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Sete países desferem duro golpe contra a propaganda do Estado Islâmico

Megaoperação desmantelou a agência jihadista Amaq, diz Europol

Jihadista com bandeira do Estado Islâmico (EI) ao fundo.
Jihadista com bandeira do Estado Islâmico (EI) ao fundo.reuters
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As polícias dos EUA, Canadá e cinco países da UE — Bélgica, Bulgária, França, Holanda e Reino Unido — desferiram, nos últimos dias, um duro golpe contra máquina de propaganda do Estado Islâmico (EI) durante uma operação conjunta que visou a Amaq News Agency, a rádio Al-Bayan e os sites de notícias Halumu e Nashir, principais órgãos de difusão de atentados jihadistas.

A Europol, organização que coordenou a operação, afirma em um comunicado de imprensa que a ação deixou “muito comprometida” a capacidade do EI de divulgar material terrorista. As investigações começaram em 2015, quando se constatou o crescimento da agência Amaq e a adaptabilidade das “estruturas online do jihadismo”.

A Amaq é o órgão de propaganda usado para disseminar informações sobre as operações do EI, sejam vitórias no campo de batalha ou ataques terroristas no mundo todo. O grupo terrorista deu seu apoio a essa agência em 2017 e, desde então, fez dela “sua principal fonte de difusão de informações sobre as atividades do EI em todo o mundo”.

O primeiro resultado contra essa máquina de propaganda foi obtido em agosto de 2016, com uma operação contra os aplicativos móveis e a infraestrutura da Amaq, que “obrigou os propagandistas [do EI] a construir uma infraestrutura mais complexa e mais segura para evitar novas invasões por parte das forças da ordem pública”, diz a nota da Europol.

Colaboração fundamental da Espanha

O segundo golpe veio em junho de 2017, com uma intervenção da Guarda Civil espanhola (e o apoio da Europol e dos EUA) que permitiu identificar “indivíduos radicalizados em mais de 100 países”. Mais concretamente, e segundo dados da própria Guarda Civil, foram identificados consumidores habituais da propaganda jihadista em 133 países.

Para realizar a operação, a Espanha obteve a colaboração das autoridades do Panamá. “O enorme volume informação contido nos servidores apreendidos no Panamá”, diz uma nota do Ministério do Interior, “ajudou diversos serviços policiais estrangeiros a fechar o cerco contra os administradores, pertencentes à estrutura central do Daesh [Estado Islâmico, na sigla em árabe]”.

A última operação, realizada nos dias 25 e 26 de abril com a participação de sete países, permitiu a apreensão de servidores do EI na Holanda, o controle empresas de registro de domínio usadas pelo grupo terrorista no Reino Unido e a obtenção de grande material comprobatório na Bulgária, entre outros resultados. “Com esta operação, abrimos um grande buraco na capacidade do EI de divulgar propaganda online e radicalizar os jovens na Europa”, declarou Rob Wainwright, diretor executivo da Europol.

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