10 fotosA vida na Marginal TietêPassando de carro pode parecer que não há, mas, sim, há vida na Tietê 12 out. 2016 - 20:28BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaAcredite se quiser. Esse é um canal completamente poluído, entre a ponte do Limão e a da Casa Verde, que desemboca no rio Tietê. Dá pra ter uma ideia do que deve ter sido a região antes da construção das Marginais.Marco EstrellaEmbaixo da Ponte das Bandeiras, você fica espremido entre caminhões que passam a 70 km por hora e uma parede tingida de preta pela fuligem dos escapamentos.Marco EstrellaViaduto de acesso à Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras, região central da cidade.Marco EstrellaDona Maria (à direita) trabalha como ambulante nas pistas da Marginal Tietê há 21 anos. Ela ganha até 1.500 reais por mês e vive num barracão ali perto. Durante a noite, meninos que trabalham em uma mercearia no centro de SP vão abastecê-la de produtos de bicicleta. Ressabiada com a possibilidade de a reportagem despertar alguma represália do Estado, que poderia tirará-la dali, inicialmente só topou tirar foto com a amiga, que também trabalha na zona. "Sempre a Globo vem filmar aqui, os guardas vem tirar a gente no dia seguinte", disse, com uma risada nervosa.Marco EstrellaGustavo é estudante universitário e começou a trabalhar recentemente em uma obra na região central da cidade, no Bom Retiro. Como saiu cedo do trabalho, resolveu testar ir andando pela marginal até a sua faculdade, na Vila Maria. O trajeto é de cerca de 8 km.Marco EstrellaA vista das pistas expressas da Marginal a partir da ponte da Casa Verde, na Zona Oeste da cidade de São Paulo.Espremido entre margens concretadas, o rio Tietê já cumpriu papel importante na história do Estado de São Paulo, ao servir como caminho para colonizadores que adentravam o território. Hoje, no trecho que passa pela cidade, suas águas estão poluídas e ele, praticamente morto.A Marginal Tietê também oferece moradia para uma população marginalizada que acaba migrando para a região. É impossível andar por ali e não cruzar alguém descalço, cobertor enrolado no corpo, vagando sozinho.A escadaria da Ponte das Bandeiras dá acesso à via expressa da marginal. Pouca gente a usa hoje, a não ser as famílias que vivem incrustadas dentro do oco da ponte.