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Novos talentos dão fôlego ao favoritismo alemão na Copa do Mundo

A seleção de Löw, beneficiada por uma copiosa explosão de jovens, reforça seu estilo competitivo em amistosos contra Espanha e Brasil

Özil, Müller, Ter Stegen e Khedira jogaram contra a Espanha, mas não devem enfrentar o Brasil.
Özil, Müller, Ter Stegen e Khedira jogaram contra a Espanha, mas não devem enfrentar o Brasil.Patrik Stollarz
Ladislao J. Moñino
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Endossada por sua condição de atual campeã, de ter sido semifinalista da última Eurocopa e de ter ganhado a Copa Confederações com uma seleção B, formada pela explosão de talento que vive seu futebol, a Alemanha não defende só o título na Copa do Mundo Rússia 2018. Também defende seu estilo de futebol que goleou o Brasil por 7 a 1 no último Mundial, iniciado com Jurgen Klinsmann e consolidado por Joachim Löw. E o fará como a seleção favorita do grupo F, embora deva ser incomodada por México, Suécia e Coreia do Sul. Se avançar no torneio, ainda há o risco de jogar novamente contra o Brasil, cabeça de chave do grupo ao lado, já nas oitavas. Como preparação para a Copa, Brasil e Alemanha se enfrentam nesta terça-feira, às 15h45 (horário de Brasília), em Berlim.

Löw já não conta com parte do elenco de 2014, mas continua tendo muito talento ao seu dispor. Não estão Lahm, nem Schweinsteiger, nem Klose. Seguem Neuer, ameaçado por Ter Stegen por conta de sua lesão, Boateng, Hummels, Kroos, Khedira, Özil e Müller, e consolidaram-se Kimmich, Emre Can e Draxler. Também se destacam promessas como Timo Werner (RB Leipzig), Goretzka (Schalke), Brandt (Leverkusen) e Sané (Manchester City) e os zagueiros Süle (Bayern) e Rudiger (Chelsea). Ainda se somam Gündogan, que se recuperou de lesões, e Mario Götze e Marco Reus, que seguem lutando contra a condição física. Götze, herói do gol na final no Brasil, não ter seu lugar garantido diz muito sobre a abundância de matéria prima na qual nada a Alemanha.

Para o amistoso desta terça, no entanto, a força máxima está descartada. Contra a Espanha, quando empatou por 1 a 1 na semana passada, Löw jogou com Ter Stegen, Kimmich, Hummels, Boateng e Hector; Khedira, Kroos, Özil e Draxler; Müller e Werner. Destes, Özil e Müller já foram liberados para voltar aos seus clubes, e Ter Stegen e Hector serão poupados. Khedira, com problemas musculares, e Draxler são dúvidas. Assim, os reservas Trapp, Gundogan, Goretzka, Plattenhardt, Stindl e Sané provavelmente iniciarão o jogo contra a equipe de Tite.

Historicamente caracterizada como uma equipe física, a Alemanha rompeu com seu estilo comum, mas sem renunciá-lo. Como provado em 2010 pela Espanha e em 2014 pelos alemães, quase sempre em uma Copa do Mundo estão em jogo as tendências no futebol a serem seguidas nos próximos anos.

Em suas duas décadas gloriosas, a Alemanha venceu dois Mundiais (74 e 90), duas Eurocopas (72 e 80), três vice-campeonatos do mundo (82, 86 e 90) e três da Europa (76 e 88). Foram 20 anos que inspiraram Gary Lineker, atacante inglês, a dizer a frase que melhor descreveu uma hegemonia: “O futebol é um esporte no qual jogam 11 contra 11 e quase sempre a Alemanha ganha”. Desde aquele campeonato do Mundo 90 até 2006, teve gerações que não reduziram o talento (vice da Copa do Mundo 2002 e campeã da Eurocopa 96), mas já não impunha tanto respeito. Se Alemanha não recuperou antes seu domínio foi porque em sua própria Copa do Mundo, de 2006, se encontrou com Itália e, na Eurocopa de 2008 e 2012, e na Copa 2010, com a ótima Espanha.

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