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Guia da Copa 2018: todas as seleções que disputam o Mundial na Rússia

Uma análise grupo a grupo de cada uma das 32 equipes classificadas para a Copa do Mundo

A taça da Copa do Mundo 2018: sorteio revela grupos do mundial na Rússia.
A taça da Copa do Mundo 2018: sorteio revela grupos do mundial na Rússia.Damir Sagolj (REUTERS)
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Nesta sexta-feira (1/12), em Moscou, capital russa, foram sorteados os oito grupos da Copa do Mundo Rússia 2018, que acontece em junho do ano que vem. Entre outros destaques decididos pelos potes da FIFA, Portugal e Espanha farão o clássico ibérico já na primeira fase, a Argentina enfrentará uma chave complicada e a anfitriã Rússia teve sorte ao contar com Egito e Arábia Saudita em seu grupo; o Brasil, escolhido como cabeça de chave do grupo E, jogará contra Suíça, Costa Rica e Sérvia. Em parceria com o The Guardian, o EL PAÍS apresenta uma análise, elaborada por jornalistas baseados em cada país participante, de todas as seleções da Copa.

Grupo A

Rússia

Stanislav Cherchesov se tornou técnico dos anfitriões depois da decepcionante atuação na Eurocopa de 2016, e em seu ano e meio no cargo, o ex-goleiro mudou muita coisa. As principais modificações foram na defesa, onde o trio do CSKA Sergei Ignashevich, Vasily Berezutsky e o goleiro Igor Akinfeev foram os pilares. O goleiro manteve seu posto, mas Vasin, também do CSKA, Kudryashov (do Rubin Kazan) e Dzhikiya (do Spartak Moscou) agora jogam na defesa, em esquema com três zagueiros no lugar de dois. A maior polêmica foi Igor Denisov não ter sido convocado. Ele é provavelmente o melhor centroavante do país, mas teve um desentendimento com Cherchesov quando os dois jogavam no Dínamo de Moscou e parece que não esqueceram o incidente. O meio-campo russo é claramente mais forte que a defesa. Cherchesov dispõe de um amplo leque de jogadores para escolher. O veterano Alan Dzagoev ainda tem fôlego, e Fyodor Smolov e Aleksandr Kokorin estão marcando muito em 2017. Mas deveria ser dada atenção especial aos gêmeos Aleksei e Anton Miranchuk, do Lokomotiv, e a Aleksandr Golovin, do CSKA. São meias jovens e técnicos que podem estourar na Copa.

Sistema de jogo: 3-5-2Destaque: Igor Akinfeev (CSKA)Fique de olho: Alexander Golovin (CSKA)Técnico: Stanislav Cherchesov

Philipp Papenkov, Sport-Express

Arábia Saudita

A Arábia Saudita pode ser a pior ranqueada entre as seleções classificadas para a Copa do Mundo, mas nunca há um instante de tédio quando os Falcões Verdes estão em campo. Poucos treinadores duram mais de um ano no mais quente dos bancos, mas o holandês Bert Van Marwijk ficou no comando por dois e levou a equipe à sua primeira Copa desde 2006. Nem sempre os sauditas jogaram bem, mas eles conseguiram tirar o máximo de pontos das seleções mais fracas de seu grupo e depois fizeram o suficiente contra Japão e Austrália para chegar espremidos entre os dois favoritos para a segunda vaga automática.

Dias depois, Van Marwijk estava voltando para casa. A Federação Saudita de Futebol queria que o técnico passasse mais tempo no país na preparação para a ida à Rússia. Ele se recusou, foi mandado embora e substituído imediatamente por Edgardo Bauza, demitido pela Argentina em abril. Bauza durou dois meses e cinco amistosos antes de receber o bilhete azul. Apenas três dias antes do sorteio em Moscou, Juan Antonio Pizzi foi contratado. Assim, o homem que levou o Chile ao título da Copa América em 2016, mas não conseguiu classificá-lo para o Mundial, vai, de qualquer forma, à Rússia (embora nunca se possa ter certeza quando se trata da Arábia Saudita). Ele tem uma equipe com algum talento, mas praticamente sem nenhuma experiência internacional. Fala-se em levar jogadores sauditas por empréstimo para jogar na Espanha nos próximos meses a fim de corrigir isso. Parece algo estranho e inviável, mas quem sabe?

Sistema de jogo: 4-3-3 (nas Eliminatórias, embora o novo treinador possa alterá-lo)

Destaque: Nawaf Al Abed (Al Hilal)

Fique de olho: Fahad Al-Muwallad (Al Ittihad)

Treinador: Juan Antonio Pizzi

John Duerden, ‘The Guardian’

Egito

A seleção do Egito gosta de recuar e jogar atrás. Com Héctor Cúper como técnico, só marcou mais de um gol uma única vez em 30 jogos. Apesar de ter levado a seleção do país à final da Copa Africana, em que levou apenas dois gols e teve um aproveitamento, em vitórias, de 63%, Cúper foi criticado por seu estilo defensivo. A força, na frente, está no atacante do Liverpool Mohamed Salah, que participou de sete dos oitos gols marcados pela equipe nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. O elenco de Cúper faz uma mistura de juventude e experiência, mas ainda precisa trabalhar mais na profundidade dos passes e encontrar um parceiro para atuar com Salah no ataque.

Sistema de jogo: 4-2-3-1

Destaque: Mohamed Salah (Liverpool)

Fique de olho: Mahmoud Hassan (Kasimpasa)

Treinador: Héctor Cúper

Ahmad Yousef, Kingfut.com

Uruguai

O time de Óscar Tabárez passou pelas Eliminatórias com uma serenidade fora do comum. Depois de ter disputado quatro repescagens de Copa consecutivas (passaram em 2002, 2010 e 2014 e caíram em 2006), desta vez a Celeste em segundo lugar atrás do Brasil, classificando-se com estilo. Mas agora, com a aproximação do torneio, Tabárez tem uma importante decisão a tomar: continuar a confiar na abordagem ofensiva que tem funcionado tão bem ou fazer mudanças. A chave para essa resposta parece estar em uma substituição no meio-campo. Federico Valverde (Real Madrid, emprestado ao Deportivo La Coruña), Mathías Vecino (Inter de Milão), Nahitan Nández (Boca Juniors) e Rodrigo Bentancur (Juventus) são todos jogadores jovens e com uma mentalidade de atacante que fizeram por merecer seus lugares na seleção, obrigando Tabárez a adotar um estilo ofensivo, o que também dá mais destaque às estrelas Luis Suárez e Edinson Cavani. No entanto, nos amistosos de novembro, essa estratégia acabou em um 0 a 0 com a Polônia e uma derrota de 2 a 1 contra a Áustria. Portanto, aguardem algumas modificações antes do início da Copa.

Sistema de jogo: 4-4-2

Destaque: Luis Suárez (Barcelona)

Fique de olho: Federico Valverde (Deportivo La Coruña)

Técnico: Óscar Tabárez

Ignacio Chans, El Observador

Grupo B

Portugal

Luis Suárez, o artilheiro da seleção uruguaia.
Luis Suárez, o artilheiro da seleção uruguaia.AFP

“Brasil, Argentina, Espanha, Alemanha e França são os favoritos para ganhar a Copa”, diz o técnico português, Fernando Santos, antes de acrescentar: “Em seguida temos outros candidatos que querem avançar o máximo possível e ganhar o torneio, e Portugal possivelmente está neste segundo grupo”.

Apesar de ter ganho a última Eurocopa, o treinador luso ainda conserva um caráter prudente, mas encara com otimismo o próximo Mundial. Tem motivos para isso: Portugal parece mais forte agora do que há um ano e meio. Joga de uma maneira mais atraente, trazendo mais criatividade ao grupo que ganhou o torneio europeu na França.

Bernardo (Manchester City) e André (Milan), os dois jovens Silva, foram fatores importantes na melhora ofensiva pós-Eurocopa. Em termos de ataque, a equipe está mais profunda. A única área que talvez tenha se enfraquecido é a defesa, onde é difícil encontrar alternativas a Bruno Alves (hoje com 36 anos), Pepe (35 anos em meados do ano que vem) e José Fonte (com 34).

Sistema de jogo: 4-4-2

Destaque: Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

Fique de olho: Bernardo Silva (Machester City)

Treinador: Fernando Silva

Nuno Travassos, Maisfutebol

Espanha

A “Roja” ainda resiste como a “Roja”. O baque no Brasil em 2014 e a decepção na Euro em 2016 não significaram nenhuma revolução. Aos 51 anos, sem um currículo forte e ex-treinador dos times sub-19, sub-20 e sub-21 da Espanha, Julen Lopetegui soube preservar o essencial do ciclo glorioso espanhol. Com efeito, a espinha dorsal do time que obteve uma classificação brilhante para a Rússia em 2018 foi a mesma que caiu por água abaixo na Eurocopa. Oito dos que fracassaram em Paris contra a Itália seriam titulares no próximo Mundial se este começasse amanhã: De Gea, Piqué, Sergio Ramos, Alba, Busquets, Iniesta, David Silva e Morata. Ao lado deles, quem se consolidou foi Isco. Além disso, conquistaram espaço, também, alguns da equipe sub-21 que já foram campeões da Europa com Lopetegui em Israel em 2013.

Sistema de jogo: 4-5-1

Destaque: David Silva (Manchester City)

Fique de olho: Isco (Real Madrid)

Treinador: Julen Lopetegui

José Sámano, EL PAÍS

Marrocos

Os Leões do Marrocos estão rugindo novamente. Vinte anos depois de sua dolorosa eliminação na fase de grupos da Copa de 1998, na França, o Marrocos (que em 1970 se tornou a segunda seleção africana a participar de uma Copa do Mundo, depois do Egito de 1934) está de volta. Será a quinta vez que o país disputará o principal torneio de futebol do planeta. “Realizamos um sonho. Vamos à Rússia, e não como turistas”, disse o capitão da seleção, Mehdi Benatia, jogador da Juventus, após a vitória sobre a Costa do Marfim, que carimbou o passaporte para a Copa. A única equipe da África a se classificar sem tomar um único gol nas eliminatórias se baseia, naturalmente, em uma sólida defesa e em muito trabalho duro. A experiência de Karim El Ahmadi, M’barek Boussoufa e Mehdi Benatia combina bem com a inteligência de Hakim Ziyech e a força de Nordin Amrabat. Hervé Renard é, obviamente, o comandante da equipe, mas os conselhos de um de seus auxiliares, Patrice Beaumelle, são vitais. O ex-meia do Coventry City Mustapha Hadji também é uma peça-chave da seleção, compartilhando sua experiência e servindo de referência para a geração atual. A principal deficiência do time era a lateral esquerda, mas Achraf Hakimi (Real Madrid) tem preenchido o espaço admiravelmente desde setembro.

Sistema de jogo: 4-5-1

Destaque: Hakim Ziyech (Ajax)

Fique de olho: Sofiane Boufal (Southampton)

Treinador: Hervé Renard

Amine El Amri, ‘Le Matin’

Irã

Os homens de Carlos Queiroz foram a primeira seleção asiática a garantir classificação para a Copa do Mundo de 2018 e fizeram isso com uma notável sequência de 12 jogos sem levar gols. O principal aspecto do estilo de jogo do Irã sob Queiroz é o chamado futebol reativo, com uma defesa montada para contra-ataques rápidos. No entanto, em recentes amistosos contra a Rússia, Panamá e Venezuela, o Irã adotou uma tática diferente. Nessas partidas, pressionou os oponentes e tive uma atuação mais agressiva. Queiroz, apesar de um temperamento e uma petulância que causaram muitas controvérsias aparentemente sem sentido nos últimos anos, é muito popular no Irã por causa dos desempenhos e resultados da equipe. Muitos acreditam que ele deu uma autêntica personalidade à seleção nacional. O Irã tem muitos jogadores atuando na Europa nesta temporada e Queiroz tende a selecionar os que estão fora do país. Na realidade, jogadores como Ehsan Haj Safi, Kaveh Rezaei e Ramin Rezaeian deixaram o Irã para ampliar suas chances de jogar pela seleção. Acima de tudo, é justo dizer que o Irã tem jogadores mais confiáveis na equipe desta vez do que em Copas do Mundo anteriores.

Sistema de jogo: 4-2-3-1Destaque: Sardar Azmoun (Rubin Kazan)Fique de olho: Saman Ghoddos (Allsvenskan)Treinador: Carlos Queiroz

Behnam Jafarzadeh, varzesh3.com

Grupo C

França

“Ainda não temos o mesmo nível que a Alemanha, a Espanha e o Brasil”, disse Didier Deschamps, o treinador. “Ainda não somos capazes de controlar nossas partidas com a mesma autoridade que eles, mas temos uma equipe competitiva e forte, com um grande potencial”.

Apesar da ausência de Benzema, do Real Madrid, por problemas com Deschamps, a França tem um ataque explosivo com Griezmann e os jovens Mbappé (de 18 anos) e Dembelé (de 20). O meio de campo é potente, em torno de Pogba e Kanté. E o time tem vários jogadores habilidosos, como Lemar, além de um bom eixo defensivo.

No entanto, é mais eficiente quando joga no contra-ataque e aposta na velocidade. A única fragilidade pode surgir na lateral esquerda, caso Mendy (do Manchester City) não se recupere a tempo de sua lesão no joelho.

Sistema de jogo: 4-4-2 ou 4-3-3

Destaque: Antoine Griezmann (Atlético de Madrid)

Fique de olho: Kylian Mbappé (PSG)

Treinador: Didier Deschamps

Patrick Urbini, France Football

Austrália

A 31ª equipe a se classificar para a Rússia trabalhou mais duro que qualquer outra, com cerca de 250.000 quilômetros para percorrer em viagens a destinos tão longínquos como a Arábia Saudita, Bangladesh, Tajiquistão, Irã, Japão, Malásia e Honduras. Não foi um desempenho completamente convincente, já que os Socceroos terminaram em terceiro lugar em seu grupo, atrás de Japão e Arábia Saudita, e tiveram de ir para a repescagem. O problema foi que, apenas alguns dias depois do bom trabalho contra Honduras, em outubro, o técnico Ange Postecoglou renunciou ao cargo. Ninguém sabe ao certo por que, mas a ausência do chefe de mente arrojada e disposto a assumir riscos será sentida.

Postecoglou vinha tentando introduzir um estilo mais agressivo e flexível à equipe que conquistou a Copa da Ásia em 2015. Teve altos e baixos, mas ele certamente seria um dos técnicos mais interessantes na Rússia. Em comparação com Copas do Mundo passadas, este conjunto não possui o brilho e a experiência no mais alto nível do futebol europeu. O fato de Tim Cahill, de 37 anos, ter salvo a pele dos Socceroos com os dois gols em casa na vitória sobre a Síria, em setembro, sugere que há realmente falta de qualidade. O esquema 3-4-1-2 foi a opção controversa nas últimas etapas das Eliminatórias, mas o novo comandante, quem quer que seja, pode ter outras ideias. Muito depende da forma e do condicionamento de Aaron Mooy, do Huddersfield Town, Tom Rogic, do Celtic, e Mile Jedinak, do Aston Villa.

Sistema de jogo: 3-4-1-2 (mas isso pode mudar quando for escolhido o novo técnico) Destaque: Tom Rogic (Celtic)Fique de olho: Matt Jurman (Suwon Bluewings)Sem treinador

John Duerden, The Guardian

Peru

O Peru volta ao Mundial e retorna ao palco mais importante depois de 36 anos durante os quais chegou a retroceder às suas raízes. Quando Ricardo Gareca assumiu a seleção, ele se propôs a levar jogadores novos e jovens e resgatou um estilo de jogo que se havia perdido muito tempo atrás. Os passes curtos e a posse de bola voltaram a fazer parte do DNA futebolístico do Peru, com excelentes resultados. Uma equipe jovem, com uma média de idade de 24 anos, e um técnico que implementou normas disciplinares, conseguindo maior comprometimento dos jogadores. O Peru se olhou no espelho e encontrou uma forma de retomar aquilo que tinha feito muito bem no passado. A coluna vertebral do time começa com um goleiro confiável; a defesa é liderada pelo habilidoso Pedro Gallese; o meio de campo é comandado pelo vigoroso e inteligente Yoshimarr Yotun, com Jefferson Farfán no ataque. Os lateral do Flamengo, Miguel Trauco, é muito inteligente taticamente e importante para o jogo do Peru. E se a equipe precisa de improvisações para abrir a defesa adversária, pode contar com o talentoso Christian Cueva, camisa 10 do São Paulo. A dúvida fica por conta do atacante Paolo Guerrero: acusado de doping durante as Eliminatórias, o 9 está suspenso provisoriamente pela FIFA e não sabe se jogará a Copa.

Sistema de jogo: 4-2-3-1

Destaque: Jefferson Farfán (Lokomotiv Moscou)

Fique de olho: Christian Cueva (São Paulo)

Treinador: Ricardo Gareca

Pedro Canelo, El Comercio

Dinamarca

A campanha da Dinamarca nas Eliminatórias para a Copa do Mundo não só se encerrou de maneira vitoriosa pela primeira vez desde 2009, como também fez com que os torcedores voltassem a gostar de uma equipe que recentemente esmagou a Polônia com um 4 a 0 e a Irlanda com um 5 a 1 em um período de apenas dois meses. A principal explicação para o sucesso do time foi Christian Eriksen, que atingiu um “nível Laudrup”, fazendo 11 gols em 12 jogos, incluindo um hat-trick no jogo decisivo de repescagem em Dublin. “A Copa merece uma estrela como Eriksen. Seremos um perigo para todos os adversários por contarmos com ele no time”, afirma o treinador, Âge Hareide.

A Dinamarca irá manter o estilo de jogo direto utilizado por Hareide recentemente. Um estilo que se encaixava à perfeição com o meio-campista Thomas Delaney, o segundo maior artilheiro da Dinamarca nas Eliminatórias. É provável que o técnico ainda continue procurando um atacante favorito, entre Nicolai Jorgensen (Feyenoord), Andreas Cornelius (Atalanta) e Nicklas Bendtner (Rosenborg). Na defesa, Andreas Bjelland – que joga pelo Brentford, na segunda divisão da Inglaterra — é a sua primeira opção ao lado do capitão Simon Kjaer, pois ambos têm mais experiência do que Andreas Christensen, do Chelsea, e Jens Larsen, da Udinese.

Sistema de jogo: 4-3-3

Destaque: Christian Eriksen (Tottenham)

Fique de olho: Thomas Delaney (Werder Bremen)

Treinador: Âge Hareide

Soren Lissner, Jyllands-Posten

Grupo D

Argentina

Finalmente, a Argentina estará na Copa da Rússia e isso representará uma despedida para muitos de seus veteranos. Será o último grande torneio para Sergio Romero, Ángel Di María, Sergio Agüero, Gonzalo Higuaín, Lucas Biglia e Ever Banega, entre outros. Enquanto isso, Messi, o capitão e principal motivo pelo qual a seleção albiceleste disputa este torneio, talvez chegue a jogar o mundial de 2022 no Catar. No entanto, para o número 10, seu momento é agora ou nunca. Com essa ideia em mente, o técnico Jorge Sampaoli deve apostar em uma nova versão de ataque em uma tentativa de recuperar a glória do passado. A Argentina não foi confiável nas Eliminatórias e depende de o treinador encontrar a consistência necessária para ganhar a Copa. A defesa é indubitavelmente o ponto fraco da equipe, com Mercado, Mascherano e Otamendi possivelmente ocupando as posições centrais. No meio-campo, Sampaoli provavelmente apostará em Biglia e Enzo Pérez.

Sistema de jogo: 3-4-3

Destaque: Lionel Messi (Barcelona)

Fique de olho: Paulo Dybala (Juventus)

Treinador: Jorge Sampaoli

Cristian Grosso, La Nación

Islândia

Conseguirão os torcedores do menor país do mundo a já ter se classificado para uma Copa chamar a atenção como fizeram durante a Eurocopa na França com seu épico aplauso viking? Quase 10% da população se deslocou para a França em meados de 2016, e níveis semelhantes a esse podem ser atingidos na Rússia em 2018, embora os simpatizantes ainda estejam aguardando ansiosos pelo sorteio desta sexta-feira para reservar suas passagens. As viagens para Moscou ou São Petersburgo são simples, mas para Ecaterimburgo e Volgogrado são mais complicadas. A Islândia teve de superar problemas sérios para obter a sua primeira classificação em uma Copa do Mundo: a perda de seu atacante titular Kolbeinn Sigthórsson por causa de uma contusão, a saída do técnico Lars Lagerback e um grupo que reunia, além desse país, três seleções que haviam participado da Eurocopa 2016. No entanto, a seleção não só conseguiu seu passaporte para a Rússia, como também ficou em primeiro lugar no grupo e se classificou diretamente, com o destaque para o meia do Everton, Sigurdsson. Heimir Hallgrímsson é quem dirige a equipe, e já demonstrou ter mais flexibilidade tática do que Lagerback. A Islândia ainda atua principalmente no 4-4-2, mas Hallgrímsson alterou o sistema para um 4-5-1 em algumas partidas, obtendo excelentes resultados. Sem poder contar com Sigthórsson, devido à sua lesão, a expectativa é que todos os jogadores que participaram da formação inicial na França também estarão presentes na Rússia.

Sistema de jogo: 4-4-2

Destaque: Gylfi Sigurdsson (Everton)

Fique de olho: Hordur Bjögvin Magnusson (Bristol City)

Treinador: Heimir Hallgrimsson

Vidir Sigurdsson, Morgunbladid

Croácia

Luka Modric tem 32 anos, e a maioria dos outros prováveis iniciantes estará com 29 ou mais na Copa do Mundo – a competição pode ser a última oportunidade realista de alguma coisa grande para esta geração extraordinária, a melhor que a Croácia teve desde o bronze conquistado pela seleção em 1998. Mas os eternos azarões do futebol internacional foram apanhados em uma rede de divisões internas envolvendo homens-chave da federação nacional, a mídia e políticos, dizimando seu apoio em casa e tornando mais difícil para eles se concentrarem apenas em explorar o campo.

Sistema de jogo: 4-2-3-1Destaque: Luka Modric (Real Madrid)Fique de olho: Nikola Vlasic (Everton)Treinador: Zlatko Dalic

Aleksandar Holiga, Telegram

Nigéria

Posicionados num grupo com a Argélia, Camarões e a Zâmbia, campeã africana em 2012, os Super Eagles se classificaram brilhantemente para a Copa do Mundo com jogo de sobra, criando enorme entusiasmo entre a torcida. A vitória sobre a Argentina em um recente amistoso na Rússia alimentou ainda mais o otimismo sobre o que os Super Eagles podem alcançar na Copa do Mundo com Gernot Rohr no leme. O técnico alemão melhorou radicalmente a lateral, infundindo vigor jovem na equipe que não conseguiu se classificar por dois torneios consecutivos da Copa Africana de Nações antes de ele assumir o cargo. Desde que chegou ao comando dos Super Eagles em 2016, o ex-treinador do Bordeaux perdeu só uma partida e costurou uma poderosa saída em contra-ataque capitaneada pelo brilhante Alex Iwobi e o atacante Victor Moses, do Chelsea, atuando como um jogador ofensivo pelos lados. A linha defensiva robusta conta com roubadores de bola no meio-campo e a tranquilizadora presença de John Obi Mikel para lançar as bolas para o ataque. A Federação Nigeriana de Futebol (NFF) adotou medidas para evitar a repetição do caso de 2014, em que jogadores se recusaram a treinar antes do jogo contra a França na segunda rodada por causa de bônus não pagos. A NFF negociou e assinou acordos sobre o pagamento das premiações e também firmou uma prorrogação de dois anos no contrato com Rohr para eliminar quaisquer incertezas sobre seu futuro.

Sistema de jogo: 4-3-3Destaque: Victor Moses (Chelsea)Fique de olho: Alexander Iwobi (Arsenal)Treinador: Gernot Rohr

Solomon Fowowe, The Guardian Nigeria Newspaper

 Grupo E

Veja aqui a análise do grupo do Brasil.

Grupo F

Alemanha

Depois que a Alemanha perdeu para a França na semifinal da Eurocopa de 2016 houve muita gente que previu o lento fim da era Joachim Löw. Mas a seleção alemã se recuperou de uma maneira impressionante e se classificou para a Copa do Mundo com uma invencibilidade perfeita. Ganhou todas as suas 10 partidas, além de marcar 43 gols, um recorde europeu. Na realidade, a chamada Die Mannschaft não sofre uma derrota desde aquele 2 a 0 contra a França. O fato de que a Alemanha venceu a Copa das Confederações com uma equipe reserva também deve preocupar os adversários. Jogadores como Jerome Boateng, Hummels, Manuel Neuer, Toni Kroos, Mesut Özil, Thomas Müller, Mario Götze, Gündogan, Marco Reus, Khedira e Leroy Sané estiveram fora do torneio, mas isso não importou. Novos jogadores (como Timo Werner, Lars Stindl e, principalmente, Leon Goretzka) fizeram bonito, e agora a disputa por uma vaga na seleção que irá para a Rússia deve ser acirrada. A impressionante atuação de Goretzka no Schalke significa que Löw terá uma dor de cabeça no meio-campo na hora de escolher o melhor parceiro para Kroos. Khedira, da Juventus, sempre foi o candidato favorito, mas agora ele está sentindo a pressão de Goretzka.

Sistema de jogo: 3-4-3

Destaque: Toni Kroos (Real Madrid)

Fique de olho: Leon Goretzka (Schalke 04)

Técnico: Joachim Löw

Michael Reis, Sport-Bild

México

A seleção mexicana não teve problemas em se classificar para a Copa do Mundo pela Concacaf, mas o técnico Juan Carlos Osorio ainda é criticado pela imprensa local. Isso porque nas partidas mais difíceis – como o jogo contra o Chile (7 a 1) na Copa América, e no encontro com a Alemanha (4 a 1) na Copa das Confederações, El Tri pareceu perdido e não mostrou qualquer sinal de que pode competir com as melhores equipes do mundo. No entanto, contrário a isso, está o fato de que alguns dos jogadores estão em sua melhor forma, tanto pessoal quanto profissionalmente. Guillermo Ochoa, Andrés Guardado, Héctor Moreno, Héctor Herrera e Javier “Chicharito” Hernández são cinco desses atletas com pelo menos cinco anos de experiência na Europa. Essa pode ser a diferença para os mexicanos finalmente chegarem às quartas de final da Copa, algo que os torcedores do país vêm esperando há muito tempo.

Ultimamente, o sistema de jogo de Osorio tem mudado. Quando o colombiano assumiu o comando, sempre usava uma formação 4-3-3. Mas em dois amistosos na Europa no mês passado, ele mudou e jogou com dois reforços no meio-campo, algo que ele pode repetir na Rússia (assim como a defesa com cinco homens), para que o México possa disputar de igual para igual com os melhores do mundo.

Sistema de jogo: 4-3-3

Destaque: Chicharito Hernández (West Ham)

Fique de olho: Hirving “Chucky” Lozano (PSV Eindhoven)

Treinador: Juan Carlos Osorio

Mauricio Ymay, Televisa Deportes

Suécia

A Eurocopa 2016 marcou o fim da era Zlatan Ibrahimovic e do técnico Erik Hamrén na seleção sueca. A nova equipe, sob o comando de Janne Andersson, é um grupo extremamente trabalhador e disciplinado, com cada jogador dando o máximo pelo outro.

O sistema de jogo 4-4-2 e a tática que utiliza lembram o vitorioso período de Lars Lagerback no começo dos anos 2000, mas contando agora com jogadores de equipes mais desconhecidas. Durante o período de Lagerback, os atletas atuavam em clubes como Arsenal, Juventus e Barcelona. Os de hoje jogam em equipes da Dinamarca, Grécia, Rússia, Escócia e Emirados Árabes (além de Emil Forsberg, que está no RB Leipzig, da Alemanha, e Victor Nilsson Lindelof, do Manchester United, da Inglaterra).

A vitória contra a Itália na repescagem foi merecida e o grande assunto no momento é se o atacante Ibrahimovic voltará a jogar com a seleção para poder participar do próximo Mundial. Se isso ocorrer, será que se encaixaria no esquema de jogo montado por Andersson?

Sistema de jogo: 4-4-2

Destaque: Emil Forsberg (Red Bull Leipzig)

Fique de olho: Viktor Claesson (Elfsborg)

Treinador: Jan “Janne” Andersson

Max Richnau, fotbollskanalen.se

Coreia do Sul

A equipe teve muitas dificuldades ao longo das Eliminatórias. Fraca no ataque e na defesa, classificou-se por pouco após uma campanha que resultou na demissão do treinador Uli Stielike. O técnico atual, Taeyong Shin, que treinou a sub-23 e a sub-20, não é um mestre da tática, mas sabe motivar os jogadores. Poucas pessoas na Coreia têm grandes expectativas para a Copa. Surpreendentemente, a maioria dos torcedores sul-coreanos ainda está esperando pela volta do ex-treinador Guus Hiddink. Com uma equipe sem talentos de nível mundial, o técnico é forçado a depender de dois jogadores de destaque, Son Heung-min, do Tottenham Hotspur, e Ki Sung-yueng, do Swansea City. Taeyong Shin costuma montar um 4-4-2, mas atualmente parece obcecado com um sistema fluido, com três jogadores na defesa, embora ainda não se tenha certeza sobre como a Coreia do Sul jogará na Rússia.

Sistema de jogo: 4-4-2Destaque: Son Heung-min (Tottenham Hotspur)Fique de olho: Kwon Chang-hoon (Dijon)Treinador: Taeyong Shin

Hyung-wook Seo, comentarista de futebol da TV MBC, editor do site Footballist.co.kr

Grupo G

Bélgica

A Bélgica teve uma fase de Eliminatórias fácil e rompeu com todas as tradições em seu caminho rumo à Rússia: terminou invicta, obtendo 28 pontos em 10 partidas e marcando 43 gols; Romelu Lukaku se tornou o maior artilheiro nacional de todos os tempos. No entanto, os dois últimos amistosos – especialmente o 3 a 3 com o México – deixaram preocupados os torcedores, os especialistas e os próprios jogadores.

Nessa partida não jogaram Vertonghen, Alderweireld (ambos do Tottenham) e nem Kompany (do Manchester City), e os reservas não conseguiram preencher o vazio. Por isso, Kevin de Bruyne, a estrela da seleção belga, não se conteve: “O México foi taticamente superior. O esquema deles deixou nossa defesa vulnerável e no meio de campo estavam cinco contra sete. Se não tivermos uma boa tática, teremos problema contra seleções como o México”, disse o meia do City. “É uma pena que ainda não tenhamos encontrado uma solução. Jogamos com um esquema que, a princípio, é muito defensivo, mas com uns jogadores de perfil ofensivo que querem a bola”.

Muitos de seus companheiros não aprovaram a crítica, mas estavam de acordo com De Bruyne. Ele acionou o alarme e destacou que, depois de dois anos de trabalho com o técnico Roberto Martínez, a seleção belga não tem um verdadeiro senso de defesa.

Sistema de jogo: 3-4-2-1

Destaque: Eden Hazard (Chelsea)

Fique de olho: Thomas Meunier (PSG)

Treinador: Roberto Martínez

Kristof Terreur, Het Laatste Nieuws

Panamá

“Vamos à Copa para aprender e competir. É uma experiência para desfrutar”, disse Hernán Darío Gómez, e ele deve saber: o colombiano já classificou quatro seleções para Copas do Mundo. Sua experiência foi fundamental para levar uma equipe já madura a disputar, pela primeira vez na história do Panamá, um Mundial. Esse feito deve muito à força defensiva de Román Torres e ao meio-campista Gabriel Gómez, os cérebros do time dentro de campo. É uma seleção construída com base na disciplina e na solidez defensiva. A criatividade de Alberto Quintero é a principal fonte de chances para Gabriel Torres e Blas Pérez, a dupla de ataque mais utilizada. Fidel Escobar, 22, Michael Murillo, 21 (ambos do New York Red Bulls) e Ismael Díaz, do Deportivo La Coruña, acrescentam a pegada de juventude.

Sistema de jogo: 4-4-2

Destaque: Gabriel Gómez (Atlético Bucaramanga)

Fique de olho: Román Torres (Seattle Sounders)

Treinador: Hernán Darío Gómez

Álvaro Martínez, ‘El Siglo de Panamá’

Tunísia

Depois de 12 anos de ausência, a Tunísia volta a participar de uma Copa do Mundo, embora seu caminho para chegar à Rússia não tenha sido muito fácil. Depois de conquistar a Copa Africana de Nações em 2017, o treinador Henryk Kasperczak foi demitido. Nabil Maâloul, assistente técnico quando a Tunísia ganhou a Copa Africana em 2004, foi nomeado como novo treinador em abril e levou a seleção do país à Copa na Rússia, utilizando um sistema de jogo 4-2-3-1. Os laterais não só têm autorização para atacar, como também são estimulados a isso. Na ala esquerda, Ali Maâloul, do Al Ahly (Egito), é um jogar muito importante, por ser aquele que leva o time para o ataque. Hamdi Nagguez é o titular no lado direito do campo, enquanto Yassine Meriah e Syam Ben Youssef compõem a zaga central, uma posição importante para esse time.

O meio de campo é ocupado por dois jogadores que trabalham bastante para recuperar a bola, Ferjani Sassi e Mohamed Amine Ben Amor, aos quais se soma o trio MKN: Youssef Msakni, Wahbi Kharzri e Najim Sliti, que proporcionam mais estilo ao jogo da equipe. Apesar de atuar na liga do Catar, Msakni é muito talentoso e costuma carregar o time nas costas. Khazri e Sliti, ambos nascidos na França, proporcionam mais habilidade à seleção, enquanto Taha Yassine Khenissi é quem poderá ser o titular no ataque, embora caiba sublinhar que é no ataque onde treinador ainda tem mais dúvidas. O técnico Maâloul às vezes muda o sistema para um 4-3-2-1, especialmente quando enfrenta equipes que atacam bastante; nessas ocasiões, ele utiliza o meio-campista defensivo Ghailene Chaalali em vez de Khazri ou Stili. O goleiro, pelo menos até o momento, será Aymen Mathlouthi, embora o técnico também esteja em contato com o ex-goleiro do Nice, Mouez Hassen, para ver se consegue levá-lo para a Rússia. Maâloul também está tentando convencer Rani Khedira (jogador do Augsburg), o irmão do jogador da Juventus Sami Khedira, para que ele jogue pela Tunísia em vez de fazê-lo pela Alemanha.

Sistema de jogo: 4-2-3-1

Destaque: Youssef Msakni (Lekhwiya)

Fique de olho: Naïm Sliti (Lille)

Treinador: Nabil Maaloul

Inglaterra

A estatística mais impressionante da seleção inglesa é que ela não perdeu partida alguma nas Eliminatórias de qualquer grande torneio desde outubro de 2009. É uma sequência incrível de 39 jogos, com três treinadores diferentes desde que a equipe, comandada então por Fabio Capello, perdeu por 1 a 0 para a Ucrânia. O técnico atual é Gareth Southgate, que certamente teve um ano intenso desde que foi promovido quando era treinador da seleção inglesa sub-21. Southgate se livrou de Wayne Rooney e supervisionou um período de mudanças que resultou em uma equipe mais jovem e experimental, com um esquema 3-4-2-1. No entanto, ainda há dúvidas sobre se a Inglaterra realmente melhorou desde a dura experiência de ter sido eliminada pela Islândia na Eurocopa 2016. Depois disso, os torcedores encenaram uma saída em massa do estádio em uma das partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo, em Malta.

Sistema do jogo: 3-4-2-1

Destaque: Harry Kane (Tottenham)

Fique de olho: Marcus Rashford (Manchester United)

Treinador: Gareth Southgate

Daniel Taylor, The Guardian

Grupo H

Polônia

Os homens do treinador Adam Nawalka sempre tiveram certeza de sua classificação e ganharam oito de suas 10 partidas. O capitão, Robert Lewandowski, camisa 9 do Bayern, bateu o recorde com 16 gols e se tornou o artilheiro das Eliminatórias. Sua consistência e sua liderança foram cruciais para a Polônia voltar à Copa do Mundo depois de 12 anos de ausência, e o resto dos jogadores o seguiram para que a equipe terminasse na posição de cabeça-de-chave no sorteio.

Nawalka montou um time sólido, mas divertido, e sua única área de preocupação é a defesa: a Polônia tomou 14 gols, mais do que a maioria dos outros vencedores do grupo. No entanto, o treinador sabe o que fazer, já que a seleção polonesa foi defensivamente a segunda melhor na Eurocopa de 2016 antes das quartas-de-final. O técnico tem agora seis meses para melhorar suas táticas, que incluem um novo esquema com três zagueiros.

A Polônia tem uma coluna vertebral forte com Szczesny, Glik, Krychowiak e Lewandowski, além de uma boa mistura de veteranos (Blaszczykowski) e jovens (Zielinski). Outro jogador essencial é Grosicki, que arranca da esquerda e teve uma contribuição decisiva, com três gols e três assistências.

Sistema de jogo: 4-2-3-1

Destaque: Robert Lewandowski (Bayern de Munique)

Fique de olho: Piotr Zieliński (Napoli)

Treinador: Adam Nawałka

Tomasz Włodarczyk, Przeglad Sportowy

Senegal

O Senegal estará participando de uma Copa do Mundo pela segunda vez. Na primeira, chegou nas quartas-de-final na Copa da Coreia e Japão, em 2002. O técnico Alio Cissé, que foi capitão da equipe naquele ano, com Bruno Metsu como treinador, conduziu o Senegal à classificação em um grupo difícil, com Burkina Faso, África do Sul e Cabo Verde, e montou um time que é forte em todos os setores. A incorporação de M’Baye Niang, do Torino, na linha de ataque, que conta com Keita Baldé, do Mônaco, e Sadio Mané, do Liverpool, possibilitou que Cissé jogasse em uma formação 4-3-3, embora na importante vitória sobre a África do Sul o titular tenha sido o jogador do West Ham. Diafta Sakho, em um sistema 4-4-2.

Haverá grande expectativa em torno de como atuará Mané, 25 anos, a estrela do time há vários anos e que foi comparado com El Hadji Diouf, o talismã do elenco que chegou às quartas em 2002. Seus problemas de contusões no Liverpool ofuscaram um começo de vida brilhante em Anfield e ele terá de chegar à Rússia no seu melhor nível para poder mostrar o seu valor.

Sistema de jogo: 4-3-3

Destaque: Sadio Mané (Liverpool)

Fique de olho: M’baye Niang (Torino)

Treinador: Aliou Cissé

Woury Diallo, Le Quotidien

Harry Kane, o craque amadurecido da rejuvenescida Inglaterra.
Harry Kane, o craque amadurecido da rejuvenescida Inglaterra.Reuters

Colômbia

A Colômbia vai tentar repetir o desempenho que teve na Copa de 2014 no Brasil, quando chegou às quartas de final. Mas será mais difícil agora porque eles não estão entre os cabeças-de-chave. Isso é uma prova de que não teve vida fácil nas Eliminatórias. “Nossa campanha para a classificação foi muito complicada”, diz o técnico José Pekerman. “Nunca tínhamos passado pela situação de ter tão poucos pontos separando tantos times”. Três fatores são essenciais para explicar as dificuldades atualmente enfrentadas pelos colombianos: a necessidade de uma injeção de juventude na defesa, a falta de continuidade para as estrelas da equipe (James Rodriguez, no Bayern de Munique, Falcao García, no Mônaco, e David Ospina, no Arsenal) e a escassez de opções no ataque. Pekerman costuma adotar o esquema 4-2-3-1, mas já tentou uma formação 4-3-2-1 fora de casa algumas vezes. A Colômbia obteve seus melhores resultados quando ficou mais na defensiva e compacta em seu campo, armando contra-ataques velozes e com pouquíssimos passes.

Sistema de jogo: 4-2-3-1

Destaque: James Rodríguez (Bayern de Munique)

Fique de olho: Davinson Sáchez (Tottenham)

Treinador: José Pekerman (argentino)

Gabriel Meluk, El Tiempo

Japão

O Japão preferia tradicionalmente um estilo de jogo baseado na posse de bola, mas o atual treinador da seleção, Vahid Halilhodžić, orienta a equipe a jogar de olho no placar. Suas reformas drásticas incluíram o corte dos dois maiores astros da equipe, Keisuke Honda e Shinji Kagawa, removidos do grupo por não se encaixar na nova filosofia − ou, em outras palavras, por preferir o estilo de jogo tradicional do Japão. Neste momento também não há lugar para Shinji Okazaki, do Leicester City, já que Halilhodžić optou por ter apenas um atacante na frente. Essas escolhas, e o estilo do treinador, causaram grande polêmica no Japão.

Sistema de jogo: 4-3-3

Destaque: Maya Yoshida

Fique de olho: Yosuke Ideguchi

Treinador: Vahid Halilhodžić

Akihiko Kawabata, Footballista.jp

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