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Entenda o que ocorre no Afeganistão e a volta do Talibã

A derrota da URSS em 1989, os atentados de 11 de Setembro e a retirada das tropas dos EUA em 2021 são alguns dos pontos-chave que explicam a atual escalada da violência no país da Ásia Central

Afganistan
Combatentes do Talibã a bordo de uma caminhonete, no dia 13 de agosto, em Kandahar.- (AFP)
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El presidente Joe Biden saluda este lunes a su llegada a Washington desde la residencia de Camp David.
Biden: “Os EUA não poderiam continuar em uma guerra que os afegãos não estão dispostos a travar”
Internally displaced Afghan women, who fled from the northern province due to battle between Taliban and Afghan security forces, gather to receive free food being distributed by Shiite men at Shahr-e-Naw Park in Kabul on August 13, 2021. (Photo by WAKIL KOHSAR / AFP)
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A milícia dos talibãs, grupo armado fundamentalista afegão, conseguiu em cerca de três meses pôr em xeque o Exército afegão, treinado e apoiado nas últimas duas décadas por contingentes internacionais, em uma ofensiva rápida que avança desde o perímetro das províncias em direção a capitais menores e, agora, a grandes cidades como Kunduz, Herat e Kandahar. Quase 20 anos depois da rendição do Talibã à campanha militar lançada pelos Estados Unidos e a Aliança do Norte (afegã) no país considerado santuário da rede terrorista Al Qaeda, o grupo armado insurgente ameaça retomar o controle total do Afeganistão. Estes são os pontos-chave para entender o que está acontecendo:

Quem são os talibãs?

O grupo armado Talibã, ou “estudantes” segundo a tradução da língua pashtun, tomou forma no início da década de 1990. Em 1989, os mujahedin —combatentes armados da jihad (guerra santa)—, seja afegãos ou estrangeiros, derrotaram as tropas da União Soviética no Afeganistão após uma década de guerra. Da fronteira do Afeganistão com o Paquistão, o Talibã, nascido em seminários religiosos fundamentalistas, prometia ordem e segurança em sua ofensiva para governar o país.

Em 1996, a guerrilha tomou o controle de Cabul e arrebatou o Governo e a presidência do líder mujahedi Burhanuddin Rabban, um dos heróis da vitória contra os soviéticos. Em seu avanço, o Talibã estabeleceu um regime fundamentalista na interpretação rigorosa da lei islâmica. Entre outras medidas, os talibãs impuseram castigos físicos, desde a pena de morte em praça pública até chicotadas ou amputação de membros por delitos menores; despojaram as mulheres de quaisquer direitos (foram obrigadas a se cobrir inteiramente com a burca, e as meninas proibidas de ir à escola depois dos 10 anos de idade); erradicaram toda a expressão cultural (cinema, música, televisão) e mesmo arqueológicas —destruíram, por exemplo, os Budas de Bamiyan em março de 2001. Após a tomada de Cabul, apenas três países reconheceram o Talibã: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Paquistão. Os serviços de inteligência deste último, aliás, apesar da negativa de seu Governo, foram acusados pelos Estados Unidos de apoiar a insurreição do Talibã. O Centro para o Combate ao Terrorismo de West Point estima que o Talibã tenha cerca de 60.000 combatentes, aos quais se juntariam dezenas de milhares de milicianos e colaboradores com ideias afins.

Por que os Estados Unidos declararam guerra ao Talibã em 2001?

Cinco anos depois da tomada de Cabul pelo Talibã, em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos sofreram os ataques às Torres Gêmeas, que deixou cerca de 3.000 mortos. Washington culpou a rede terrorista Al Qaeda, nascida no final dos anos 1980 e então liderada pelo saudita Osama Bin Laden. O Governo do presidente republicano George W. Bush declarou guerra ao terrorismo e seus santuários, incluindo o Afeganistão do Talibã, onde Bin Laden teria encontrado refúgio e local onde a liderança da Al Qaeda estava sob o abrigo do mujahedin mulá Mohamed Omar.

Restos das Torres Gêmeas de Nova York, depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001.
Restos das Torres Gêmeas de Nova York, depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001.ALEXANDRE FUCHS (AFP)

Em outubro de 2001, os Estados Unidos lançaram uma ofensiva (Operação Liberdade Duradoura) contra as forças do Talibã, em conjunto com a Aliança do Norte, uma coalizão de milícias rivais nascida após a queda de Cabul. Os fundamentalistas capitularam em Kunduz, na fronteira com o Tajiquistão, em apenas dois meses. No entanto, a invasão das tropas norte-americanas, posteriormente apoiadas por dezenas de países na administração do novo Afeganistão, não encontrou o paradeiro de Bin Laden e do mulá Omar.

O Talibã admitiu em 2015 que o mulá Omar havia morrido dois anos antes. O mulá Mansur, seu sucessor, foi atingido por um ataque aéreo dos EUA em 2016. Maulaui Hibatullah Akhundzada é o atual líder do Talibã. Bin Laden foi encontrado e morto pelas forças especiais dos EUA em maio de 2011 na cidade de Abbottabab, no Paquistão.

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O que os talibãs fizeram depois de 2001?

Após a vitória das tropas norte-americanas e durante a fase de transição para um Governo afegão sob padrões democráticos, o Talibã manteve sua zona de influência nas áreas do interior e da fronteira com o Paquistão. O grupo fundamentalista não se rendeu, mas reposicionou seus membros em áreas montanhosas de difícil acesso ou fora do país. Os talibãs têm mantido estratégias diferentes, desde o avanço gradual de seus milicianos em uma guerra de guerrilha tradicional até ataques terroristas contra forças de segurança, funcionários, políticos —em 4 de agosto, tentaram chegar à residência do ministro da Defesa em Cabul—, mulheres, jornalistas... Tudo isso lhes rendeu a condenação das Nações Unidas em diferentes relatórios de violações dos direitos humanos.

Na triste rotina de sua violência estão, sem dúvida, os tiros contra a menina Malala Yousafzai, em Mingora, em outubro de 2012, por levantar sua voz na internet em defesa da educação das garotas, e o atentado em Peshawar, no território paquistanês, contra uma escola em dezembro de 2014, com 156 mortos. No entanto, a chegada do Estado Islâmico ao Afeganistão, por meio de deserções de outros grupos armados afegãos como os talibãs, complicou o trabalho das autoridades para apontar os responsáveis pelos atentados terroristas dos últimos anos. O Talibã costuma assumir a responsabilidade por seus ataques por meio de seu principal porta-voz na mídia social, Zabihullah Mujahid.

Malala Yousafzai
Malala Yousafzai foi a laureada mais jovem ao Nobel da Paz —tinha apenas 17 anos em 2014, quando foi premiada por sua defesa dos direitos das crianças e das mulheres. Fairfax Media

A que se deve a atual guerra no Afeganistão?

Em dezembro de 2014 —13 anos após o início da guerra—, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou o fim das principais operações de combate. O presidente democrata, que aumentou o número de soldados norte-americanos no terreno para quase 100.000, optou por concentrar os esforços de suas tropas no treinamento e na transferência de responsabilidades de segurança para as forças afegãs para poder encerrar a sua ação no Afeganistão. Seu sucessor no cargo, Donald Trump, apesar de defender o retorno dos soldados das guerras mais longas, finalmente concordou em manter o contingente no Afeganistão até que a situação do conflito permitisse. No entanto, em fevereiro de 2020, no âmbito das negociações de paz em Doha (Qatar), Trump acertou com o Talibã que retiraria as tropas do país em 14 meses.

Em abril passado, o atual inquilino da Casa Branca, Joe Biden, informou que os Estados Unidos removeriam suas tropas em uma retirada que começou em maio e que deverá ser concluída até 11 de setembro, data em que serão cumpridas duas décadas desde os ataques terroristas às Torres Gêmeas. Em maio, precisamente, o Talibã iniciou uma ofensiva para estender sua área de controle no sul, norte e na franja oeste do país, com uma estratégia de desgaste das capitais das 34 províncias do país em direção a grande cidades, como Herat, Kandahar e Kunduz.

Delegação do Talibã, em um hotel em Doha, Qatar, em 12 de agosto.
Delegação do Talibã, em um hotel em Doha, Qatar, em 12 de agosto.KARIM JAAFAR (AFP)

Embora os serviços de inteligência dos EUA tenham estimado em junho que o país poderia cair nas mãos do Talibã seis meses após a retirada das tropas estrangeiras, essas mesmas fontes agora acreditam que Cabul poderá ser controlada pelo Talibã dentro de 90 dias. Somente entre julho e agora, em agosto, mil civis perderam a vida na violência desencadeada na ofensiva do Talibã, segundo dados da ONU. Cerca de 250.000 pessoas fugiram de suas casas desde maio. Apesar de, no papel, as forças afegãs, treinadas e apoiadas pela coalizão internacional nas últimas duas décadas terem mais tropas —cerca de 288 mil policiais e militares— o avanço do Talibã está sendo rápido.

Pode ser alcançado algum acordo entre as partes para deter a violência?

Em fevereiro de 2020, os Estados Unidos, sob o Governo de Donald Trump, e o Talibã chegaram a um acordo pelo qual Washington se comprometeu a retirar as tropas em maio de 2021 e a milícia insurgente a não atacá-las e iniciar o diálogo com o Governo de Cabul, comandado por Ashraf Ghani. O pacto foi assinado pelo embaixador dos EUA, Zalmay Khalilzad, e Abdul Ghani Baradar, cofundador da milícia talibã. Ainda no ano passado, as negociações entre as partes começaram em Doha, capital do Qatar, mas sem muito sucesso. No último dia 12 de agosto, precisamente por meio do Qatar, o Governo afegão enviou ao Talibã uma proposta de divisão do poder em troca do fim da escalada da guerra. Por enquanto, os insurgentes não decidiram sobre um possível acordo e mantêm sua ofensiva.

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Los mensajes de este tema están ordenados a la inversa, del más antiguo al más reciente.

Buenos días. Arrancamos la narración de esta jornada en la que los talibanes han iniciado el asalto a Kabul y empiezan a entrar en la capital afgana. La milicia islamista asedia la ciudad por todos los frentes, según el Ministerio de Interior, citado por Reuters. La misma agencia asegura que la cúpula de la guerrilla insurgente ha pedido a sus soldados que eviten la violencia en la toma de la capital.

Las labores de evacuación del personal diplomático se han acelerado y Estados Unidos ha comenzado ya a evacuar su Embajada tras el envío de tropas para proteger al personal. Este sábado aún se creía que los talibanes tardarían al menos otras 72 horas en conquistar la ciudad. El domingo el personal estadounidense y de la Unión Europea busca a toda prisa cómo garantizar su seguridad.

Los talibanes tienen orden de quedarse a las puertas de Kabul y de no entrar en la capital afgana 

Los combatientes talibanes llegaron a las puertas del Kabul y tienen orden de no entrar en la capital afgana, afirmó este domingo un portavoz talibán después del colapso de las fuerzas de seguridad afganas.

“El Emirato Islámico ordena a todas sus fuerzas que permanezcan a las puertas de Kabul, que no intenten entrar en la ciudad”, tuiteó Zabihullah Mujahid, un portavoz de los talibanes. Poco antes, habitantes de Kabul señalaron la presencia de talibanes en la ciudad. "Hay combatientes talibanes armados en nuestro barrio, pero no hay combates", declaró a la AFP un habitante de un suburbio del este de Kabul. (AFP)

Los talibanes empiezan a entrar en Kabul tras una ofensiva relámpago

Los talibanes han iniciado el asalto a Kabul y empiezan a entrar en la capital afgana, después de que este domingo por la mañana cayera Jalalabad, la otra gran ciudad que aún estaba en manos del Gobierno de Afganistán. La ofensiva relámpago de los fundamentalistas amenaza con provocar la caída del Ejecutivo. La milicia islamista asedia la ciudad por todos los frentes, según el Ministerio de Interior, citado por Reuters. La misma agencia asegura que la cúpula de la guerrilla insurgente ha pedido a sus soldados que eviten la violencia en la toma de la capital.

“No queremos ni un solo civil afgano inocente herido o muerto mientras tomamos el poder, pero no hemos declarado un alto el fuego”, ha declarado un jefe talibán a Reuters.

Lea aquí la información completa 

Más de 80 militares afganos cruzan la frontera con Uzbekistán en busca de ayuda

Un grupo de 84 militares de las fuerzas gubernamentales de Afganistán han cruzado la frontera de Uzbekistán en busca de ayuda tras escapar de los combates contra la insurgencia talibán, informó este domingo el Ministerio del Interior uzbeco.

“El 14 de agosto, en una de las zonas de la frontera estatal con Afganistán, un grupo de militares de las fuerzas armadas de Afganistán, compuesto por 84 personas, cruzó la línea fronteriza estatal y fue detenido por guardias fronterizas”, dice la nota, recogida por la agencia oficial de noticias rusa Sputnik. (EP)

Alemania iniciará la evacuación de Afganistán sin esperar al mandato parlamentario

El Ejército alemán iniciará este lunes los preparativos para evacuar a sus ciudadanos, personal de la embajada y trabajadores locales de Afganistán sin esperar al mandato del Parlamento, informa este domingo el diario Bild. De acuerdo con ese medio, partirán ya mañana aviones militares de transporte del tipo A400M hacia la capital afgana, Kabul. (Efe)

El avance de los talibanes en los dos últimos días

Reaparición de los talibanes

Varios factores han influido en la reaparición de la guerrilla tras un conflicto que ha costado casi un billón de dólares y ha causado la muerte a decenas de miles de afganos y a unos 3.000 soldados de la coalición internacional. Para empezar, la oferta de rendición de los líderes talibanes fue rechazada por la superpotencia, centrada en destruir a Al Qaeda, responsable de los ataques del 11-S y protegida por la milicia. Y muchos de los nuevos dirigentes afganos que asumieron el poder en Kabul tras la entrada norteamericana tomaron represalias sangrientas contra los talibanes, en ofensivas del Ejército estadounidense o con sus propias milicias facciosas o étnicas, según recuerda por teléfono Shukriya Barekzai, embajadora de Afganistán en Noruega.

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Biden eleva a 5.000 el número de efectivos para garantizar una evacuación segura y ordenada de Afganistán

El presidente de EE UU, Joe Biden, ha anunciado este sábado un incremento del número de efectivos que se encargarán de garantizar “ordenada y adecuadamente” la evacuación de la Embajada en Kabul y del personal estadounidense y de países aliados, así como la de los afganos que colaboraron con las tropas de EE UU “y aquellos en especial riesgo ante el avance talibán”. En total, serán 5.000 soldados, 2.000 más de los anunciados esta semana por la Casa Blanca.

Tras celebrar una videoconferencia con altos cargos de seguridad y defensa para analizar la situación sobre el terreno, Biden ha enviado un mensaje a los representantes del grupo fundamentalista en Doha (Qatar) advirtiéndoles que EE UU responderá “de manera clara y contundente” a cualquier acción que ponga en riesgo al retén de estadounidenses que permanezca en Afganistán. 

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El avance talibán amenaza los derechos y libertades de los afganos

El portavoz de los talibanes, Zabihullah Mujahid, destacaba el viernes que se había realizado “el primer vuelo desde territorio bajo control del Emirato Islámico”, como se autodenominan esos extremistas suníes. Tal alharaca, en medio de una ofensiva que les ha permitido tomar la mitad de las capitales de provincia de Afganistán en una semana, señala el empeño de sus dirigentes por transmitir que la vida sigue con normalidad bajo su férula. Los testimonios de quienes huyen de su avance dicen otra cosa. ¿Debemos temer a los talibanes? ¿Intentan reimponer el retrógrado régimen que derribó la intervención de Estados Unidos en 2001? ¿O han cambiado?

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No permitamos que les suceda esto a las mujeres afganas

A finales de este mes de agosto abandonarán Afganistán las últimas tropas norteamericanas, excepción hecha de los destacamentos encargados de evacuar, a través del aeropuerto de Kabul, al personal diplomático y a los varios miles de colaboradores afganos que encontrarán asilo en Estados Unidos. España organiza también su pequeña operación conjunta entre Defensa, Interior y Exteriores, para evacuar a unos 40 afganos y sus familias que ayudaron a las tropas españolas que estuvieron destinadas allí varios años y que ahora se exponen a la venganza segura de los talibanes.

Por Soledad Gallego-Díaz

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Disparos en la calle

“En varias áreas remotas de Kabul se han escuchado disparos. Las fuerzas de seguridad del país, en coordinación con los socios internacionales, controlan la situación de seguridad en Kabul”, ha asegurado en Twitter la oficina del palacio presidencial afgano.

La situación es de pánico en la capital, con las autoridades afganas pidiendo a todos los funcionarios que abandonen sus puestos de trabajo y vayan a sus hogares, mientras cierran tiendas y bancos, con el tráfico paralizado por grandes atascos. (Efe)

El presidente afgano, en conversaciones de emergencia con EE UU y la OTAN

El presidente afgano, Ashraf Ghani, está manteniendo conversaciones de emergencia con el Representante Especial de Estados Unidos para la Reconciliación de Afganistán, Zalmay Khalilzad y otros altos funcionarios de la OTAN. (Reuters)

El ministro del Interior asegura que la transición será “pacífica”

El ministro del Interior afgano en funciones, Abdul Sattar Mirzakwal, ha asegurado que Kabul no será atacada y que la transición será “pacífica”. Así lo ha asegurado en un vídeo televisado por la emisora Tolo News. Mirzakwal garantiza, además, a la población que será protegida por las fuerzas de seguridad.

Los talibanes aseguran controlar la prisión de la fortaleza de Bagram

Los talibanes han asegurado este domingo haber tomado el control de la cárcel militar de Bagram, que fue por años la prisión principal de las fuerzas estadounidenses, ubicada dentro de la mayor fortaleza de seguridad de Afganistán.

Los combatientes del grupo insurgente capturaron la prisión más importante del aeródromo de Bagram, situada en la provincia de Parwan y a unos 70 kilómetros al norte de Kabul, ha asegurado en Twitter el principal portavoz de los talibanes, Zabihullah Mujahid.

De acuerdo con el portavoz, todos los presos fueron liberados de la prisión y trasladados a un lugar seguro. La prisión de Bagram fue durante años un símbolo de la ocupación militar de las fuerzas internacionales en Afganistán. (Efe)

Los hospitales y el aeropuerto seguirán funcionando

Los hospitales y el aeropuerto seguirán operando y los suministros de emergencia no se verán interrumpidos, ha asegurado un portavoz de los talibanes citado por la agencia Reuters. Los extranjeros que se encuentran en Kabul podrán salir de la ciudad, si así lo desean. En caso de quedarse, en los próximos días deberán registrar su presencia ante las autoridades del Gobierno de transición. (Reuters)

Rusia propone una reunión extraordinaria del Consejo de Seguridad sobre Afganistán

El Gobierno ruso ha iniciado los procedimientos para convocar una reunión extraordinaria del Consejo de Seguridad de Naciones Unidas tras la entrada de los talibanes en la capital de Afganistán, Kabul.

“Estamos trabajando en ello”, ha declarado a la agencia oficial de noticias rusa Sputnik el director del Departamento para Asia del Ministerio de Exteriores, Zamir Kabulov.

Kabulov ha indicado que, a diferencia de otros países, Rusia todavía no tiene previsto evacuar al personal su embajada. “No estamos preparando la evacuación del personal de la Embajada”, ha indicado. Según el diplomático, y a pesar de la presencia talibán en la capital, la Embajada “realiza sus funciones con normalidad y sigue de cerca el desarrollo de la situación en el país”. (EP)

Fuentes diplomáticas consultadas por Reuters apuntan a que el antiguo ministro del Interior afgano, Ali Ahmad Jilali, sería la persona encargada para dirigir el Gobierno de transición. (Foto: Jilali, en una imagen de 2005. Efe/Syed Jan Sabawoon)

Italia inicia la evacuación de sus ciudadanos y personal de la embajada en Kabul

Italia activó un puente aéreo para repatriar al personal de su embajada en Kabul, a sus ciudadanos y también a los colaboradores afganos que deben ser protegidos de la venganza de los talibanes.

En una nota del Ministerio de Exteriores se anunció “que a la luz del deterioro de las condiciones de seguridad en Afganistán” con la toma por parte de los talibanes de casi todo el país, “se han iniciado procedimientos para organizar el regreso a Italia del personal de la Embajada Italiana en Kabul”.

Se trata de cerca 50 empleados de la embajada, otros 30 colaboradores y sus familias y también los carabineros que se ocupaban de la seguridad de la sede. El primer vuelo está previsto que salga esta noche hacia Roma. (Efe)

Albania anuncia que acogerá a temporalmente a refugiados afganos a petición de EE UU

El primer ministro de Albania, Edi Rama, ha anunciado este domingo que su país acogerá temporalmente a “varios cientos de afganos”, entre ellos “intelectuales y activistas afganos”, a petición de Estados Unidos ante la crítica situación en Afganistán, donde los talibanes han llegado a Kabul para negociar la rendición de la capital.

Rama ha apelado a la pertenencia del país a la OTAN y a su historia como lugar de acogida de refugiados a la hora de tomar esta decisión. “Durante la cumbre de la OTAN recalqué de viva voz que Albania estaba lista para asumir su parte de un deber que todos los países de la OTAN deberían compartir entre ellos”, ha manifestado a través de un comunicado publicado en Facebook.

“No diremos ‘No’, no solo porque nuestros grandes aliados nos lo pidan, sino porque somos Albania”, ha añadido el primer ministro albanés en su mensaje. (EP)

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