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Sergio Ramos: “O Real Madrid não vai deixar de ganhar só porque Cristiano foi embora"

Capitão lamenta a saída do português, “que desequilibrava para o jogo de equipe”, mas diz que o clube está acima de tudo

Sergio Ramos, com Navas, Kroos, Bala, Vallejo, no treinamento no estádio de Tallinn.
Sergio Ramos, com Navas, Kroos, Bala, Vallejo, no treinamento no estádio de Tallinn.MAXIM SHEMETOV (REUTERS)
Eleonora Giovio
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Três meses depois do último título (a 13ª Champions), Marcelo e Sergio Ramos voltaram a comparecer diante da imprensa como na véspera da final de Kiev. Mas, na tarde desta terça-feira em Tallinn, Estônia, não era mais Zinedine Zidane quem estava ao seu lado. Julen Lopetegui deixou o protagonismo para os dois capitães e apareceu pela sala de imprensa só depois da coletiva dos jogadores. Houve mais perguntas sobre a saída de Cristiano Ronaldo do que sobre a do técnico francês. A alguns metros dali, operários trabalhavam a toque de caixa para cortar a grama dos acessos e terminar de montar as zonas de recreação. Na entrada da loja oficial da final da Supercopa havia caixas por esvaziar; dentro, mais caixas com cabides no chão, e cachecóis e camisetas por colocar. A partida contra o Atlético de Madrid, que inaugura a temporada para ambos, acontece nesta quarta-feira, às 16h (horário de Brasília).

Perguntaram ao zagueiro do Real o que o time perde, além de 50 gols por temporada, sem Cristiano. Também sobre as declarações do português, segundo quem a Juventus, seu novo time, já é como uma família para ele. “É preciso aprofundar essas declarações. Aqui sempre nos sentimos uma família, não sei qual é o alvo do Cris, se o vestiário ou a diretoria. A chave do nosso sucesso é que sempre fomos uma família”, afirmou Ramos. “A perda de um jogador tão capaz de desequilibrar e tão importante para o Real é negativa, mas nem por isso o Real vai deixar de ganhar, não perdemos ambição e fome, o Real está acima de todos nós. O Real continuará ganhando com a saída de Cristiano, como já foi com a saída de Zizou [como jogador]. CR decidiu começar uma nova etapa, é respeitável, que corra o melhor possível para ele e para nós também”, acrescentou.

Acha o elenco deste ano mais fraco? Veria com bons olhos a chegada de algum jogador? “São decisões que não nos cabem. A saída do Cris é importante, mas a presença de um jogador nunca pode estar acima do clube. Para nós [refere-se a Marcelo e a ele] também chegará a hora de ir embora algum dia. Se mantivermos fome e vontade, a mentalidade é mais importante inclusive que o talento individual de cada jogador”, respondeu.

Lopetegui: “Zidane pertence ao passado”

Lopetegui, por sua vez, destacou as virtudes do Atlético, rival que, segundo ele, levará o Real Madrid ao limite nesta quarta-feira. “É uma grandíssima equipe, com grandes jogadores e magnificamente dirigida. É um time especialista em competir em máximo nível”, afirmou. Um jornalista comentou que com Zidane no banco o time chegou ao mais alto que era possível, e lhe perguntou o que ele pode oferecer. “[Zidane] fez um trabalho extraordinário, mas pertence ao passado, agora estamos centrados em continuar a conseguir [títulos] e consolidando a história do clube, sem olhar para trás, com confiança e com trabalho”, respondeu.

Não deu pistas sobre o time que escolheu para iniciar seu primeiro jogo oficial à frente da equipe, mas destacou o entusiasmo e a atitude que viu no trabalho de Bale e Benzema.

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