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Carnaval em São Paulo: a ‘Zona de Atenção’ para quem mora na Vila Madalena e outros alertas

Golpe do cartão, o que fazer em caso de abusos ou assédio e como a festa afetará a vida de quem mora ou trabalha na Vila Madalena

Carnaval no Largo da Batata no ano passado em São Paulo.
Carnaval no Largo da Batata no ano passado em São Paulo.Paulo Whitaker (reuters)
M. R.
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Se você decidiu passar o Carnaval, ou o pré-carnaval ou mesmo o pós-carnaval, ou qualquer dia entre 3 e 18 de fevereiro em São Paulo, estas dicas lhe serão úteis, mesmo que você não goste de Carnaval.

A Prefeitura delimitou um quadrilátero chamado Zona de Atenção Especial, que estará bloqueado com grades e terá a entrada limitada, nos dias 03, 04, 11, 12, 13, 17 e 18 de fevereiro. Serão afetados aqueles que moram ou tem comércio nos seguintes trechos da Vila Madalena, na zona oeste da cidade: rua Inácio Pereira da Rocha, entre as ruas Simão Álvares e Girassol; rua Girassol, entre a Inácio Pereira da Rocha e a Wisard; rua Wisard, entre a Girassol e a rua Morás; rua Morás e rua Simão Álvares, entre a Wisard e a Inácio Pereira da Rocha.

O controle de entrada começará a ser feito às 10h, e o bloqueio, às 17h. A partir deste horário, os moradores deverão apresentar um documento com foto e um comprovante de residência para poder entrar. Não é permitida a entrada com garrafas de vidro, segundo a Prefeitura. Para os estabelecimentos comerciais, o período de carga e descarga será até as 10h da manhã e a recomendação é que os funcionários entrem até às 16h.

A Zona de Atenção Especial é uma recomendação do Ministério Público "para evitar transtornos na região", segundo a assessoria de imprensa da Secretaria das Subprefeituras. A Vila Madalena é o único bairro que terá estas restrições. A assessoria de imprensa também informou que os moradores e comerciantes que serão afetados já estão recebendo comunicados sobre as regras.

Aos que costuma comprar bebida dos ambulantes, a dica é pagar com dinheiro, ou prestar muita atenção na hora do pagamento. Alguns vendedores estão aplicando o golpe do cartão: na hora em que o consumidor passa o cartão, o vendedor fica de olho na senha digitada. No momento da devolução, devolvem outro cartão, de outra pessoa. Com a senha e o cartão em mãos, o vendedor gasta até o limite do cartão.

Para quem sofrer algum assédio pelas ruas da cidade durante o Carnaval, a ONG Minha Sampa criou a campanha #AconteceuNoCarnaval, estimulando que as vítimas relatem os abusos sofridos nesta plataforma. A campanha defende que quebrar o silêncio fortalece as mulheres, contribui para a coleta de dados específicos sobre este tipo de violência e ajuda a exigir medidas do Estado.

Além de relatar o ocorrido, a ONG orienta que a vítima procure uma das delegacias especializadas no enfrentamento de violência contra a mulher em São Paulo para registrar uma ocorrência. Os endereços são os seguintes:

1ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: rua Bittencourt Rodrigues, 200, Parque D. Pedro, região central. Funciona 24 horas.

2ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: avenida Onze de Junho, 89, 2º andar, Vila Clementino, região da Vila Mariana.

3ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: avenida Corifeu de Azevedo Marques, 4.300, 2º andar, Jaguaré.

4ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: avenida Itaberaba, 731, 1° andar, Freguesia do Ó.

5ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: Rua Dr. Corinto Baldoíno Costa, 400, Parque São Jorge.

6ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: rua Sargento Manoel Barbosa da Silva, 115, Campo Grande.

7ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: rua Sabbado D'Ângelo, 64-A, Itaquera.

8ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: avenida Osvaldo Valle Cordeiro, 190, Jardim Marília.

9ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher: avenida Menotti Laudisio, 286, Pirituba.

A ONG lembra que é possível registrar ocorrência até seis meses após a agressão ou abuso. E que não é preciso ir até uma delegacia especializada em defesa da mulher para o registro. Qualquer delegacia pode realizar a ocorrência.

Também é possível ligar para o 180 e registrar a ocorrência. O canal também fornece orientações, esclarece dúvidas e registra as denúncias de agressões. É sigiloso e seguro. O serviço funciona 24 horas.

Se houver violência sexual com penetração, a orientação é para que, além de realizar o boletim de ocorrência, a vítima procure um hospital público para tomar o coquetel anti-retroviral e o contraceptivo de emergência dentro de 72 horas. Em São Paulo, o hospital referência neste tipo de atendimento é o Hospital Pérola Byington, na avenida Brigadeiro Luís Antônio, 683, Bela Vista.

A campanha também distribuirá pulseiras e adesivos nos blocos de rua para orientar as mulheres a denunciarem os casos de abuso.

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