utiliza um tecido quadrangular e colorido para embrulhar e transportar objetos. Esteve na praça do Hôtel de Ville até o dia 6 de novembro, e quem se aproximou pôde descobrir mais essa técnica de embalagem. Dentro estavam as criações furoshiki de artistas e personalidades japonesas e francesas, como as assinadas pela prefeita Anne Hidalgo, o designer Jean Paul Gaultier e o ex-primeiro ministro japonês Morihiro Hosokawa. Uma exposição também mostrou a história dessa técnica, usada desde oséculo VIII. O pavilhão fez parte do Tandem Paris-Tokyo 2018, um programa anual em que a capital francesa busca construir pontes culturais com outra cidade. ALAIN JOCARD (AFP) Os leões caçam a maioria de suas presas durante a noite e depois passam até 20 horas deitados, fazendo a digestão. Embora obtenham em suas presas a maior parte do líquido de que precisam, eles também bebem quando há água disponível. A fêmea da foto, captada no Parque Nacional South Luangwa, em Zâmbia, estava cochilando entre um grupo de leões. Quando se levantou para beber em um lago próximo, o guia e fotógrafo sul-africano Isak Pretorius, que lá estava havia algum tempo observando-os, foi para a margem oposta do lago, apoiou a teleobjetiva de sua câmera (600 mm) em um saco de feijão colocado na janela do carro e esperou que a leoa assomasse a cabeça sobre a grama. Intitulada 'A Gata Tranquila', é uma das 100 imagens da exposição de fotos de natureza Wildlife Photographer of the Year, organizada pelo Museu de História Natural de Londres e pela organização conservacionista WWF. Isak Pretorius ‘The Hive’ (a colmeia), uma gigantesca estrutura “pulsante, zumbidora e brilhante”, como descreve o escultor Wolfgang Buttress, autor da obra juntamente com os escritórios de arquitetura BDP e Simmons Studio, foi projetada como pavilhão do Reino Unido na Expo de Milão 2015. Mais tarde, viajou ao Real Jardim Botânico de Kew, no oeste de Londres, onde está exposta de forma permanente desde 2016. Instalada sobre uma campina, ela conta com 170.000 peças de alumínio que reproduzem a estrutura hexagonal de um favo, e em seu interior, uma combinação de sons de baixa frequência, música e milhares de melíferas, recria a atividade da colmeia. Os Kew Gardens foram declarados patrimônio mundial em 2003, e em maio passado reabriram ao público sua Temperate House, uma grande estufa vitoriana de vidro e ferro projetada por Decimus Burton em 1898 para abrigar as espécies mais raras de plantas tropicais. Kew Gardens Quem viu diz que nada te prepara para um entardecer na planície de Bagan, com seus mais de 2.500 pagodes despontando entre as acácias. Foi nesse extenso campo 305 quilômetros a sudoeste de Mandalay onde, a partir do século IX, floresceu o primeiro reino unificado da Birmânia, atual Myanmar, um país budista onde a população monástica supera o meio milhão. Quando o crepúsculo se aproxima, os turistas, com suas câmeras e celulares, tomam posições nos cinco terraços, coroados por uma estupa em forma de sino, do magnífico templo escalonado de Shwesandaw (o único que você pode subir para ver o pôr do sol), construído pelo rei Anawrahta em 1057. O autor da foto preferiu, contudo, aproveitar as primeiras horas do dia, quando o calor é menos intenso e o Sol vai acendendo os pináculos dourados de Shwezigon, Bupaya, Sulamani, Ananda, Gawdawpalin, Lemyethna e Thatbyinnyu, o templo mais alto de Bagan, com mais de 61 metros. Sam Spicer (Getty images) Enquanto alguns começam a curtir a temporada de esqui, outros preferem deslizar na areia. As dunas da imagem se encontram no parque nacional Grandes Dunas de Areia, no Colorado (EUA). Aqui estão as dunas mais altas da América do Norte, que atingem 230 metros e ocupam 77 quilômetros quadrados. Você pode chegar a elas através do estacionamento principal da reserva, a pouco mais de um quilômetro de distância. Segundo o site do parque, quem deseja fazer snowboard na areia deve trazer a prancha de casa ou alugá-la no vale de San Luis, ali perto. Você também pode percorrer o parque de 342 quilômetros quadrados a pé, em veículo 4x4, a cavalo ou de bicicleta para descobrir um entorno natural onde há pântanos, o rio Medano Creek e florestas de coníferas e álamos. Daqui pode-se ver ainda a impressionante serra do Sangue de Cristo (na foto, ao fundo), cujo pico mais alto alcança os 4.374 metros. S. Russell (Getty images) A cidade holandesa de Gouda, a 20 quilômetros de Roterdã, é famosa por seus queijos, seus wafles com calda (stroopwafel) e seu maravilhoso centro histórico, onde em 14 de dezembro é celebrada a festa das velas (Gouda bij Kaarslicht). Nesse evento anual, a praça do Mercado, a Prefeitura e outros edifícios — como a Goudse Waag, a Casa dos Pesos, uma construção do século XVII onde os queijos eram taxados e leiloados, hoje transformada em museu, e a igreja de Sint-Jan (São João Batista), a mais comprida da Holanda, com 123 metros — se iluminam com milhares de círios e velas enquanto os coros de Natal animal as ruas. As crianças da foto, feita em 5 de dezembro passado, patinam numa pista de gelo temporária instalada no interior da Gouwe Kerk, uma igreja neogótica construída entre 1902 e 1904 no centro de Gouda. Após ficar no templo, a atração foi transferida em 19 de dezembro para a praça em frente à prefeitura. Peter Dejong (AP) Embora nesse dia o termômetro marcasse 16 graus abaixo de zero e atingisse -32 segundo o autor da foto, o frio não parece afugentar o pescador da imagem, feita em 10 de dezembro na margem do rio Ienissei, nas proximidades da cidade russa de Krasnoyarsk (com pouco mais de um milhão de habitantes), uma das paradas da mítica ferrovia Transiberiana no coração da Sibéria. A camada branca que tão belamente cobre as árvores não é neve. É o sincelo, um fenômeno meteorológico (hidrometeoro) produzido quando a temperatura é muito baixa e a neblina envolve os pinheiros, abetos e bétulas formando delicadas plumas e agulhas de gelo sobre seus galhos. Uma paisagem branca e fria que o escritor Anton Tchekhov descreveu durante uma viagem pela Sibéria. “O Ienissei, a taiga, as pousadas, os cocheiros, a natureza selvagem, a vida selvagem (...), tudo isso em seu conjunto é tão agradável que não posso descrever.” ILYA NAYMUSHIN (REUTERS) Transformados numa extensão de nosso corpo, os smartphones nos acompanham na cama, no banheiro, no metrô, no ônibus, no escritório e nos bancos dos parques. Suas telas nos atraem como a luz às mariposas, isolando-nos com frequência de quem nos rodeia. “A tecnologia digital que faz a informação chegar até nós também pode nos distanciar do mundo tangível”, diz a artista britânica Gali May Lucas, autora de ‘Absorbed by Light’ (absorvidos pela luz), uma das 30 instalações luminosas criadas especificamente para o Festival das Luzes de Amsterdã (até 20 de janeiro), que este ano tem como lema “O meio é a mensagem”. A obra (na foto) mostra três figuras ensimesmadas no brilho de seus celulares e deixa um espaço no banco para que o espectador se junte ao grupo. O trajeto Water Colors (aquarelas) permite ver todas as instalações num passeio noturno de barco pelos canais da capital holandesa (75 minutos; a partir de 21 euros). J. van den Eijnden Steven Spielberg encontrou entre as samambaias arborescentes e as cúpulas brumosas da ilha de Kauai, a mais antiga do arquipélago norte-americano, o platô perfeito para filmar Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros. A trilha Kalalau Trail (na foto), de 35 quilômetros, permite percorrer as praias e escarpas da costa de Nã Pali. CHRISTIAN HEEB (AWL) No início da estação das chuvas, em novembro, as zebras do delta do Okavango, em Botsuana, empreendem uma viagem às marismas de Makgadikgadi. O rio busca sua saída ao mar, mas acaba devorado pelo deserto do Kalahari, formando um delta interior que borbulha vida, uma reserva natural habitada por milhares de elefantes, hipopótamos, girafas, gnus e crocodilos. ANTHONY BANNISTER (GALLO IMAGES) De costas para o Pacífico, 15 gigantes de pedra vigiam o Ahu Tongariki, a grande plataforma cerimonial da Ilha de Páscoa (Chile). Os artesãos rapanuis esculpiram há séculos os moais, utilizando rocha vulcânica da montanha vizinha de Rano Raraku. As estátuas estão na beira do oceano, e ao amanhecer, durante o verão austral, o Sol sai do mar atrás deles, num espetáculo surpreendente. ANKIT SINHA (EYEEM) A poesia e a dança são muito importantes no sufismo, movimento místico do islã surgido por volta do século X e ao qual pertence a ordem dos dervixes giróvagos, fundada no século XIII pelo poeta sufista Rumi. Os dançarinos, como os homens e as mulheres da foto, feita em Istambul, dão voltas sobre si mesmos, atingindo uma velocidade crescente que os leva a um transe espiritual. ILKER GURER Aos pés dos arranha-céus do distrito de Shinjuku, de Tóquio, resistem bairros como o Golden Gai e o Omoide Yokocho (na foto), um estreito labirinto de becos e edifícios de madeira de dois andares em que se amontoam minúsculos bares e tabernas (izakayas) onde cabem apenas seis ou oito pessoas, numa mistura de salarymen (executivos) e turistas. XAVIER PORTELA