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Promotoria sueca arquiva investigação contra Julian Assange por estupro

Denúncia contra o fundador do Wikileaks, que está preso em Londres e aguarda decisão sobre sua extradição para os EUA, data de 2010

Estocolmo / Madri -
Julian Assange em 1º maio em Londres.
Julian Assange em 1º maio em Londres.Henry Nicholls (REUTERS)

A Procuradoria sueca anunciou nesta terça-feira o arquivamento da investigação de uma denúncia de estupro feita em 2010 contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange. A decisão, tomada após a análise das provas, facilita em tese a extradição de Assange para os Estados Unidos, onde é acusado de crimes por ter divulgado documentos secretos por meio do Wikileaks. A extradição depende de uma decisão da Justiça britânica. Washington acusa Assange de até 18 crimes, incluindo o de conspiração, segundo a Reuters.

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O australiano Assange, de 48 anos, negou diversas vezes a acusação de estupro, feita em 2010 por uma mulher que compareceu naquele ano a uma conferência do Wikileaks em Estocolmo. A Justiça sueca tinha reaberto a investigação em maio deste ano.

“Quero comunicar minha decisão de suspender a investigação preliminar", disse a procuradora-adjunta Eva-Marie Persson à imprensa em Estocolmo. “Eu gostaria de enfatizar que a parte afetada apresentou uma versão crível e confiável dos fatos. Suas declarações foram coerentes, extensas e detalhadas. No entanto, minha avaliação geral é que a situação probatória se enfraqueceu tanto que já não há nenhum motivo para continuar com a investigação", disse Persson em um comunicado oficial.

Assange, que cumpre atualmente uma pena de 50 semanas na prisão londrina de Belmarsh, evitou a extradição para a Suécia por este caso −e também para os EUA por revelação de documentos secretos− durante os sete anos (de 19 de junho de 2012 a 11 de abril de 2019) que permaneceu refugiado na Embaixada do Equador no Reino Unido, da que saiu detido pela polícia britânica em abril.

A decisão da Procuradoria sueca foi tomada depois que um tribunal do país rejeitou, em junho, pedidos para deter o fundador do Wikileaks, segundo o jornal britânico The Guardian.

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