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Microsoft destrona a Apple do posto de empresa mais valiosa do mundo

Os problemas da companhia da maçã com cadeias de abastecimento a empurram para o segundo lugar em capitalização de mercado

No centro, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, ao lado do fundador da empresa, Bill Gates, e do ex-CEO Steve Ballmer, no campus da empresa em Redmond, Washington, em fevereiro de 2014.
No centro, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, ao lado do fundador da empresa, Bill Gates, e do ex-CEO Steve Ballmer, no campus da empresa em Redmond, Washington, em fevereiro de 2014.Gtres
Álvaro Sánchez

O nome Microsoft está mais uma vez no topo do mundo corporativo. A empresa fundada em 1975 pelos jovens Bill Gates e Paul Allen, amigos desde a adolescência e fãs de programação, ultrapassou a Apple em capitalização de mercado nesta sexta-feira, tornando-se a empresa mais valiosa do mundo, com 2,47 trilhões de dólares (14 trilhões de reais). A última vez que o criador do sistema operacional Windows esteve à frente da fabricante do iPhone foi em julho de 2020, há 15 meses.

A ultrapassagem ocorreu após duas notícias conflitantes ocorridas esta semana. Na terça-feira, a Microsoft surpreendeu Wall Street com resultados recordes impulsionados pela demanda por serviços em nuvem. E, na quinta-feira, a Apple desencadeou alguma preocupação entre os investidores ao anunciar durante sua apresentação de resultados que os problemas nas cadeias de abastecimento globais, ainda não resolvidos, custaram-lhe 6 bilhões de dólares em receitas no último trimestre.

Muito do sucesso da Microsoft se deve à gestão de seu CEO, o indiano Satya Nadella, que foi batizado como o homem da nuvem em um momento em que a empresa buscava recuperar sua audácia perdida e devolveu a Microsoft ao mais alto do Olimpo dos negócios. Seu compromisso com o gerenciamento de dados foi fundamental para essa decolagem. Os títulos da empresa valorizaram-se mais de 700% desde sua chegada e valem até três vezes e meia todas as empresas juntas do índice Ibex 35 espanhol.

A competição é acirrada. Durante grande parte do tempo em que Nadella esteve à frente da Microsoft, foi a Apple que emergiu como a tecnológica mais valiosa do planeta. A empresa fundada por Steve Jobs foi a primeira a ultrapassar um trilhão de dólares em valor no mercado de ações. Isso aconteceu em agosto de 2018, oito meses antes da Microsoft. Em agosto de 2020, a Apple seria a primeira norte-americana a quebrar a barreira dos dois trilhões —a petrolífera saudita Aramco já havia feito isso— e no caminho, um pouco mais para trás, mas sem perder o rumo, estava a Microsoft, que também deixou para trás essa barreira em junho deste ano, dez meses depois.

Agora as forças parecem ter se estabilizado. A melhora das ações da Microsoft em 2021 (com um ganho de 51% desde janeiro), é mais encorajadora do que a da Apple (15%), que os colocou em pé de igualdade, não apenas nos mercados. Seus últimos resultados trimestrais refletem ganhos idênticos de 20,5 bilhões de dólares, embora a receita da Apple exceda em muito a de sua rival. Google e Amazon ficam atrás em uma classificação, a de empresas de mais de um trilhão de dólares, onde a tecnologia tem uma predominância clara e na qual a fabricante de veículos elétricos Tesla recentemente se infiltrou.

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