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Médica sofre reações graves após receber vacina da Pfizer no México

Profissional de 32 anos apresentou sintomas de encefalomielite 30 minutos depois de receber o antígeno. De 20.000 imunizados, menos de 30 sofreram reações e só uma pessoa foi hospitalizada

Sonia Corona
Uma profissional da saúde recebe a vacina contra o coronavírus na Cidade do México.
Uma profissional da saúde recebe a vacina contra o coronavírus na Cidade do México.Marco Ugarte (AP)

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O México apresentou o primeiro caso de reação grave pela aplicação da vacina do coronavírus. Uma médica de 32 anos no Estado de Coahuila (norte) sofreu sintomas de encefalomielite 30 minutos depois de receber a dose do fármaco da Pfizer e BioNTech, segundo a Secretaria de Saúde do país. A profissional sofreu um episódio de convulsões e erupções cutâneas, perda de força muscular e dificuldade respiratória. Foi levada a uma UTI, onde é tratada pela inflamação cerebral. Este é o primeiro caso de encefalite conhecido no México em decorrência da administração do antígeno.

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A médica recebeu a vacina em 30 de dezembro num hospital do Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS) na cidade de Monclova (Coahuila), e diante da gravidade dos seus sintomas foi levada a uma clínica especializada no vizinho Estado de Nuevo León. A Secretaria de Saúde informa que a médica tinha como antecedente uma alergia a trimetoprima com sulfametoxazol, um antibiótico usado principalmente para as infecções em vias urinárias. “Será seguido um tratamento especializado intensivo com base em esteroides e anticonvulsivos para diminuir o risco de que apresente sequelas”, informou o Governo mexicano sobre a paciente, que se encontra em estado grave.

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O México iniciou a aplicação da vacina do coronavírus em 24 de dezembro, com um primeiro envio do laboratório Pfizer. O Governo colocou como primeiro grupo receptor do antígeno os profissionais que atendem pacientes de coronavírus. O IMSS informou na quarta-feira que, dos quase 20.000 trabalhadores da saúde que foram vacinados, 23 apresentaram reações alérgicas adversas leves, com sintomas como enjoos e palpitações. Só uma pessoa tinha tido dificuldade para respirar após receber a dose, mas em nenhum desses episódios foi necessária a hospitalização dos receptores do antígeno.

Estima-se que ao longo deste mês o país receberá 1,4 milhão de doses da vacina da Pfizer, que servirão para dar uma segunda dose aos profissionais sanitários já vacinados. O México estima que imunizará 750.000 trabalhadores da saúde e que no final deste mês começará a inocular a vacina em idosos. Até agora, 1,4 milhão de pessoas foram contagiadas com a covid-19 no México, e 126.500 morreram por causa da doença, segundo dados oficiais. De acordo com a Secretaria da Saúde, até agora não se conheciam casos de encefalite relacionados com o fármaco da empresa norte-americana.

Durante os ensaios clínicos da Pfizer, 20.000 pessoas receberam o antígeno em sua etapa experimental, e apenas 0,6% sofreram reações alérgicas adversas graves. No Reino Unido, o primeiro país a iniciar a vacinação, as autoridades sanitárias advertiram que alguns pacientes com antecedentes de alergias a medicamentos, outras vacinas e alimentos poderiam sofrer reações adversas, e pediram que este grupo de pessoas evitasse receber a vacina por enquanto.

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