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Estes são os oito vulcões mais perigosos da América Latina

México, Guatemala, Costa Rica, Peru e Chile se encontram na região de maior atividade vulcânica do mundo

EMMANUEL FLORES / AFP / Getty Images
Almudena Barragán

A erupção do Vulcão de Fogo na Guatemala é uma das mais graves dos últimos anos na América Latina. As últimas décadas se caracterizaram na região por uma forte atividade vulcânica. O país centro-americano é parte do chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, a área com a maior concentração de vulcões ativos do planeta. Canadá, Estados Unidos, México, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Bolívia, Peru, Equador, Argentina e Chile também fazem parte dos países na borda leste do Cinturão de Fogo, que chega até as costas da Ásia.

Segundo Lilia Arana, vulcanóloga da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), estes são alguns dos vulcões mais perigosos da América Latina. Não só por seu potencial explosivo como também pela sua proximidade com assentamentos humanos.

Popocatépetl (México)

EL PAÍS

Este estratovulcão é o segundo mais alto do México. Com 5.426 metros de altura, o Popocatépetl (“montanha que fumega”) é um vulcão ativo localizado a 72 quilômetros da Cidade do México, no estado de Puebla. É geologicamente jovem, e um dos mais ativos do país.

Em 1994 uma erupção com gases e cinzas a altas temperaturas provocou a desocupação do povoado vizinho. Calcula-se que 25 milhões de pessoas vivam a menos de 100 quilômetros do Popo. A última erupção registrada foi em 2000, quando o vulcão lançou grandes quantidades de material incandescente, com uma forte coluna de fumaça e cinzas.

Santa María (Guatemala)

Situado no departamento de Quetzaltenango, na Guatemala, este vulcão tem 3.772 metros de altitude. Também é um estratovulcão – como aliás a maioria deles, formados por múltiplas camadas de lava e piroclastos endurecidos que se acumulam a grandes alturas. Em 1902 teve uma das maiores erupções do século XX, depois de 500 anos adormecido. Estima-se que durante a erupção, na qual 6.000 pessoas morreram, Quetzaltenango ficou coberta por mais de meio metro de cinzas, e a coluna de fumaça alcançou os 30 quilômetros de altura. Na língua k’ich’e, seu nome significa “vulcão nu”.

Momotombo (Nicarágua)

STR / AFP / Getty Images

Este vulcão nicaraguense de 1.258 metros de altura fica no departamento de León, perto do lago Manágua (ou Xolotlán), e seu nome significa “grande cúpula fumegante”. Os especialistas o qualificam como um vulcão relativamente jovem, com 4.500 anos de idade. A última erupção deste estratovulcão começou em 2 de dezembro de 2015 e continua até hoje, após 110 anos de silêncio. A coluna de gases e cinzas que lançou chegou aos 8 quilômetros de altura e afetou várias comunidades de seus arredores.

Arenal (Costa Rica)

Joe Raedle / Getty Images

Seu atual período de atividade começou em 1968 e não cessou desde então. Com 1.633 metros de altura, é um dos vulcões mais famosos e o mais jovem da Costa Rica – estima-se que tenha 7.500 anos. Até 50 anos atrás, considerava-se que o Arenal estava extinto, mas então seu repentino despertar acabou com a vida de 87 pessoas e destruiu os povoados do Tabacón, Pueblo Nuevo e San Luis. Durante sua erupção, lançou grandes quantidades de lava, cinza e rochas que chegaram a distâncias de mais de um quilômetro, com velocidades de 600 metros por segundo.

Nevado del Ruiz (Colômbia)

LUIS ROBAYO / AFP / Getty Images

A 140 quilômetros de Bogotá ergue-se o Nevado del Ruiz, um vulcão de 5.321 metros que faz parte da Cordilheira dos Andes. Sua parte superior se caracteriza por abrigar geleiras, apesar de ficar a apenas 500 quilômetros do equador terrestre. Na época pré-colombiana, os povos originários o chamavam de Tama (que significava “pai maior”), Cumanday (“monte branco”) e Tabuchía (“vela”). Suas erupções se caracterizam pela geração de lahares (água e lama com partículas suspensas de rochas e material piroclástico, que arrasa tudo que encontra à sua passagem). Esse fenômeno aconteceu em 1985, quando a erupção do Nevado derreteu a camada de gelo. A lama causou a morte de 23.000 pessoas e sepultou por completo a cidade de Armero.

Villarrica (Chile)

SEBASTIAN ESCOBAR / AFP / Getty Imágenes

Trata-se de um dos vulcões com mais registros de erupções na América do Sul. Fica perto dos lagos Villarica, Calafquén e da cidade de Pucón. Com seus 2.840 metros de altura, é parte da cordilheira dos Andes meridionais. Em 1971, os lahares causados por uma violenta erupção deixou 25 mortos e vários desaparecidos. Em 1984, dois rios de lava obrigaram a retirar a população da região, mas sem que houvesse prejuízos humanos ou materiais. A última erupção registrada ocorreu em março de 2015.

Reventador (Equador)

José Jácome/ EFE

Fica a 90 quilômetros de Quito, capital do Equador. Este estratovulcão teve, segundo os especialistas, pelo menos 16 períodos eruptivos desde 1541. A atividade atual começou em 2002, com uma fase explosiva e uma coluna de fumaça que se elevou a 16 quilômetros. Tem 3.562 metros de altura, e sua última erupção ocorreu em dezembro de 2017.

Misti (Peru)

AFP

É de um dos sete vulcões ativos do Peru. Está a 17 quilômetros do centro da cidade de Arequipa, no sul do país. Tem 5.822 metros de altura, e sua última erupção teve lugar em 1985. Os especialistas o consideram o vulcão mais perigoso do país andino, por estar muito próximo a um núcleo urbano importante. Arequipa é a segunda maior cidade peruana, atrás apenas de Lima, a capital.

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