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Motorista é detido em Londres sob suspeita de terrorismo após bater nas barreiras do Parlamento

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas ao serem atropeladas pelo veículo na capital britânica

Rafa de Miguel
Momento da detenção do homem que colidiu contra as barreiras de segurança do Parlamento britânico, nesta terça-feira.
Momento da detenção do homem que colidiu contra as barreiras de segurança do Parlamento britânico, nesta terça-feira.AP

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas ao serem atropeladas por um veículo que em seguida colidiu contra as barreiras de segurança ao redor do Parlamento britânico. O incidente ocorreu às 7h37 (03h37 em Brasília), e várias unidades policiais foram imediatamente mobilizadas. O motorista do veículo, um Ford Festa prata, foi detido imediatamente e permanece sob custódia numa delegacia da zona sul de Londres. Trata-se, segundo a Polícia Metropolitana de Londres, de um homem na faixa dos trinta anos, que estava sozinho no carro. Segundo o comunicado oficial das forças de segurança, permanece detido sob suspeita de ter cometido um suposto crime de terrorismo. Especialistas em explosivos inspecionaram o interior do veículo em busca de possíveis artefatos. Não foi localizada nenhuma arma dentro do carro.

Toda a área de Westminster, onde ficam os principais edifícios do Parlamento britânico, permanece isolada. As principais ruas de acesso à zona estão fechadas, e a polícia londrina já advertiu que permanecerão assim por várias horas. A estação Westminster do metrô também está fechada.

Duas pessoas, segundo o serviço de ambulâncias londrino, ficaram feridas no incidente e foram imediatamente levadas a um hospital. Até o momento, segundo a polícia, nenhuma delas corre risco de vida.

Mesmo deixando em aberto a possibilidade de que tenha sido um acidente, as autoridades “estão tratando o incidente como um atentado terrorista e o Comando Antiterrorista da Polícia Metropolitana assumiu o controle da investigação”.

O enorme simbolismo do local do suposto ataque, o Parlamento britânico, foi o que fez todos os alarmes soarem imediatamente, permitindo que a reação das forças de segurança fosse quase instantânea. É também o que leva, desde o primeiro minuto, à hipótese de um ato terrorista. Embora o Parlamento esteja em recesso, a área continua sendo muito frequentada por políticos, jornalistas e muitos turistas.

À espera novos dados das investigações, as respostas das autoridades políticas foram de elogio à rápida reação das forças de segurança. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, agradeceu o trabalho dos que compareceram imediatamente ao local do incidente. A primeira-ministra Theresa May descreveu a ação dos serviços de emergência como “corajosa e imediata”.

O incidente trouxe imediatamente à mente dos londrinos o atentado terrorista ocorrido perto desse mesmo lugar em março do ano passado, quando o motorista de um jipe atropelou vários transeuntes e em seguida atacou com uma faca os policiais que vigiavam a sede da soberania britânica. Quatro pessoas morreram e 40 ficaram feridas. O agressor foi abatido a tiros pelos agentes. Tratava-se de Khalid Masood (chamado Adrial Russell antes de se converter ao islamismo) e era de nacionalidade britânica. O Estado Islâmico assumiu logo depois a autoria do atentado.

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