_
_
_
_
_

Holanda desafiará os EUA na final do Mundial de futebol feminino

Seleção laranja, atual campeã da Europa, lutará pelo título em sua segunda participação em Copas do Mundo depois de derrotar a Suécia

Eleonora Giovio
Uma das intervenções de Hedvig Lindahl, a goleira sueca, na semifinal contra a Holanda.
Uma das intervenções de Hedvig Lindahl, a goleira sueca, na semifinal contra a Holanda.Laurent Cipriani (AP)
Mais informações
Audiência da Copa feminina bate recordes históricos pelo mundo
O que precisa diminuir não são as traves, mas o preconceito contra o futebol feminino

Os Estados Unidos já têm adversário para a final de domingo em Lyon (12h, hora de Brasília): é a Holanda, que venceu nesta quarta-feira a Suécia por 1x0, com um gol na prorrogação em um jogo interminável, arrastado e bastante aborrecido. Jackie Groenen marcou em um chute de direita, rente à trave, aos nove minutos do primeiro tempo da prorrogação. Chutou com toda a força que lhe restava depois de mais de 90 minutos de jogo. A seleção laranja foi para a final, contra todos os prognósticos. A Copa da França 2019 — torneio para o qual se classificou na repescagem — é a sua segunda participação em uma Copa do Mundo; no Canadá 2015 caiu nas oitavas.

É a atual campeã da Europa, isso sim, e eliminou a Suécia nas quartas de final desse torneio, disputado em 2017. Nos últimos quatro anos, teve um crescimento espetacular. Ninguém no início do torneio apostava na Holanda como finalista. O time conseguiu depois de superar Suécia, Itália e Japão e depois de vencer todas as partidas da fase de grupos. Não sem críticas, ao menos na imprensa holandesa, pelo seu futebol. Descuidado na defesa, com boa pegada, mas sem nada de criação.

“O fato de sermos campeãs da Europa nos deu visibilidade e aqui estamos experimentando o que é ter o foco no nosso jogo”, se defendeu Sarina Wiegman, a técnica holandesa, na entrevista coletiva antes da semifinal. Reconheceu que tinham sentido a pressão e que não puderam jogar com comodidade. Tampouco o fizeram esta quarta-feira contra a Suécia, que teve as rédeas do jogo. Um encontro travado, com muitas faltas, muitas paradas e pouca lucidez nas duas áreas. As protagonistas foram as goleiras.

“Com relação à Eurocopa, a diferença, obviamente, é grande. Os torcedores esperam que sejamos campeãs do mundo”, concordou Miedema, a atacante ambidestra do Arsenal e líder do ataque holandês, apesar de ter apenas 22 anos. Esse papel é respaldado pelos 61 gols marcados em 80 partidas pela seleção. Desafiar os Estados Unidos — seleção tricampeã do mundo — parece uma missão impossível, ainda mais com um dia a menos de descanso e uma prorrogação nas pernas. Mas a Holanda quer tentar. Não tem nada a perder.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_