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A cor do Oeste norte-americano

Fotógrafo francês retrata as paisagens sublimes de uma região que parece ter parado no tempo

O francês Bernard Plossu fotografou muitos desertos ao longo de sua carreira, do Saara ao Almería, mas sua obra-prima são imagens como esta, no sul da Califórnia, registrada em 1974. As fotos do Oeste dos Estados Unidos estão reunidas em seu livro 'Western Colours' (Thames & Hudson).Bernard Plossu
O mais norte-americano dos fotógrafos franceses, como definiu um colega, soube captar como poucos a geometria e a cor dessas terras. Aqui, uma estrada no deserto do sul do Novo México.Bernard Plossu
A luz do Oeste não se parece com a de nenhum outro deserto: ela é moldada pelas cores dos neons dos motéis de beira de estrada e pelo som dos trens infindáveis que se perdem no horizonte, e leva o viajante a intuir que em algum lugar, mais próximo do que parece, começa o mais misterioso dos oceanos, o Pacífico. Esta imagem foi captada em Carmel, uma localidade ao sul de São Francisco.Bernard Plossu
No Oeste, o viajante pode se deparar com uma placa que avisa: "Próximo posto de combustível a 300 quilômetros”. Nesses espaços imensos, como esta infindável estrada do sudoeste dos Estados Unidos, quem manda são os desertos, os carros, as retas, os motéis e o Pacífico.Bernard Plossu
As imagens do fotógrafo refletem o passado e o futuro, os cavalos e as botas, que são um dos maiores símbolos dos vaqueiros do Oeste.Bernard Plossu
Um motel em Deming, Novo México, em 1981, resume o olhar de Plossu sobre o faroeste, uma mistura estranha de John Wayne com os cenários descritos por Vladimir Nabokov em Lolita.Bernard Plossu
Um trem desliza no horizonte ao cair da tarde, cena ainda corriqueira no Velho Oeste. Plossu registrou suas imagens nos anos 70 e 80, mas, com exceção do modelo dos carros, pouquíssimas coisas mudaram.Bernard Plossu
O território dos índios navajos, no estado do Novo México, é um dos lugares dos EUA onde a sensação de que o tempo parou é mais forte. Por trás dessas paisagens, se escondem os mitos que as forjaram, a longa história de uma conquista que deixou para trás um território dominado, mas que, por outro lado, continua sendo selvagem. O Oeste sempre será um espaço inexplorado. E é isso que Plossu soube captar.Bernard Plossu