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Metrô de Nova York se torna mais inclusivo

Órgão gestor do transporte público retira a frase “senhoras e senhores” dos anúncios aos passageiros

Passageiros em uma linha do metro de Nova York
Passageiros em uma linha do metro de Nova YorkS.P.
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A cidade de Nova York não é só a maior dos Estados Unidos, é também a mais inclusiva. O órgão gestor do serviço de transporte público acaba de dar mais um passo nesse sentido ao eliminar a frase “senhoras e senhores” da saudação nos anúncios sobre a situação dos serviços aos passageiros do metrô e dos ônibus. Em seu lugar serão utilizados os termos “passageiro”, “viajantes” e “todo mundo”.

Os dirigentes da MTA, a agência que supervisiona a imensa rede de metrô, explicam que se trata de mudar a maneira de se comunicar com os clientes para “lhes dar uma informação melhor e mais clara”. O ajuste é mais simples no caso dos sistemas eletrônicos que fazem os anúncios. A mudança de hábito será mais complicada para os supervisores, condutores e os funcionários nas estações.

As novas regras estão sendo aplicadas desde meados de novembro, depois das eleições para a prefeitura de Nova York. O sistema de alto-falantes nos vagões do metrô e ônibus é utilizado para dar informações sobre o serviço e a segurança, mas a mudança na comunicação está ampliando o leque de mensagens, como lembrar aos moradores que devem ir votar ou as atrações turísticas próximas às paradas.

O metrô de Nova York é usado diariamente por mais de 5,6 milhões de pessoas, às quais se somam cerca de 2,4 milhões que utilizam os diferentes serviços de ônibus público pelos cinco grandes bairros. Como afirmam os dirigentes do sindicato Transport Workers, a mudança estaria sendo feita para ser “politicamente mais correto” em relação às pessoas que não se identificam com um gênero.

A mudança de política está sendo implementada três meses depois de o responsável pela agência, Joe Lhota, ter falado sobre um maior esforço para informar os viajantes e dar às mensagens um tom mais humano. Isto porque nem os nativos da cidade entendem muitas vezes o que se diz pelo alto-falante. Como ironizou a imprensa local, “os anúncios dos atrasos serão agora mais inclusivos”.

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