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Até Galvão é mais popular que Neymar e só Tite agrada a maioria dos brasileiros

Em levantamento do Atlas Político, Philippe Coutinho desponta como craque do torneio. 43% acham que Brasil leva o hexa

Tite fala com os jornalistas na Rússia.
Tite fala com os jornalistas na Rússia.José Méndez (EFE)

A Copa do Mundo 2018 avança e vai se tornando incontornável para os brasileiros apesar do mau humor com a crônica crise política e econômica. Nada menos do que 84,5% do país diz estar assistindo aos jogos na Rússia ainda que só 26,6% dos entrevistados diga ter um "interesse grande" em acompanhar o torneio. A seleção do Brasil, que faz contra o México nesta segunda o seu primeiro mata-mata no Mundial, é merecedora de um otimismo moderado - 43% acham que o grupo do técnico Tite voltará para a casa com o hexa campeonato.

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Os números são da consultoria Atlas Político, que usou uma metodologia própria para recrutar aleatoriamente 2.000 entrevistados na Internet entre os dias 27 e 30 de junho. No levantamento, a consultoria também quis saber a opinião sobre outro aspecto quase tão incontornável quanto a Copa: a narração feita por Galvão Bueno nas partidas exibidas pela TV Globo, que tem os direitos da transmissão do Mundial na televisão aberta brasileira. Para 26,6%, Galvão está fazendo um trabalho ótimo ou bom, contra 31% que avaliam como regular. Outros 22,4% pensam que é ruim a performance do locutor que faz parte da história televisiva das Copas, especialmente do tetracampeonato, em 1994.

Não é que a pesquisa seja exatamente um passeio em termos de popularidade para o locutor que é uma metralhadora de bordões e acostumado a polarizar o Brasil entre adoradores e detratores. Os números, porém, não deixam de ser sintomáticos. Galvão Bueno, que é tido por 44% dos que responderam o questionário como o "locutor mais chato da Copa do Mundo", tem melhores índices de aprovação do que o atacante Neymar. Com apresentações consideradas irregulares e se recuperando de uma lesão, a performance do jogador do PSG só recebe bom ou ótimo de 14,8% dos entrevistados. Mais da metade 50,1% acha que as atuações, pelo menos até agora, são apenas regulares. Perguntados sobre quem é o maior craque da Copa, 26,8% responderam Philippe Coutinho - Neymar é citado por 13,9%.

Quem (ainda) goza da simpatia da maioria dos brasileiros é Tite. Para 51,6%, o desempenho do treinador brasileiro é ótimo ou bom. Outros 28,5% acham que é regular e só 3,1% acham que ele é ruim ou péssimo. 

Para o diretor-executivo do Atlas Político, Andrei Roman, o levantamento da sua consultoria mostra uma melhora do índice de envolvimento com a Copa com base na taxa de pessoas que dizem ter ao menos um pouco de interesse no torneio. "À medida em que os jogos paralisam a rotina de trabalho de todo mundo, o pessoal começa a se interessar inevitavelmente", diz ele.  No começo de junho, o instituto Datafolha registrou um desinteresse recorde pela Copa no Brasil (53%). "É normal que haja volatilidade. Se o Brasil joga bem e ganha, o pessoal se empolga. Se o contrário acontece, o brasileiro se declara menos interessado. É natural", conclui Roman.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos. A amostra coletada na rede foi rebalanceada usando parâmetros para região, nível de renda, nível educacional, faixa etária e genêro.

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