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Estados Unidos aprovam a vacina da Pfizer e BioNTech contra o coronavírus

Milhões de norte-americanos começarão a receber o imunizante nos próximos dias. País se soma ao Reino Unido, Canadá e México, entre outros, na lista de nações que já oferecem imunização

Mulher participa de teste clínico da vacina da Pfizer contra o coronavírus em Indiana, Estados Unidos.
Mulher participa de teste clínico da vacina da Pfizer contra o coronavírus em Indiana, Estados Unidos.BRYAN WOOLSTON (Reuters)
Antonia Laborde

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) deu sinal verde nesta sexta-feira à noite para a utilização da vacina da Pfizer e BioNTech contra o coronavírus. A medida vem na mesma semana em que o país bateu recordes de internações e mortes desde o início da crise sanitária —passando de 3.000 óbitos em um dia. A principal potência mundial se soma ao Reino Unido, Canadá e México, entre outros, na lista de países que já oferecem vacina contra o vírus causador da covid-19. A partir de agora, o Governo dos EUA poderá distribuir 2,9 milhões de doses aos mais vulneráveis nos próximos dias.

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HOUSTON, TX - DECEMBER 11: (EDITORIAL USE ONLY) Dr. Joseph Varon (L) and other medical staff members perform an intubation procedure on a patient in the COVID-19 intensive care unit (ICU) at the United Memorial Medical Center on December 11, 2020 in Houston, Texas. According to reports, Texas has reached over 1,400,000 cases, including over 23,950 deaths.   Go Nakamura/Getty Images/AFP
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Os EUA são o país com mais afetados pela pandemia, com mais de 293.000 mortes, um número maior que o total de vítimas americanas na Segunda Guerra Mundial. Cada Estado apresentou ao Governo uma lista com locais, na maioria hospitais, para onde serão enviadas as primeiras doses da vacina. O imunizante “salvará milhões de vidas e acabará com a pandemia de uma vez por todas”, disse o presidente Donald Trump em vídeo divulgado em sua conta no Twitter.

Na quinta-feira, o painel da FDA realizou uma análise maratônica com mais de 20 especialistas, que concluíram que os benefícios da vacina superam os riscos de seu uso em pessoas maiores de 16 anos. Pela primeira vez na história, deliberações da agência reguladora de medicamentos foram transmitidas por streaming. A autorização formal da FDA marca uma redução drástica nos prazos habituais para a aprovação de fármacos.

A agência americana não encontrou nenhuma complicação ou ameaça à segurança dos pacientes em sua revisão do teste clínico de fase 3 realizado pela Pfizer com 44.000 pessoas. A conclusão positiva é que a vacina é altamente eficaz em diversos grupos demográficos. Na véspera do pontapé inicial para a vacinação em massa, Trump defendeu em seu Twitter que a vacina, o “maior e mais rápido milagre médico da história contemporânea”, deve ser atribuída a seu mandato e não ao do presidente eleito Joe Biden, que assumirá a presidência em 20 de janeiro. Na manhã de sexta-feira, o líder republicano havia pressionado mais uma vez a FDA a liberar “as malditas vacinas AGORA”. “Pare de brincar e comece a salvar vidas!!!”, escreveu no Twitter o presidente em fim de mandato.

O chefe de Gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, pressionou o chefe da FDA, Stephen Hahn, para que autorizasse formalmente o uso emergencial da vacina antes deste sábado, caso contrário, poderia ser demitido, segundo dois funcionários da Administração que falaram sob condição de anonimato à agência AP. Trump criticou reiteradamente a velocidade de trabalho da agência, descrevendo-a como “uma tartaruga grande, velha e lenta”. Hahn disse que a versão sobre sua conversa com Meadows era “falsa”.

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