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Republicanos levam aliada de Trump à liderança do partido na Câmara

Elise Stefanik assume o lugar de Liz Cheney, afastada da cúpula da sigla por suas críticas ao ex-presidente

A deputada por Nova York Elise Stefanik nesta sexta-feira, em Washington.
A deputada por Nova York Elise Stefanik nesta sexta-feira, em Washington.EVELYN HOCKSTEIN (Reuters)
Antonia Laborde
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Os republicanos elegeram nesta sexta-feira Elise Stefanik, de 36 anos, considerada muito ligada às ideias do ex-presidente Donald Trump, para substituir Liz Cheney como líder da bancada do partido na Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA, o terceiro cargo mais importante na Casa. A votação encerra uma semana em que o partido deixou claro que sua lealdade a Trump permanece intacta ao remover desse cargo Liz Cheney, que criticava as afirmações do ex-presidente sobre uma suposta fraude, já descartada, nas eleições que ele perdeu em novembro.

“Acho que os eleitores são quem diz quem é o líder do Partido Republicano, e o presidente Trump é o líder para o qual eles apontam”, disse Stefanik, uma congressista por Nova York, após a votação a portas fechadas. “Eu apoio o presidente Trump. Os eleitores apoiam o presidente Trump. Ele é uma voz importante em nosso Partido Republicano e espero trabalhar com ele”, acrescentou a nova número três da Câmara.

Stefanik, que teve o respaldo do ex-presidente e dos dois principais dirigentes de seu partido no Congresso, obteve 134 votos, seguida por Chip Roy, representante do Texas, que conquistou 46. Este se candidatou porque considera que o histórico de votação de Stefanik no Câmara é moderado demais: a republicana se opôs aos cortes de impostos aprovados por Trump em 2017 e a seus esforços para desviar recursos do orçamento para construir o muro na fronteira com o México.

A deputada detalhou em um comunicado que a bancada republicana na Câmara se concentrará em dar impulso à economia, criar empregos, reabrir escolas, promover a independência energética dos Estados Unidos, fortalecer a segurança nacional “e proteger a Constituição”. De acordo com duas fontes próximas ao partido citadas pela Associated Press, ela ocupará essa posição à frente dos republicanos na Câmara somente até o próximo ano.

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Trump comemorou o triunfo de sua candidata em um comunicado: “Parabéns a Elise Stefanik por sua grande e esmagadora vitória! O Partido Republicano da Câmara dos Representantes está unido e o movimento Make America great again [façam os EUA grandes de novo] é forte!”. O ex-presidente tem mais motivos para celebrar. A decisão de destituir a filha de Dick Cheney, vice-presidente de George W. Bush (2001-2009), é um aviso sem segunda leitura de que o partido continua a abraçar o trumpismo.

Os conservadores estão de olho nas eleições legislativas de meio mandato, em 2022, nas quais desejam retomar o controle da Câmara dos Representantes e do Senado. O fato de não tolerarem nenhuma divergência no partido sobre os fantasmas fraudulentos apontados por Trump, para dizer que as eleições lhe foram roubadas, é porque consideram que sua figura é a mais poderosa para vencerem as eleições.

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