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EUA planejam oferecer em setembro uma terceira dose de vacina para conter a variante delta

O reforço, que até agora estava previsto apenas para imunossuprimidos, será ampliado para quem já foi imunizado com Pfizer-BioNTech ou Moderna

Antonia Laborde
Profissional de saúde prepara dose de vacina contra a covid-19 em Nova York nesta quarta-feira.
Profissional de saúde prepara dose de vacina contra a covid-19 em Nova York nesta quarta-feira.Mary Altaffer (AP)
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A Administração de Joe Biden preparou um plano para oferecer uma terceira dose de vacina contra a covid-19 a partir de 20 de setembro, anunciaram nesta quarta-feira as principais autoridades de saúde dos Estados Unidos. O reforço será oferecido a quem estiver vacinado com Pfizer-BioNTech ou Moderna e estará disponível para os americanos que receberam a segunda dose há pelo menos oito meses. O objetivo é frear a propagação da variante delta do coronavírus, que tem uma carga viral até 1.200 vezes maior que a das mutações anteriores e fez os casos de covid-19 dispararem no país. A iniciativa de oferecer um reforço ainda deve passar por uma avaliação de segurança e eficácia da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

Os americanos que receberam a dose única da vacina da Johnson & Johnson provavelmente também precisarão de um reforço, mas os especialistas estão à espera de mais dados para fazer a recomendação. “Isto é o que [as pessoas] precisam saber: se estão completamente vacinadas, ainda têm um alto grau de proteção contra os piores efeitos da covid-19, internação por sua forma grave e morte”, explicou nesta quarta-feira em entrevista coletiva na Casa Branca o doutor Vivek Murthy, principal autoridade de saúde dos EUA. “Não recomendamos que saiam em busca de um reforço hoje, mas a partir da semana de 20 de setembro”, acrescentou.

Há duas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que as empresas e países que controlam o fornecimento global de vacinas adotem uma moratória e não ofereçam uma dose de reforço, pelo menos, até o final de setembro, buscando reduzir o desequilíbrio nas taxas de imunizados.

“Os dados disponíveis deixam muito claro que a proteção contra a infecção pelo SARS-CoV-2 começa a diminuir com o tempo depois das doses iniciais de vacinação e, em associação com o predomínio da variante delta, estamos começando a ver evidências de proteção reduzida contra infecções leves e moderadas”, diz o comunicado assinado por oito autoridades de saúde, entre eles Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), e o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. “Por isso, chegamos à conclusão de que será necessária uma dose de reforço para maximizar a proteção induzida pela vacina e prolongar sua durabilidade.”

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Na semana passada, a FDA autorizou uma dose adicional para as pessoas imunossuprimidas (pacientes com câncer, transplantados ou com HIV, entre outros) pelo menos 28 dias depois de completar o esquema vacinal. A agência federal aprovou a recomendação do CDC, que argumentou que as pessoas “nem sempre geram níveis adequados de proteção após receber duas doses de uma das duas vacinas com RNA mensageiro”.

Quando a OMS fez seu pedido de moratória no início deste mês, os EUA rejeitaram a ideia. “Acreditamos que é uma escolha falsa e que podemos fazer as duas coisas [doar e aplicar uma terceira dose]”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psak. A maior potência mundial é a que mais doou vacinas a países vulneráveis, superando 100 milhões de doses.

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