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África do Sul corta chifres de rinocerontes para salvar os animais

A operação não causa dor e não influencia na vida dos mamíferos

Uma fêmea de rinoceronte negro é colocada em posição que permite que ela seja operada para remover seu chifre. Em vídeo, o corte dos chifres dos rinocerontes, medida tomada para evitar sua morte.Vídeo: EFE

A caça ilegal continua ameaçando a maior colônia de rinocerontes do mundo, localizada na África do Sul. Por isso, a organização Save the Rhino está fazendo uma campanha para retirar os chifres destes animais com o fim de evitar que sigam sendo alvo dos caçadores furtivos, os quais alimentam um mercado negro onde o quilo do chifre está precificado entre 60.000 e 80.000 dólares. Os compradores finais normalmente vêm de países do continente asiático, onde o material é considerado um símbolo de status econômico, além de, segundo eles, conter propriedades medicinais.

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Remover os chifres dos rinocerontes não é fácil. Nesta operação participa um grupo de umas 20 pessoas, entre elas veterinários especializados e pilotos de helicópteros. Ao localizar um animal, aplicam o sedativo e cobrem olhos e ouvidos, para que ele não se assuste. A operação não traz nenhuma dor ao rinoceronte, segundo a organização, e tampouco se observou até agora mudanças no comportamento ou na autodefesa para os animais que passaram por essa cirurgia. No entanto, ainda que essa medida já tenha sido emplantada com sucesso em ocasições anteriores, não é o suficiente para deter a caça furtiva. Os defensores dos rinos pedem que os animais possam ser controlados em lugares seguros a todo o momento, para estar a salvo dos caçadores.

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