Samsung oferece uma compensação a seus trabalhadores doentes de leucemia
O vice-presidente da empresa admite que alguns ex-empregados na Coreia têm câncer As famílias atribuem a doença a produtos químicos utilizados em fábricas
O vice-presidente do gigante da eletrônica Samsung, Kwon Oh-hyun, admitiu nesta quarta-feira que alguns dos trabalhadores em suas fábricas de produção de semicondutores da Coreia padecem de leucemia e de outras doenças. Embora não estabeleceu como causa expressa as condições de trabalho dos empregados, Kwon ofereceu aos afetados uma compensação econômica que pretende canalizar através de uma terceira "agência" com experiência em segurança trabalhista. Os semicondutores são materiais utilizados na fabricação de produtos eletrônicos como os telefones celulares.
Em abril, uma deputada coreana da oposição chamada Sim Sang-jung recolheu os depoimentos das vítimas e apresentou uma proposta no parlamento, que pedia para reconhecer que 114 de 243 trabalhadores que adoeceram desde finais dos anos 1990 trabalhava em fábricas de semicondutores da Samsung.
Embora várias vítimas e familiares estejam há anos mobilizados, o debate público sobre as condições de trabalho nestas fábricas estourou em fevereiro, com a estreia do filme Another promise (Outra promessa, em tradução livre). O filme segue a luta de 10 anos do pai de Hwang Yu-mi, uma funcionária de 23 anos que morreu em 2007 de leucemia, depois de ter trabalhado durante cinco anos em uma das plantas de produção de semicondutores da Samsung.
A empresa não quer estabelecer uma relação direta entre os produtos químicos e as doenças
O vice-presidente da empresa disse que não quer estabelecer uma relação direta entre os produtos químicos utilizados nas plantas de produção e as doenças dos trabalhadores.
Em princípio, a Samsung disse que estudaria a proposta de Sim, mas não dava mais notícias. Nesta quarta-feira assegurou que pedirá a opinião de Sim para solucionar o problema. "Vários dos trabalhadores em nossas unidades de produção sofreram de leucemia e outras doenças incuráveis, que em alguns casos resultaram em mortes", reconheceu Kwon Oh-hyun, em uma coletiva de imprensa citada por Associated Press e a agência coreana Yonhap. "Deveríamos ter solucionado este problema antes, e pedimos profundamente perdão por não o ter feito", acrescentou. Com o consentimento das vítimas e suas famílias, a empresa pretende criar umas normas para lhes dar uma compensação econômica.
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