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Elizabeth Warren abandona a corrida democrata à Casa Branca

A candidata jogou a toalha depois de não conseguir obter apoio suficiente nas primárias

Elizabeth Warren fala a apoiadores após votar na Superterça em Cambridge.
Elizabeth Warren fala a apoiadores após votar na Superterça em Cambridge.Steven Senne (AP)
Pablo Guimón
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Democratic presidential candidate former New York City Mayor Mike Bloomberg waits to speak at a news conference on Tuesday, March 3, 2020, in Little Havana, a neighborhood in Miami. (AP Photo/Brynn Anderson)
Bloomberg desiste da corrida democrata após seu fracasso na Superterça
Democratic presidential candidate Sen. Bernie Sanders, I-Vt., speaks during a primary night election rally in Essex Junction, Vt., Tuesday, March 3, 2020. (AP Photo/Charles Krupa)
Establishment político nos EUA tende a subestimar as chances de Sanders
Joe Biden, este martes en Los Ángeles, California.
Resultados na Superterça transformam as primárias democratas num duelo Biden contra Sanders

A senadora Elizabeth Warren abandonou a corrida democrata à Casa Branca, informou o New York Times nesta quinta-feira. A candidata, que no início das primárias conseguiu se posicionar como uma das favoritas, joga a toalha depois de colher resultados ruins nas votações realizadas até o momento. Sua desistência acontece um dia depois que o magnata Michael Bloomberg também decidiu deixar a corrida, que se tornou um duelo entre Bernie Sanders e Joe Biden.

Desde quarta-feira, esperava-se uma decisão sobre a continuidade de uma campanha que não era mais possível levar a lugar nenhum. Resta saber quem apoiará: o “socialista” Bernie Sanders, que seria uma decisão mais alinhada com seu programa, ou o centrista Joe Biden, um candidato em ascensão que, após um início decepcionante, agora surge como o favorito dos eleitores para derrotar Trump.

A primária democrata, que começou como uma corrida massiva que refletia a diversidade (racial, geracional e de gênero) do partido, é reduzida, com a partida de Warren, a uma batalha entre dois homens brancos septuagenários.

Assim como Sanders, Warren fazia parte do flanco da esquerda da campanha. No ano passado, apresentou um projeto para a criação da Lei do Capitalismo Responsável (Accountable Capitalism Act). Uma espécie de tentativa de salvar o capitalismo dele mesmo, ampliando a responsabilização das empresas por violações, e, com sorte, conseguindo reconciliar a força do trabalho com as grandes corporações.

Sobre saúde, defendia um sistema público e universal, eliminando a maior parte dos seguros privados, o que se traduziria em um gasto público adicional de 20,5 trilhões de dólares ao longo de uma década, e que ela prometia financiar sem aumentar em um só centavo os impostos da classe média. Warren também defendia comutar grande parte das dívidas estudantis, um grave problema nos Estados Unidos, e oferecer ensino gratuito para todos nas universidades públicas.

A doutrina Warren, embora se afastesse do “socialismo” de Sanders, permitiria ao Governo um grau de intervenção que nos Estados Unidos beira ao sacrilégio. Não à toa, não convenceu.


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