O Google fabricará carros sem motorista
O automóvel não terá volante nem pedais e andará no máximo a 40 quilômetros por hora
O Google fabricará seus próprios carros sem motorista, conforme anunciou o cofundador da empresa Sergey Brin durante a conferência Re/Code na Califórnia.
Segundo as explicações de Brin, o automóvel não terá volantes, pedais e marchas, poderá levar dois passageiros e atingirá velocidade máxima de 25 milhas por hora (40 km/h). Múltiplos sensores incluídos na máquina determinam a posição do veículo assim como a proximidade de objetos e pessoas, e o carro se moverá de acordo com estes sinais.
O executivo explicou que a empresa decidiu pela fabricação no lugar de ceder a produção a outros fabricantes. O anúncio de Brin veio antes de uma conferência programada para a tarde desta quarta, onde deverão ser fornecidos mais detalhes do projeto.
Pelas fotos divulgadas, o carro se parece mais com os atuais Smart da Mercedes do que com os protótipos mostrados há pouco tempo pela Google. No início serão fabricados 100 protótipos com controles manuais. Estes veículos já poderão circular por vários estados do país, como Califórnia ou Flórida, que mudaram as leis para permitir a circulação destes carros sempre e quando houver um condutor.
Os Estados da Califórnia, Flórida e Nevada adaptaram suas normas para estes veículos, que poderão circular se levarem uma pessoa dentro
Este não foi o único anúncio importante da conferência Re/Code, que em sua primeira edição já obteve sucesso absoluto tanto pela presença dos principais executivos da indústria tecnológica como pela importância dos comunicados. Brin, que compareceu na conferência de Ranchos Palos Verdes usando Google Glass de sol, foi entrevistado pelos fundadores da Re/Code Walt Mossberg (67 anos) e Kara Swisher (51 anos), após fecharem a AllthingsDigital e encerrarem sua colaboração com o The Wall Street Journal.Mossberg demonstrou que 67 anos não são demais nem para o mundo da tecnologia.
Skype com tradutor em tempo real
Antes, o conselheiro da Microsoft, Satya Nadella, esteve no palco respondendo as perguntas de Swisher e Mossberg, e anunciou para o fim do ano o lançamento do serviço de tradução instantânea de voz e textos do Skype, ainda que não tenha revelado se o serviço será pago, com a versão Premium do Skype, ou gratuito.
O Skype, criado por Janus Friis e Niklas Zennstrom em 2003, tem mais de 300 milhões usuários graças ao serviço de chamadas telefônicas gratuitas através da Internet. Vendida em duas ocasiões – primeiro para a eBay, logo depois para a Microsoft – obtém benefícios dos abonos de chamadas a preços baratos para telefones fixos ou celulares sem internet. O serviço é usado simultaneamente por 70 milhões de pessoas.
Nadella, que há quatro meses é conselheiro nomeado da Microsoft, o terceiro em 40 anos de empresa, depois de Bill Gates e Steve Ballmer, participou da primeira conferência Re/Code.
Desde a chegada de Nadella, a Microsoft adaptou seu programa Office para iPads e apresentou um tablet portátil, chamado Surface 3 Pro. O executivo, que declarou estar a mando da companhia e que Gates só dá colaborações eventuais, assinalou que trabalha para fortalecer a cultura corporativa da empresa. “A Microsoft não buscará o próximo grande invento fora de seus muros”, assegurou. “Temos que construir algo grande, se no caminho tivermos de comprar algo, faremos, mas nós temos que construir algo grande”. Nadella não disse nada concreto sobre o que seria “isso” capaz de rivalizar com seus grandes produtos atuais: Office e Windows.
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