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Contrato de Messi com o Barça prevê saída do jogador em caso de independência da Catalunha

Atacante argentino estabelece condições sob as quais poderia deixar o clube azul-grená

El País
Messi e Bartomeu, em novembro passado
Messi e Bartomeu, em novembro passadoREUTERS
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Léo Messi incluiu em seu novo contrato, assinado com o Barcelona no fim de novembro passado, uma cláusula que inclui as condições sob as quais poderia deixar o clube caso a Catalunha se torne independente da Espanha. O atacante argentino, de 30 anos, acaba de assinar uma prorrogação do contrato, a partir do qual continua no Barcelona até 2021, com a opção de estender seu vínculo por mais um ano, ao valor de 35 milhões de euros por ano. A renovação de Messi demorou vários meses, mas no entorno do jogador essa demora sempre esteve desligada da situação política da Catalunha. No entanto, como informa hoje o jornal El Mundo, Messi quis pactuar condições em que ficaria livre se a Catalunha se separar e o Barcelona não jogar nas ligas espanhola, inglesa, alemã ou francesa.

Fontes oficiais do Barcelona disseram a este jornal que não farão declarações sobre os contratos dos jogadores, a fim de não quebrar a cláusula de confidencialidade existente entre as duas partes. Este jornal também entrou em contato com pessoas próximas a Messi, que não fizeram declarações sobre o assunto, seguindo a mesma estratégia do clube. Pessoas ligadas ao clube, porém, dão a notícia como certa e entendem que se trata de um gesto de boa vontade de Messi para assegurar seu compromisso com o clube, e que demonstra seu desejo de continuar no Barça desde que o time dispute uma grande competição.

Nos organismos oficiais, UEFA e FIFA, e apesar de esta situação específica não estar regulamentada nos estatutos, também se entende que qualquer jogador poderia ficar livre se recorresse aos tribunais esportivos, com o argumento de que os termos sob os quais o contrato foi assinado com o clube (pertencimento a uma federação concreta) mudaram de forma profunda.

No caso da independência da Catalunha, o Barcelona não poderia disputar a Liga espanhola, uma vez que, segundo determina a Lei do Esporte, a federação catalã já não estaria nesse caso submetida à espanhola. Javier Tebas, presidente da Liga de Futebol Profissional, reforçou que o Barcelona ficaria fora do torneio em caso de independência.

O clube azul-grená não demonstrou publicamente um posicionamento claro em relação à independência. A entidade presidida por Josep Maria Bartomeu solicitou diálogo às duas partes nesse conflito político, e chegou a disputar uma partida contra o Las Palmas sem público em reação à tensão vivida no dia do referendo de 1º de outubro, ao considerar que não tinham sido garantidas as condições necessárias de segurança para a realização do jogo.

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