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‘La Casa de Papel’, a série espanhola na Netflix que conquistou Neymar e os foliões brasileiros

História sobre assaltantes que tomam a Casa da Moeda terá segunda temporada em abril

Natalia Marcos

Era um thriller a mais na televisão espanhola. Contava uma história que não parecia especialmente fácil de traduzir: um assalto com reféns na Casa da Moeda e Selos, a instituição que produz o dinheiro espanhol. Seu último episódio foi em novembro, com críticas que aplaudiam sua qualidade técnica. E, então chegou à Netflix. Hoje, La Casa de Papel é um dos maiores sucessos não norte-americanos da Netflix, com boa repercussão também no Brasil.

Apesar de a plataforma não divulgar dados sobre o público, é evidente que os usuários da Netflix encontraram essa produção na lista de títulos mais populares, recomendados ou que são tendência. Há duas semanas, La Casa de Papel encabeçava o ranking semanal das séries mais vistas em maratonas pelos usuários do aplicativo TV Time. Desde a chegada à Netflix, aparece nos postos mais altos dessa lista, elaborada com base nos dados de usuários de todo o mundo desse aplicativo que permite organizar a visualização de séries marcando os capítulos vistos. A lista da TV Time também mostra o envolvimento dos espectadores com a série, já que a média de capítulos vistos por pessoa é de seis.

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Outra prova de seu êxito em todo o mundo é o fato de ocupar o número 42 na lista de séries mais populares da IMDb atualmente (embora tenha chegado a ficar entre as 25 primeiras). Para esse sucesso também contribuiu o fato de diferentes personalidades, como o jogador Neymar, o cantor Romeo Santos e a influencer Chiara Ferragni compartilharem em suas redes seu encanto pela série. YouTubers fãs da produção estão comentando em árabe, turco, italiano, francês e alemão. No Brasil, uma das fantasias da moda no Carnaval foi o do assaltante da série, com macacão vermelho e máscara de Salvador Dalí. No país, há ansiedade pela estreia da segunda temporada, em abril, e não faltou quem compartilhasse maneiras para ver o restante no canal original espanhol.

A série logo seduz com um começo muito potente. O golpe perfeito. Você não rouba ninguém. Entra, faz seu próprio dinheiro e sai. Mas o plano, como se pode imaginar, não demorará para fazer água. O primeiro capítulo apresenta a situação e os personagens com minutos iniciais marcantes. Pouco depois temos os ladrões e os reféns dentro da Casa da Moeda. E os policiais do lado de fora, rodeando o edifício. Agora é hora de jogar a partida.

Não é o primeiro caso de ficção espanhola cuja vida se prolongou no exterior graças à Netflix. Títulos como Gran Hotel e Velvet se tornaram muito populares tanto nos Estados Unidos como na América Latina. O Ministério do Tempo, da TVE, também deu um salto quando a terceira temporada foi incorporada à plataforma online, tornando-se acessível para os espectadores fora da Espanha.

“Quero as máquinas funcionando 24 horas. Chiki pun chiki pun", diz um personagem no início da série. Ele se referia às máquinas que imprimem dinheiro na série. Na vida real, são os servidores da Netflix que não param. La Casa de Papel já é o golpe perfeito.

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