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Trump ameaça atacar 52 alvos iranianos se Teerã atingir interesses dos EUA

Presidente norte-americano adverte que uma represália à execução do general Soleimani levaria a um golpe “muito rápido e muito forte”

Trump em uma entrevista coletiva em Miami.
Trump em uma entrevista coletiva em Miami.Michael Laughlin
Pablo Guimón

A tensa espera pela anunciada resposta do Irã à execução do general Qasem Soleimani, na madrugada da sexta-feira em um ataque norte-americano em Bagdá, não apresenta sinais de distensão, mas de ameaças. O presidente Donald Trump alertou na tarde de sábado, via Twitter, que tem 52 locais iranianos como “alvos” e atacará “muito rápido e muito forte” se Teerã atingir cidadãos ou interesses norte-americanos.

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03 January 2020, Iran, Rasht: Iranian women march with placards and shout slogans during an anti-US demonstration, after Qassem Soleimani, commander of the elite Quds Force of the Iranian Revolutionary Guard, was killed in a US strike in Baghdad. Photo: Babak Jeddi/SOPA Images via ZUMA Wire/dpa


03/01/2020 ONLY FOR USE IN SPAIN
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“O Irã está falando com muita ousadia sobre atacar determinados ativos norte-americanos como vingança por ter livrado o mundo de seu líder terrorista”, disse o presidente. “Que isto sirva de advertência de que se o Irã atingir algum norte-americano, ou ativos norte-americanos, temos 52 locais como alvos, alguns de nível e importância muito altos para o Irã e a cultura iraniana, e esses objetivos, e o próprio Irã, sofrerão um golpe muito rápido e muito forte. Os Estados Unidos não querem mais ameaças!”, acrescentou.

Donald Trump, que continua em sua residência de férias em Mar-a-Lago (Flórida), explicou que os 52 alvos representam os 52 reféns norte-americanos capturados pelo Irã na Embaixada dos EUA em Teerã em 1979.

A ameaça do presidente dos EUA aconteceu no final do dia em que dezenas de milhares de pessoas se manifestaram no Iraque em sinal de luto pela morte de Soleimani, comandante da força de elite Al Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, e do líder miliciano pró-iraniano Abu Mahdi al-Muhandis, também abatido no ataque norte-americano de sexta-feira. Depois da marcha aconteceram vários ataques com foguetes, sem feridos, segundo militares iraquianos. Um deles foi na Zona Verde, altamente protegida, ao lado da Embaixada dos EUA, segundo a BBC, e outros no norte da capital, em uma base que abriga tropas norte-americanas.


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