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Final da Libertadores entre River e Boca é adiada após ataque a ônibus

Nos arredores do estádio Monumental, torcedores do River Plate apedrejaram veículo com a delegação do Boca Juniors, que teve jogadores feridos por estilhaços

Ônibus do Boca Juniors foi atacado por torcedores do River no Monumental.
Ônibus do Boca Juniors foi atacado por torcedores do River no Monumental.JOSE ROMERO (AFP)
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A final da Copa Libertadores 2018 entre River Plate e Boca Juniors foi adiada para este domingo, 18h (horário de Brasília). Na chegada ao Monumental de Nuñez para o segundo jogo da decisão, o ônibus do Boca foi recebido com pedradas e bombas de gás de pimenta arremessadas por torcedores rivais. Estilhaços dos vidros feriram jogadores como o capitão xeneize Pablo Pérez, que sofreu um corte no braço e uma lesão no olho esquerdo. Ele precisou ser atendido em uma clínica fora do estádio.

Um dos ocupantes que sentiram os efeitos do gás, o atacante Carlos Tévez contou que os atletas estavam cantando dentro do ônibus quando foram surpreendidos pelo ataque que quebrou vários vidros do veículo. Ele ainda criticou dirigentes da FIFA e da Conmebol que tentavam forçar a realização da partida, apesar dos jogadores feridos do Boca. "Não estamos em condições de atuar. Querem nos obrigar a jogar a partida."

Depois de uma reunião com os presidentes dos clubes e um acordo de cavalheiros entre os dois times, que se negavam a entrar em campo, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, anunciou o adiamento da final. "Atletas das duas equipes não queriam jogar", justificou.

A diretoria do River Plate já pediu a seus torcedores que guardem os ingressos para poder acessar o estádio neste domingo. Revoltados com os distúrbios, que também incluíram conflitos entre barrabravas e policiais na entrada do Monumental, os aficionados milionários protestaram contra o presidente argentino Maurício Macri antes de deixar as arquibancadas. No jogo de ida, o confronto na Bombonera também precisou ser adiado por causa das fortes chuvas que castigaram Buenos Aires.

Acompanhe ao vivo a final River x Boca, minuto a minuto:

Reunião que definirá a nova data da final da Libertadores será na próxima terça-feira (27/11), às 11h (horário de Brasília), na sede da Conmebol em Assunção.
Policiamento mobilizado, torcedores do River se deslocam até o Monumental, funcionários do clube abrem os portões do estádio... Tudo isso para um novo adiamento do jogo. Desorganização completa naquela que deveria ser a final de todos os tempos da Libertadores. Foto: Getty Images
CONFIRMADO! A final da Copa Libertadores está suspensa. De acordo com a Conmebol, haverá uma reunião com os presidentes de River e Boca para definir a nova data da partida.
Uma imagem que resume os últimos acontecimentos na final argentina da Libertadores. Foto: Mariano Sanchez/AFP.
Enquanto isso, o Monumental de Nuñez já abriu suas portas e alguns torcedores do River Plate já começam a acessar o estádio, na esperança de que a partida aconteça. Foto: EFE.
Faltando pouco mais de três horas para o início previsto da partida, a Conmebol ainda não se manifestou sobre o pedido de suspensão do Boca Juniors, que se mantém concentrado num hotel em Buenos Aires. O presidente Daniel Angelici e o técnino Guillermo Schelotto darão entrevista.
A íntegra da nota publicada pelo Boca Juniors.
O Boca Juniors acaba de divulgar um comunicado em que solicita a suspensão da final da Libertadores, alegando que seu plantel não está em condições de disputar a partida, e pede punição ao River Plate pelos distúrbios causados por seus torcedores neste sábado.
VERGONHA INTERNACIONAL. Final adiada após atentado de torcedores do River contra o ônibus do Boca. Um incidente que compromete ainda mais a imagem da Conmebol, arranhada por escândalos de corrupção e seguidos erros no sistema de inscrição de atletas na Libertadores. Foto: AFP.
Mais uma confusão. Após o adiamento confirmado, há correria de torcedores do River na arquibancada superior do Monumental.
JOGO ADIADO! De acordo com Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, confirma o adiamento da partida para este domingo, às 18h (horário de Brasília). "Jogadores das duas equipes não queriam jogar", justifica o Domínguez.
Torcedores do River Plate começam a deixar o estádio. Em coro, descontam a revolta pelo possível adiamento do jogo em Maurício Macri, xingando em coro o presidente argentino.
Mais um atraso confirmado pela Conmebol: jogo vai começar às 20h30.
Suspense total no Monumental. Jogadores não entraram em campo para os trabalhos de aquecimento. E, até agora, nenhuma movimentação no túnel dos vestiários.
Resta saber se, mesmo desfalcados de seu capitão, ferido no atentado, os jogadores do Boca subirão ao campo do Monumental. Foto: AFP.
Trio de arbitragem uruguaio comandado por Andrés Cunha já está se aquecendo no gramado. Ao que tudo indica, apesar do atentado ao ônibus do Boca e dos jogadores feridos, teremos jogo em Buenos Aires.
O momento em que a delegação do Boca é atingida com pedras dentro do ônibus nos arredores do Monumental.
Tévez conta que os jogadores estavam cantando dentro do ônibus quando foram surpreendidos com pedradas que quebraram os vidros. Ele critica presidentes da FIFA e da Conmebol por quererem forçar a realização da partida, apesar dos atletas feridos do Boca. Foto: AFP.
Carlitos Tévez: "Não estamos em condições de atuar. Querem nos obrigar a jogar a partida." O atacante do Boca Juniors acaba de declarar que os atletas xeneizes se recusam a entrar em campo, mas sofrem pressão para decidir hoje a final.
Em silêncio e apreensiva, torcida do River Plate segue aguardando o início da partida no Monumental de Nuñez. Foto: Getty Images.

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