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Eduardo “quero desmentir” Cunha

No olho do furacão, deputado usa Twitter para rebater imprensa e é comparado com Maluf

Marina Rossi
Montagem com cinco tuites de Cunha.
Montagem com cinco tuites de Cunha.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é um dos políticos mais assíduos no Twitter, com mais de 140.000 seguidores. Pela linguagem e alguns erros de digitação, é possível identificar que quem posta no microblog é ele mesmo e não sua equipe de comunicação. No olho do furacão por conta da crise política e cada vez mais sob o cerco dos investigadores da operação Lava Jato, o presidente da Câmara dos deputados quase sempre tem algo a "corrigir" ou "desmentir" nas fartas notícias publicadas sobre ele pela imprensa. Muitas são julgadas como "fantasiosas". Todas, claro, envolvendo seu nome.

"Quero desmentir" é uma das frases favoritas do deputado na rede social.

Desde que eclodiu os documentos da Procuradoria Suíça que afirmam que ele tem conta no país, a frequente negação de Cunha diante de algumas notícias tem feito com que ele seja comparado ao ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP-SP). Maluf, acusado de lavagem de dinheiro em 2005 e, posteriormente, por movimentar milhões de dólares em contas no exterior (inclusive na Suíça) sem justificativa fundamentada, apenas respondia que "não sabia" ou que "não tinha" conta alguma fora do país.

O deputado alerta para os princípios básicos do jornalismo: checar os fatos, como um ombudsman. Em um jornal, o ombudsman é responsável por comentar e muitas vezes criticar o que o veículo publicou.

Ele se irrita com algumas investigações jornalísticas.

Classifica como "má-fé" outras.

Mas não é só a imprensa o alvo de Eduardo Cunha. Delatores da mega Operação Lava Jato também são. E nem sempre ele deixa claro com quem está falando. Até o momento, cinco delatores da Lava Jato já afirmaram que Cunha recebeu propina para facilitar negócios de empresas com a estatal petroleira.

Por fim, Cunha "lamenta" a crise da imprensa.

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