_
_
_
_
_

Estados Unidos ataca a Síria: veja as últimas notícias e a repercussão

Embaixadora norte-americana na ONU diz que os EUA não retirarão as tropas da Síria até que objetivos sejam cumpridos

O prédio do Centro de Pesquisas Científicas atingido pelo ataque, no bairro de Barzeh, em Damasco, na Síria
O prédio do Centro de Pesquisas Científicas atingido pelo ataque, no bairro de Barzeh, em Damasco, na SíriaYOUSSEF BADAWI (EFE)
Mais informações
O ataque dos Estados Unidos à Síria, em imagens

O presidente dos EUA, Donald Trump, lançou na noite de sexta-feira, 13 de abril, um ataque à Síria coordenado com Reino Unido e França. Foi o desdobramento dramático depois de uma semana de tensão e ameaças da Casa Branca. Segundo os aliados, o bombardeio, que fez soar as sirenes de alerta em Damasco, foi uma resposta ao ataque, supostamente químico, na cidade de Duma, um enclave rebelde perto da capital síria. O regime Bashar Al-Assad nega ter usado armas químicas e disse, após a ofensiva, que a capacidade bélica do Governo estava intacta. Apesar da dura retórica de Trump contra Rússia e Irã (cobrou de que lado estão), o número 1 da Casa Branca poupou alvos ligados à Rússia no ataque. Conselho de Segurança da ONU se reuniu para debater a questão neste sábado. Resolução defendida por Moscou, contra ataque norte-americano, foi vencida.

Veja as principais notícias e repercussões do bombardeio:

 

Encerramos agora a cobertura ao vivo. Continue acompanhando o notíciario sobre a Guerra na Síria: http://cort.as/-41nX

Israel lançou mais de uma centena de operações aéreas na Síria durante o conflito civil que eclodiu há sete anos, principalmente contra comboios e depósitos de armas destinados ao Hezbollah, a milícia xiita libanesa aliada a Bashar al-Assad com a qual travou uma guerra na região.

Informações de que a Rússia planeja fornecer mísseis S-300 a Bashar al-Assad após o ataque liderado pelos Estados Unidos no sábado, colocou Israel em alerta. A venda do sistema de defesa terrestre de longo alcance está paralisada desde o início da guerra na Síria, devido à relutância do Ocidente em rearmar o regime. As Forças Armadas de Israel acreditam que a implantação das baterias S-300 pode proteger Damasco de futuras ações de retaliação.

Um guia para entender o que está em jogo na Síria

O conflito da Síria parece estar a um passo de se transformar em guerra mundial, haja vista a internacionalização das forças em confronto, mas ainda não ultrapassou a categoria de contenda regional com múltiplas frentes abertas. Depois de sete anos de guerra civil — meio milhão de mortos, a metade da população desabrigada pelos combates e dependente da ajuda exterior —, a intervenção ordenada pelo presidente Donald Trump para castigar Damasco pelo ataque químico de sábado passado dificilmente influirá na divisão territorial do país.

Leia a matéria completa aqui: http://cort.as/-3z_b

Desde que o ataque norte-americano contra o regime de Assad foi feito, diferentes meios de propaganda russa estão dizem que o ataque químico na Síria é uma notícia falsa.

Leia reportagem completa: http://cort.as/-3yI6

EUA e aliados lançam ofensiva diplomática após ataque à Síria

Jan Martínez Ahrens

Depois da ação militar, a diplomática, os Estados Unidos e seus aliados preparam uma ofensiva nos organismos internacionais para encurralar a Síria e a seu grande padrinho, a Rússia. Em um movimento conjunto, Washington, Londres e Paris querem fortalecer o processo de Genebra e abrir uma investigação de longo prazo sobre o uso e armazenamento de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad. Leia a matéria completa: http://cort.as/-4_Us

De acordo com Macron, a França foi fundamental para convencer o presidente Trump a não deixar a Síria, como ele havia anunciado há alguns dias. "Nós o convencemos de que era necessário continuar na Síria além desses ataques", disse Macron. Ele também disse ter sido crucial na limitação do ataque a armas químicas. "Nós o convencemos de que era necessário limitar os ataques a armas químicas, quando houve uma corrida da mídia por meio de tuítes."

Macron afirmou que a ação contra a Síria foi "legítima" e que está enquadrada no direito internacional porque, segundo ele, a partir do momento em que a Síria usou armas químicas, ela violou todas as normas internacionais. "Trata-se de impor o direito internacional" e demonstrar que as democracias internacionais não são "fracas", insistiu Macron, que disse ter certeza de que os três locais atacados por mísseis estão relacionados ao programa clandestino de armas químicas na Síria.

O presidente francês, Emmanuel Macron, fala pela primeira vez desde o ataque à Síria, realizado junto com os Estados Unidos e o Reino Unido. Será em uma entrevista televisionada de mais de duas horas. Enquanto Donald Trump e Theresa May fizeram discursos após o ataque às posições sírias em retaliação ao suposto uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad, Macron até agora deixou seus ministros falarem. As perguntas sobre a Síria abrirão, previsivelmente, a entrevista.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, denunciou neste domingo "a campanha de falácias e mentiras" contra o seu país promovida pelos Estados Unidos e seus aliados perante o Conselho de Segurança da ONU, após a ofensiva lançada por Washington, Londres e Paris contra posições do governo na Síria. "O ataque da coalisão com foguetes contra a Síria foi acompanhado por uma campanha de falácias e mentiras no Conselho de Segurança pelos mesmos países agressores contra a Síria ea Rússia", afirmou Al Asad durante uma reunião com uma delegação  de parlamentares russos em Damasco

França quer que Rússia pressione Assad após o ataque na Síria

Depois dos atentados na Síria, cabe à Rússia pressionar seu aliado, o presidente sírio Bashar Al Asad, a encontrar uma solução política na Síria, disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, em uma entrevista neste domingo. "Esperamos que a Rússia compreenda que depois da represália militar (...) devemos unir nossos esforços para promover um processo político na Síria para superar a crise, a França está disponível para isso", disse ele em entrevista ao 'Journal du Dimanche'. "O problema é que agora é ele quem bloqueia o processo, é Asad, cabe à Rússia pressioná-lo", acrescenta Le Drian. (AFP)

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley,  afirmou neste domingo que os EUA não retirarão suas tropas da Síria até que cumpram seus objetivos. Em um pronunciamento na Fox News, Haley listou os três objetivos dos Estados Unidos: garantir que as armas químicas não sejam usadas de qualquer maneira que represente um risco aos interesses dos EUA, que o Estado Islâmico seja derrotado e que haja uma posição vantajosa no Irã. É nosso objetivo "ver as tropas americanas voltarem para casa, mas não iremos embora até que saibamos que conseguimos isso", disse Haley. (Reuters)

Papa Francisco diz estar preocupado com a incapacidade do acordo na Síria

O Papa Francisco disse sentir-se "profundamente" preocupado com "a incapacidade" de se chegar a um acordo sobre uma ação comum visando a paz na Síria, disse ele depois da oração de 'Regina Coeli' na Praça de São Pedro, no Vaticano. No final da oração, na janela do palácio papal, ele lamentou que "apesar dos instrumentos disponíveis para a comunidade internacional, é difícil chegar a acordo sobre uma ação comum em favor da paz na Síria e em outras regiões do mundo". O papa, que confessou estar profundamente preocupado com a atual situação mundial, disse que reza "incessantemente pela paz" e convidou todas as pessoas de boa vontade a fazê-lo. (EFE)

Netanyahu transmite seu apoio ao Reino Unido após o ataque à Síria

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou ontem à noite com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e mostrou seu apoio à ofensiva realizada neste fim de semana pelos Estados Unidos, Reino Unido e França contra instalações de armas na Síria em resposta a um suposto ataque químico. "Eu disse a ela que o ataque mostra uma importante mensagem internacional de tolerância zero sobre o uso de armas não convencionais", disse Netanyahu antes de uma reunião semanal com seu Conselho de Ministros, segundo um comunicado. (EFE)

Em um novo tuíte, o presidente Donald Trump defendeu a expressão "missão cumprida", que usou para se referir ao ataque, também pelo Twitter. "A incursão na Síria foi realizada tão perfeitamente, com tanta precisão, que a única maneira pela qual a mídia que se encarrega de notícias falsas conseguiu criticá-la foi pelo uso que fiz do termo 'missão cumprida'. Eu sabia que eles se aproveitariam disso, mas acho que é um termo militar tão importante que deveria ser usado. Use-o com frequência! ", escreveu neste domingo.

Bom dia! Voltamos a trazer as atualizações sobre o ataque à Síria liderado pelos Estados Unidos na madrugada de sábado

A frágil reação de Rússia e Irã afastam no momento o espectro de uma escalada

Leia a crônica sobre a jornada, escrita por Jan Martínez Ahrens,  deWashington. http://cort.as/-3xsk

A frágil reação de Rússia e Irã afastam no momento o espectro de uma escalada. Mas também indica que o futuro da região permanecerá onde sempre esteve: na corda bamba, devorado pela violência e submetido às erupções de um vulcão no qual diariamente se chocam os interesses das grandes potências.

Nesse cenário, ninguém duvida que os Estados Unidos deram um passo à frente. As bombas caíram e Damasco voltou a ser golpeada. Mas pouco mudou. A dissuasão, nesta região, é uma palavra passageira. Depois de sete anos de guerra, meio milhão de mortos e dez milhões de desabrigados, a Síria continua sendo uma terra de pouca esperança.

A situção do regime sírio

Conta o correspondente para o Oriente Médio do EL PAÍS, Juan Carlos Sanz:

Domina a chamada Síria útil, as grandes cidades, o litoral e as regiões férteis. Mediante assédios, ofensivas esmagadoras e “pactos de reconciliação” (rendição em troca de uma evacuação segura), está se apoderando dos redutos da oposição. A campanha da Guta Oriental, na periferia da capital, termina exatamente com o recuo dos rebeldes de Jaish al Islam depois do bombardeio químico denunciado em Duma. Al Assad praticamente venceu a guerra, mas mantém-se associado e à mercê de seus aliados de Moscou e Teerã, que o salvaram há três anos de uma derrota iminente.

Uma guerra inacabável? Guia para entender o que está em jogo na Síria

O correspondente para o Oriente Médio do EL PAÍS, Juan Carlos Sanz, explica o complexo xadrez territorial no país de Bashar al Assad.

http://cort.as/-3z_b

"Se houvesse armas químicas, não estaríamos aqui"

"Se houvesse armas químicas, não estaríamos aqui", disse um engenheiro em um dos edifícios bombardeados pelo ataque aliado, no barrio Barze de Damasco. A Síria assegura que esse local alvejado era apenas um centro de investigação farmacêutica. Os EUA afirmam que era um ponto de elaboração de armamento químico e biológico. A informação é da agência France Presse, que foi ao lugar em uma visita organizada imprensa do Ministerio da Informação sirio, conta Pablo de Llano, de Miami.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_