_
_
_
_
_
Mundial de Clubes - final - jornada 1
Bayern
Bayern
Benjamin Pavard 58'
1 0
Finalizado
Tigres
Tigres

Como o Bayern repetiu o Barcelona de Guardiola na conquista do sexteto

Com o Mundial de Clubes, time de Munique garante todos os títulos em jogo na temporada, graças à costumeira generosidade de seus jogadores e a mais uma exibição de sua sólida defesa

Diego Torres
Bayern campeón del mundial de clubes
Neuer levanta a taça do Mundial de Clubes.AP
Mais informações
Los futbolistas del Palmeiras celebran el título de la Libertadores.
Palmeiras coroa uma temporada de sonhos com o bi da Libertadores e heróis inimagináveis
Al Rayyan (Qatar), 07/02/2021.- Andre Pierre Gignac (2-L) of Tigres scores his team's first goal during the FIFA Club World Cup semifinal soccer match between SE Palmeiras and Tigres UANL in Al Rayyan, Qatar, 07 February 2021. (Mundial de Fútbol, Catar) EFE/EPA/NOUSHAD THEKKAYIL
Palmeiras perde do Tigres por 1 a 0 e dá adeus a sonho de conquistar o Mundial
Brazilian fourth official Edina Alves Batista gestures during the FIFA Club World Cup second round football match between Mexico's UANL Tigres and Korea's Ulsan Hyundai at the Ahmed bin Ali Stadium in the Qatari city of Ar-Rayyan on February 4, 2021. (Photo by KARIM JAAFAR / AFP)
Edina Alves, a primeira árbitra em um Mundial masculino

O Bayern sucedeu ao Barça de Guardiola como a segunda equipe da história a ganhar um sexteto, a conquista de todos os títulos em disputa em campo e uma marca de prestígio. Finalizou sua odisseia contra o Tigres, o primeiro time mexicano a chegar a uma final de Copa do Mundo de Clubes, baseado na força defensiva, generosidade e cruzamentos para a área. É como Lewandowski disse após o jogo: “Disse aos rapazes no intervalo para me darem o pivô, que ganharia espaços arrastando os defensores”. Foi assim, a partir do que fez na final da Champions League em Lisboa, que o Bayern saiu vitorioso de Doha.

BAYBayern
Bayern
1
Neuer, Lucas, Benjamin Pavard, Niklas Süle, Alphonso Davies, Joshua Kimmich, Sane (Jamal Musiala, min. 73), Kingsley Coman (Douglas Costa, min. 73), Gnabry (Tolisso, min. 64), Alaba y Lewandowski (Choupo-Moting, min. 73)
TIG Tigres
0
Tigres
Guzmán, Carlos Salcedo, Jesús Dueñas, Diego Reyes, Luis Rodríguez (Julián Quiñones, min. 80), Rafael Carioca, Luis Quiñónes, Guido Pizarro, Aquino, Carlos González y Gignac
Gols 1-0 min. 58: Benjamin Pavard.
Árbitro Esteban Ostojich
Cartões amarelos Jesús Dueñas (min. 41), Luis Rodríguez (min. 69) y Rafael Carioca (min. 90)

O foco de covid-19, as baixas de Goretzka e Javi Martínez antes da viagem, Müller positivo na véspera do jogo, a incerteza na concentração após uma longa semana de contratempos, tudo isso poderia ter afetado o Bayern. A equipe de Flick entrou em campo com mais tensa do que o normal. Mas o fato de esse Bayern de meninos trabalhadores e altruístas ter feito história ao colecionar títulos em estádios vazios não o torna um time fascinante. Nunca foi. Muito menos em Doha.

Contra o Tigres, um conjunto bem formado de veteranos cujo elenco estava bem abaixo da categoria do adversário, o Bayern venceu não pela habilidade de suas combinações, mas pelo tremendo poder de seu elenco defensivo. Reduzidos Lewandowski, Gnabry e Sané à condição de meros operários, atados pela trama mexicana durante boa parte da primeira hora de jogo, a disputa se canalizou por meio da segurança de Lucas Hernández, com Davies no lado esquerdo, Pavard pela direita, e a dupla composta por Alaba e Kimmich, que completaram uma tela impenetrável. Impossível de quebrar, pelo menos, para o soberbo Gignac, jogador extremamente inteligente que nenhum de seus companheiros de ataque conseguiu acompanhar. Na hora marcada, todos falharam. Principalmente o colombiano Luis Quiñones.

Imparável na semifinal contra o Palmeiras, o magrelo Quiñones viu minguar seu pé esquerdo contra o Bayern. Confuso toda vez que tinha tempo para decidir, fez todas as escolhas erradas. Esteve cada vez pior à medida que os minutos passavam e seus companheiros o olhavam ansiosos, pois boa parte da fluidez dos ataques dependia de suas escapadas pelos cantos. Seu jogo acabou consumindo a paciência de todos, pois o lateral até ameaçou enfrentar a defesa adversária, mas acabou fazendo todos seus cruzamentos de olhos fechados. Foi tão anulado que o monolítico Süle o manteve à distância, mal sendo exigido.

Atolada no meio de campo, a final permitia apenas percursos curtos em um campo estreito que quase sempre foi dominado por Carioca, Pizarro, Salcedo, Alaba e Kimmich. O bloqueio só foi quebrado graças à variante Davies-Alaba, que trocou de posição e abriu a única lacuna visível. Alaba deslocou-se para sua antiga posição lateral para lançar Davies. A simples troca foi executada de memória, e o canadense se tornou imparável em suas corridas, sua frenagem e sua direção. A defesa do Tigres foi aberta pela lateral, mas os atacantes não aproveitaram.

Apoie a produção de notícias como esta. Assine o EL PAÍS por 30 dias por 1 US$

Clique aqui

Como na última final da Champions League, o Bayern acabou superando o obstáculo decisivo com chutes de fora da área e cruzamentos. O VAR anulou o 1x0 anotado por Kimmich, mas concedeu o 1x0 de Pavard após cruzamento de Kimmich. A bola foi dividida pelo goleiro Patón Guzmán e Lewandowski, e o polonês honrou sua promessa no vestiário, colidindo com o goleiro e tocando a bola com o cotovelo, Salcedo deu condição de jogo ao atacante e Pavard completou com o rebote. Após o costumeiro suspense, o árbitro validou a jogada. Gol válido, título válido, sexteto válido.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_