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AirPower, o esperado produto da Apple, aparece antes da hora

Companhia trabalha numa base de carregador sem fio. O esperado produto apareceu fugazmente no site australiano da empresa

José Mendiola Zuriarrain
Imagem divulgada pela Apple na Austrália.
Imagem divulgada pela Apple na Austrália.
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O que oferecem os novos iPhones
A evolução do iPhone desde seu lançamento em 2007

A Apple parece determinada a eliminar os cabos de carregamento da equação de seus produtos, ao menos dentro do que a tecnologia permitir. O mítico fabricante de Cupertino vem oferecendo um sistema de carregamento sem fio para as últimas gerações do iPhone e, claro, do Apple Watch. Mas nesta estratégia wireless faltava um componente essencial: uma base carregadora própria, de forma que os usuários desses aparelhos não precisassem recorrer a outros fabricantes. Essa base foi apresentada em setembro de 2017, mas nunca mais se soube dela.

Chegou-se inclusive a cogitar que a Apple teria afinal cancelado o produto por causa de possíveis complicações técnicas, mas depois do anúncio da nova geração do AirPod — que conta, opcionalmente, com um estojo carregador sem fio — os rumores sobre a iminente chegada do AirPower recobraram força com intensidade. E as expectativas cresceram ainda mais quando, nesta quinta-feira, o esperado produto apareceu fugazmente no site australiano da Apple, mas foi imediatamente retirado. Um piscar de olhos que pressagia um lançamento iminente. Os últimos rumores sobre esta base, que permite carregar até três aparelhos simultaneamente (AirPods, Apple Watch e iPhone), sugerem que será lançado no mercado no final deste mês.

Novos AirPods

Apple

Poucas vezes a Apple viveu um mês tão intenso como este março, e, depois do lançamento de toda uma nova família de iPads nesta semana, o fabricante incluiu no pacote sem aviso prévio os novos AirPods, com um travesso Tim Cook esboçando-os numa divertida foto no seu Twitter. E tudo isto quando, às portas da conferência WWDC, que a Apple promove na próxima segunda-feira, e na qual se espera que a marca da maçã entre em cheio na guerra das plataformas em streaming com seu próprio produto.

Mas voltando aos AirPods, a Apple seguiu fielmente sua filosofia na evolução dos produtos: por fora são exatamente iguais aos anteriores, mas por dentro estreiam um processador especificamente desenhado para esse uso, o H1, que rende muito mais do que parece. Por enquanto, sabe-se que os fones agora ficarão em stand-by permanente, de modo que não é necessário nenhum toque para ativá-los, e será possível executar os comandos pedindo à assistente Siri. Isso é tão importante? Sim, porque será possível mudar de música, fazer uma ligação ou aumentar o volume sem usar as mãos, enquanto se pratica esporte ou se realiza qualquer outra tarefa.

Este novo chip promete também um uso muito mais eficiente da bateria, praticamente duplicando sua duração nas ligações, e a conexão é até duas vezes mais rápida. As melhoras são suficientes para dar esse salto? Trata-se de um dos produtos mais valorizados pelos usuários e, em todo caso, o ciclo de vida das primeiras unidades do modelo original está chegando ao seu fim, com o esgotamento dos ciclos de carga da bateria. Os AirPods se assemelham, vistos desta maneira, a um produto de assinatura, no qual alguns calcularam o custo por hora de uso, como o podcaster espanhol David Isasi, que o situa em 0,0072 euro (cerca de 32 centavos de real), “um presente por tudo o que oferecem”.

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