_
_
_
_
_

Idoso envenena e mata esposa com Alzheimer em asilo na Espanha

O homem de 91 anos tomou a mesma substância e seu estado é grave, mas estável

V. T. B.
Fachada do hospital Virgen de la Salud de Toledo, na Espanha, onde o idoso está internado.
Fachada do hospital Virgen de la Salud de Toledo, na Espanha, onde o idoso está internado.

A Polícia Judiciária de Toledo investiga, “como um caso de violência de gênero”, a morte por envenenamento de Celia R. A., de 90 anos, no lar de idosos municipal de Mazarambroz (Toledo, Espanha), com capacidade para apenas 18 pessoas, segundo informou a este jornal a Guarda Civil de Toledo. A mulher morreu ontem, após seu marido, Haroldo G. L., 91, supostamente ter lhe dado “alguma substância” que ele também tomou depois, segundo fontes do Governo regional de Castilha-La Mancha.

Mais informações
Por que os doentes com Alzheimer deixam de reconhecer os familiares?
Jovem de 31 anos acolhe vizinha de 89 para acompanhá-la em suas últimas semanas de vida

O cadáver foi encontrado na madrugada desta segunda-feira pelos funcionários do asilo, que acharam o homem ainda com vida. Ele foi levado ao hospital Virgen de la Salud de Toledo, onde permanecia internado nesta terça. Seu estado é grave, mas estável.

O caso está sendo investigado pelo Tribunal de Primeira Instância e Instrução Número 1 de Orgaz, que abriu processo contra o homem “por suposto crime de homicídio”, segundo informaram a este jornal fontes do Tribunal Superior de Justiça de Castilha-La Mancha.

Fontes próximas da investigação disseram à agência Efe que o casal era “muito unido” e sem filhos, lembrando que a mulher tinha Alzheimer. Até o momento, o Governo regional não revelou o tipo de substância que os idosos ingeriram, nem se o homem deixou uma carta explicando os motivos do crime, informaram diversos veículos locais e a rede SER.

Fontes da Secretaria de Bem-Estar Social se limitaram a dizer que o assunto está sendo investigado pela Justiça, com a qual vão colaborar para o esclarecimento dos fatos. Também afirmaram que os dois idosos ocupavam uma vaga municipal no asilo de Mazarambroz (1.300 habitantes), não supervisionada pelo Governo de Castilla-La Mancha. A mulher já foi enterrada no cemitério da cidade.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_