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Mundo chega a 10 milhões de contágios pela rápida progressão na América

Estados Unidos e o Brasil estão reportando cada um por volta de 40.000 novos casos por dia

Protesto com 1.000 cruzes em frente ao Congresso em Brasília, em um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro.
Protesto com 1.000 cruzes em frente ao Congresso em Brasília, em um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro.SERGIO LIMA (AFP)
Elena G. Sevillano
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27 June 2020, Brazil, Rio de Janeiro: People are seen packed inside a buus amid easing restrictions despite the high number of deaths due to the coronavirus pandemic. Photo: Fernando Souza/ZUMA Wire/dpa


27/06/2020 ONLY FOR USE IN SPAIN
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Suécia admite erros em sua estratégia contra a pandemia

É somente um número, mas também significa uma lembrança de que a pandemia continua acelerando e que o mundo ainda está longe de poder controlá-la. Neste domingo foi atingida a marca de 10 milhões de contágios no mundo, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins, que costuma estar um pouco à frente da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao compilar os dados diretamente dos países e até das regiões. A aceleração da pandemia pode ser claramente vista na América, com os Estados Unidos e o Brasil na liderança dos Estados que mais informam sobre novos casos por dia. Enquanto isso, em regiões como a Europa a preocupação está em controlar os surtos que aparecem e em detectar os casos importados que podem chegar aos países à medida que vão abrindo suas fronteiras. 

“São 10 milhões, mas 10 milhões registrados”, diz Jeffrey Lazarus, epidemiologista e pesquisador do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), em conversa com o EL PAÍS. Nos Estados Unidos, onde já são quase dois milhões e meio de casos, o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) alertou recentemente que na verdade é preciso multiplicá-los no mínimo por 10. “Não sei por qual número deveríamos multiplicar em todo o mundo, mas podemos estar falando de 50 a 100 milhões”, diz Lazarus. A situação mais complicada está nos Estados Unidos e países da América Latina como o Brasil e o Chile, mas “também sobem muito rápido na Índia e Irã”, afirma. 

Com os dados reportados pelos países, a Universidade Johns Hopkins soma um total de 10.028.614 contagiados no mundo, entre os que se contam quase meio milhão de vítimas (499.599 falecidos). Já há vários dias que os Estados Unidos (331 milhões de habitantes) reportam mais de 40.000 novos casos de infecção diários. No sábado 27 o Brasil (212,6 milhões de habitantes) comunicou à OMS 39.500 novos casos em um dia. No acumulado de casos os Estados Unidos se destacam, com 2,5 milhões. Depois vem o Brasil com 1,3 milhão; a Rússia, com 630.000, e a Índia, com 530.000. 

Na Europa a epidemia está estabilizada, mas Lazarus alerta: “Não passamos pela primeira onda. Ainda há muitos problemas no Reino Unido e na Suécia, que agora é um dos 25 países mais afetados do mundo”. A preocupação centra-se agora nos surtos e em saber identificá-los e controlá-los a tempo para que os contágios não se espalhem. “A curva baixou, mas não a extinguimos”, lembra o especialista. 

O aumento diário de casos no mundo preocupa a OMS, que envia mensagens de alerta praticamente diárias. O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, usou no começo da semana uma comparação muito ilustrativa. O mundo contabilizou o primeiro milhão de casos ao longo dos primeiros três meses. Para o último milhão só foram precisos oito dias. No último mês quase quatro milhões de pessoas foram diagnosticadas. 

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