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Sete coisas que você precisa saber sobre o Super Bowl LII

Neste domingo, 4 de fevereiro, acontece a edição número 52 do jogo mais importante da NFL

A bola do Super Bowl LII.
A bola do Super Bowl LII.K. Lee (USA TODAY Sports)
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A cidade de Minneapolis, em Minnesota, será o núcleo do futebol americano. Neste ano, lá se realizará o evento esportivo mais importante do ano nos Estados Unidos: o Super BowlPhiladelphia Eagles e New England Patriots definem quem será o campeão da temporada da NFL em um jogo com previsão para ser assistido por 111,3 milhões de espectadores.

A cidade dos Vikings e seu segundo Super Bowl

Em 52 edições do Super Bowl, a cidade de Minneapolis só abrigou uma vez o evento. Foi em 26 de janeiro de 1992, quando se enfrentaram Buffalo Bills e Washington Redskins. Os Redskins acabaram vencedores por 37 a 24. O jogo foi no Hubert H. Humphrey Metrodome, um estádio que foi demolido em 2014.

Em 2018, a partida será no U.S. Bank Stadium, casa do Minnesota Vikings. O recinto foi inaugurado em 2013 e a NFL logo o escolheu para sediar o Super Bowl. O time local ficou a uma vitória de se tornar a primeira equipe a jogar a grande final em casa, pois perderam a final da Conferência Nacional para os Eagles por 38 a 7.

As cidades que mais finais da NFL abrigaram são Nova Orleans (Luisiana) e Miami (Flórida), com dez jogos a cada uma.

Os Patriots, a um passo do Pittsburgh Steelers

Amendola celebra um touchdown.
Amendola celebra um touchdown.AFP

Desde 2002, a franquia dos New England Patriots tem marcado a história da NFL. Nos últimos 16 anos, os Pats conquistaram cinco Super Bowls. Se ganharem neste ano contra os Eagles, empatarão com os seis troféus Vince Lombardi que tem o Pittsburgh Steerlers, o maior vencedor da final. A equipe aurinegra saiu com o título em 1975, 1976, 1979, 1980, 2006 e 2009.

Para esta temporada, os fãs de futebol americano esperavam que o final da Conferência Americana fosse entre Patriots e Steelers, mas os Jaguars acabaram superando os maiores campeões por 45 a 42.

Minneapolis, o palco de uma vingança

A final entre Philadelphia Eagles e New England Patriots se repetirá. Na edição 39 do Super Bowl, ambas as equipes se enfrentaram no estádio Alltel (hoje EverBank Field), em Jacksonville, Flórida. Foi em 6 de fevereiro de 2005. Tom Brady era o quarterback e comandou a sua equipe para o então tricampeonato. Inclusive, Brady é o único jogador que estava presente naquela final e estará novamente neste ano. E, claro, o treinador era o chefe dos Pats, Bill Belichick.

A partida, naquele ano, chegou ao intervalo empatada em 7 a 7 e terminou o terceiro quarto em 14 a 14. Nos últimos 15 minutos, o time de Boston somou dez pontos e garantiu a vitória.

Foles, o substituto

Nick Foles, durante uma entrevista coletiva.
Nick Foles, durante uma entrevista coletiva.H. Foslien (AFP)

Os Eagles viram em risco uma boa temporada depois da lesão de joelho do seu melhor jogador. Carson Wentz era considerado, antes de novembro, também como o melhor quarterback da temporada. Tinham onze vitórias e duas derrotas naquela altura. Wentz se machucou durante uma jogada da temporada regular, contra o Los Angeles Rams. Avançou com a bola e, já na endzone, recebeu um forte impacto de um defensor. Parecia uma jogada rotineira de violência, mas a lesão o deixou de lado no elenco.

A equipe foi jogada na mão de Nick Foles, de 29 anos. O nativo de Austin, Texas tinha alguns jogos na temporada, mas precisou dar conta de partidas contra New York Giants, Oakland Raiders e Dallas Cowboys. Nos playoffs, conseguiu uma efetividade de passes de 77,8% contra Atlanta Falcons e Minnesota Vikings. Foles, em uma de suas primeiras declarações na semana anterior ao Super Bowl, foi sincero: "nunca estive em um Super Bowl", mencionou. E, diante de uma entrevista coletiva, chorou ao falar de sua família. "Ter a minha filha e esposa em Minneapolis para o jogo é a melhor coisa que me aconteceu". 

Patriots, frequentemente em festa

Outro recorde para os Patriots: é a equipe com mais participações em um Super Bowl. Neste domingo, disputará sua décima final. A primeira perderam em 1986, contra o Chicago Bears (46 a 10). Em 1997, voltaram e o Green Bay Packers negou-lhes a glória (35 a 21). Em 2002, os Pats ganharam seu primeiro troféu Vince Lombardi contra os Rams (20 a 17). Dois anos mais tarde, venceram o Carolina Panthers por 32 a 29. No seguinte, frustraram a felicidade do Philadelphia Eagles: 24 a 21.

Foi em 2008 quando Tom Brady caiu para o New York Giants, 17 a 14. Quatro anos mais tarde, os Giants voltaram a vencê-los, por 21 a 17. Em 2015, o Seattle Seahawks estava a uma jogada terrestre para ser campeão, mas uma interceptação salvou o Patriots (28 a 24) no estádio da Universidade de Phoenix, Arizona. No ano passado, contra o Atlanta Falcons, Brady, Amendola e Edelman conquistaram seu quinto Super Bowl. 

Chris Long, de fracassado a jogador gratuito de Philadelphia

Long, depois de se classificar ao Super Bowl.
Long, depois de se classificar ao Super Bowl.A. BELLO (AFP)

Com 32 anos, Chris Long decidiu que nesta temporada não cobraria seu salário do Philadelphia Eagles. Decidiu que os 4,5 milhões de dólares que teria direito fossem destinados ao projeto Charlottesville, um programa para apoiar os recursos escassos através do esporte e da educação na cidade localizada no Estado de Virgínia, um dos epicentros do racismo. Também criou sua própria fundação para ajudar. 

Long jogou no ano passado o Super Bowl com os Patriots e ganhou seu único anel de campeão. Para esta temporada, se tornou jogador dos Eagles. O jogador se solidarizou com os protestos de seus colegas para criticar a discriminação racial

De Chris Long esperava-se muito como jogador defensivo. Seu pai, Howie Long, teve uma boa trajetória nos Raiders e chegou ao Hall da Fama da NFL. Nativo de Santa Monica, Califórnia, ele era um dos prodígios de sua geração, foi selecionado na primeira rodada do draft pelos Rams, mas nunca pôde decolar. As lesões prejudicaram sua carreira até o ano passado.

"Se ganharmos o Super Bowl, faço uma tatuagem do seu rosto". Essa foi a promessa que Chris Long fez a Ken Flajole, treinador defensivo dos Eagles e com quem trabalhou nos Rams. "Ok, Chris, é melhor que tenha cuidado agora, porque nunca sabe como podem ocorrer as coisas algumas vezes", lhe respondeu. "Homem, só vou esconder seu rosto feio", rebateu o jogador. 

Timberlake e a sombra do show do intervalo

Justin Timberlake, em entrevista coletiva.
Justin Timberlake, em entrevista coletiva.WireImage

Não só os Patriots têm uma ligação com o Super Bowl, mas também o cantor Justin Timberlake. A estrela do pop cantará pela terceira vez em uma final da NFL. A primeira foi como parte do grupo N'Sync, em 2001. Nesse mesmo ano participaram Aerosmith, Britney Spears, Nelly e Mary J. Blige. 

O show do intervalo do Super Bowl mais lembrado foi o de 2004, embora não precisamente pela qualidade da música. Timberlake cantou junto de Janet Jackson Rock your Body e, em um gesto coreografado, arrancou parte da roupa da cantora e deixou nu um de seus peitos. A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos recebeu 540 mil telefonemas de espectadores indignados. A emissora encarregada da transmissão, a CBS, foi multada em 550 dólares, embora depois a multa foi revogada. Em redes sociais surgiu um movimento chamado #JusticeForJanet para mostrar a reprovação pela decisão de escolher Timberlake. 

Para este ano, Timberlake tem como desafio superar as atuações de Coldplay, Bruno Mars, Beyoncé e o diretor de orquestra venezuelano Gustavo Dudamel em 2016 e a do ano passado com Lady Gaga

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