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Prêmio Nobel de Literatura
Opinião
Texto em que o autor defende ideias e chega a conclusões basadas na sua interpretação dos fatos e dados ao seu dispor

Uma crítica de grande delicadeza

Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura em 2010, comenta a premiação a Kazuo Ishiguro em 2017

Kazuo Ishiguro fala durante coletiva de imprensa em Londres nesta quinta-feira
Kazuo Ishiguro fala durante coletiva de imprensa em Londres nesta quinta-feiraAlastair Grant (AP)
Mario Vargas Llosa
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Kazuo Ishiguro é um escritor magnífico, de clara raiz japonesa, ainda que perfeitamente integrado tanto na literatura inglesa como na sociedade britânica. Um exemplo perfeito dessa integração é Os Vestígios do Dia, romance no qual, com grande delicadeza, aborda os rituais da aristocracia britânica, vista com enorme sutileza e espírito crítico por um mordomo dotado de grande perspicácia. É uma delícia de novela, que introduz o leitor nesse mundo inglês com grande destreza narrativa.

É, sem dúvida, um prêmio melhor do que o dado no ano passado a Bob Dylan e valoriza um romancista de primeira linha na tarefa de renovação da literatura em língua inglesa, e sobretudo a britânica, abordada por excelentes narradores destas últimas décadas aos quais ele pertence em primeira linha.

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