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Risco de pegar covid-19 tocando superfície contaminada é de 1 em 10.000, diz estudo nos EUA

Autoridades sanitárias do país minimizam o risco de contrair a doença através de objetos e afirmam que em situações normais basta limpá-los com sabão

Uma jovem desinfeta os bancos da igreja de Santa Genoveva, em Sevilha (Espanha).
Uma jovem desinfeta os bancos da igreja de Santa Genoveva, em Sevilha (Espanha).Raúl Caro (EFE)
Javier Salas

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O uso de desinfetantes é desnecessário para combater o coronavírus SARS-CoV2 na maioria das situações cotidianas, embora vendam feito pão quente. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos reviram todas as informações científicas relacionadas ao contágio de covid-19 através de superfícies e concluíram que basta limpá-las com sabão ou detergente comum, sobretudo porque o contágio pelo toque em uma superfície contaminada é extremamente raro. Os CDCs se atrevem a estimar uma cifra: menos de um contágio a cada 10.000 vezes que se toca um objeto com coronavírus.

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Os CDCs já haviam deixado claro meses atrás que o risco de contaminação por essa via é mínimo, mas agora fizeram uma análise específica. “Devido aos muitos fatores que afetam a eficiência da transmissão ambiental, o risco relativo de transmissão do SARS-CoV-2 por fômites é considerado baixo em comparação com o contato direto, a transmissão por gotículas ou a transmissão aérea”, afirmam os especialistas em sua revisão. Fômite é o nome dado a um objeto inanimado capaz de absorver, transportar ou transmitir um agente infeccioso. Os cientistas continuam considerando que, no caso da covid-19, o mais perigoso é o contato direto com uma pessoa contagiada, que ao falar, tossir etc. gera gotículas de diferentes tamanhos que podem ser inaladas por outra pessoa. Os CDCs ressaltam que as máscaras e a limpeza das mãos também são uma boa estratégia contra o possível contágio por superfícies.

O Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) também informa em seus manuais que esta via de contágio é a menos provável e destaca que, após milhões de casos de covid-19 em todo o mundo, nunca foi registrada uma transmissão através de fômites. Os CDCs informam ainda que, como acontece com o contágio ao inalar o vírus em suspensão, os ambientes externos também são menos perigosos para a infecção através de superfícies, “devido à diluição e o movimento do ar, assim como as condições ambientais mais difíceis, como a luz solar”.

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Todos os organismos e autoridades sanitárias desaconselham a fumigação ou nebulização nos ambientes, e o novo documento dos CDCs reitera a orientação de que isso não é nem útil nem seguro―só recomenda o uso de desinfetantes especiais, além do sabão normal, “em situações nas quais houve um caso suspeito ou confirmado de covid-19 em ambientes internos nas 24 horas anteriores”.

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