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O primeiro dia sem nenhum novo contágio local de coronavírus na China

País registra 34 novos casos importados, a maioria em Pequim, que impõe rigorosas quarentenas aos viajantes

Macarena Vidal Liy
Uma rua da cidade chinesa de Shenyang, nesta quarta-feira. Nas telas, um programa de homenagem aos médicos que viajaram a Wuhan.
Uma rua da cidade chinesa de Shenyang, nesta quarta-feira. Nas telas, um programa de homenagem aos médicos que viajaram a Wuhan.STR (AFP)

A China despertou nesta quinta-feira com a notícia que esperava desde o começo da pandemia da Covid-19. Pela primeira vez desde que foi reconhecida a transmissão entre indivíduos, em janeiro, a Comissão Nacional de Saúde não detectou nenhum caso de contágio comunitário em Wuhan, o foco original da doença, nem no resto do país. A contrapartida é que aumentam as novas infecções importadas, 34, das quais 21 detectadas em Pequim.

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Segundo esses dados oficiais, na quarta-feira morreram oito pessoas em todo o país por causa do coronavírus, o que eleva o total de mortes na China a 3.245 desde o começo da epidemia em dezembro. Ao total se contagiaram desde então 80.928 pessoas, das quais 70.420 se recuperaram.

Desde que o número de contágios comunitários se reduziu à cifra de dois dígitos, e à medida que foi se elevando o número de casos no resto do mundo, a China foi pondo o foco em evitar novas infecções que possam desatar uma segunda onda da epidemia. Preocupam-na os casos importados, que estão crescendo.

Numa situação totalmente contrária à de dois meses atrás, quando eram outros países que tomavam medidas para se protegerem de possíveis contágios importados, a China impôs drásticas normas de quarentena para quem chega do exterior. Pequim, a capital e sede das instituições de Governo, e um dos principais pontos de entrada no território, encontra-se entre as zonas que adotaram práticas mais rígidas – as quais foram sendo endurecidas em intervalos de poucos dias, sendo a última leva de medidas na quinta-feira.

Pequim exige que todos os viajantes procedentes do exterior se submetam a uma quarentena de 14 dias em hotéis designados pelas autoridades. As únicas exceções são os menores de 14 anos ou maiores de 70, as grávidas ou indivíduos com doenças que desaconselhem passar o isolamento nestes lugares. Estes poderão completá-lo em seus lares.

Mas a partir desta quinta-feira já não será possível, como até agora, passar o confinamento no domicílio próprio se a pessoa viver sozinha. Quem cumprir algum dos requisitos para o isolamento domiciliar deverá, antes de viajar, entrar em contato com o seu comitê de bairro e apresentar a documentação justificante, para receber uma autorização. Sem isso, não será possível confinamento na própria residência.

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