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Itália impõe confinamento domiciliar nas regiões mais afetadas pelo vírus

Governo estabeleceu três níveis de restrições que incluem medidas semelhantes às de março e abril, em função da gravidade da situação

Daniel Verdú
Profissionais sanitários trabalham na UTI de um hospital de Bérgamo, na terça-feira passada.
Profissionais sanitários trabalham na UTI de um hospital de Bérgamo, na terça-feira passada.Filippo Venezia (EFE)
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Rome (Italy), 27/10/2020.- Workers of gyms, swimming pools, sports centers and dance schools protest at the Pantheon against to the latest restrictions imposed by the Italian government to curb the Coronavirus Covid-19 emergency, in Rome, Italy, 27 October 2020. ANSA (Protestas, Italia, Roma) EFE/EPA/FABIO FRUSTACI
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Belgian military medical personnel puts on protective face shields as a unit is deployed at a Belgian hospital to help deal with the influx of coronavirus disease (COVID-19) patients in Seraing, Belgium, November 2, 2020. REUTERS/Johanna Geron
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O mapa da Itália se dividirá a partir da quinta-feira em três cores, como se fosse uma espécie de semáforo que regulará a gravidade da situação. O vermelho, laranja e verde sinalizarão o impacto da pandemia e as restrições que cada área deverá seguir. Além disso, será estabelecido um toque de recolher entre 22h e 5h, e toda a educação a partir dos 14 anos deverá ser feita à distância. O Governo, desta vez, quis modular as restrições em função da gravidade da situação em cada região, para tratar de preservar ao máximo a economia. A pior parte caberá às áreas onde a situação está fora de controle (majoritariamente no norte). E o grau de restrições nessas áreas se aproximará das medidas adotadas em março e abril, segundo o decreto que o primeiro-ministro Giuseppe Conte assinou na madrugada desta quarta. A cada 15 dias o Ministério da Saúde revisará a classificação.

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As zonas vermelhas, onde supostamente estarão Lombardia, Piemonte, Calábria, Vale D’Aosta e Trentino Alto Adige, viverão uma situação muito semelhante a um confinamento. Não se poderá sair de casa se não for por motivos justificados de trabalho ou saúde, breves passeios ou praticar esporte de forma individual. Permanecerão abertas apenas as indústrias e as escolas infantis e primárias, e os demais alunos deverão fazer aulas domiciliares. Não serão permitidos deslocamentos injustificados nem sair do próprio município. Além disso, todos os comércios ficarão fechados durante pelo menos 15 dias, com exceção de barbearias e salões de beleza, que poderão continuar prestando serviços. Como já ocorreu em março e abril, permanecerão funcionando supermercados, farmácias e outros serviços essenciais. Essas medidas irritaram os governadores das regiões afetadas, com quem o Executivo ainda negociava na manhã desta quarta.

Nas zonas laranja, segundo a classificação a ser estabelecida pelo Ministério da Saúde com base em 21 parâmetros (da ocupação das UTIs aos índices de contágios dos dias prévios), serão incluídas regiões como Puglia, Ligúria e Campânia. Aí se poderá sair do município de residência apenas com uma justificativa, mas não da área que delimita a região. Os restaurantes e bares também ficarão fechados durante todo o dia, mas os demais comércios se salvam. Os alunos de educação primária continuarão indo à escola, mas a partir do ensino médio terão que ficar em casa e fazer aulas à distância.

As zonas verdes terão apenas as limitações impostas em escala nacional. Museus e exposições continuarão fechados, como já acontece com teatros e cinemas. O mesmo ocorrerá com os shoppings centers durante os finais de semana, e a capacidade do transporte público será reduzida pela metade. O esporte, depois de ter fechado academias e proibido competições amadoras, só será permitido de forma individual, ao ar livre e com máscara.

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